Pollen
Não sei se deram ou não pela minha falta, mas, em todo o caso, não tenho aparecido muito por aqui. Não me deu um ataque de preguiça e nem me deixei desmoralizar. Apenas tive de concentrar toda a minha atenção e energia num projecto que agora vos apresento: Pollen – Uma exposição de artes plásticas. Trata-se de uma exposição colectiva, com cinco artistas portugueses e um japonês (pela primeira vez em Portugal), a ter lugar no centro histórico da cidade do Porto (Rua das Flores, 61), durante o mês de Outubro e com a inauguração marcada já para o próximo dia 7. Como é natural estão todos desde já convidados (leitores e colegas de blogue) para a grandiosa inauguração. Lá estarei para vos receber. Exposição Colectiva de Artes Plásticas: Pollen Artistas: Cristóvão Neto, Hideshi Ide, Rodrigo Peixoto, Frederico NS, Virgínia Mota e Gilberto Reis. Produção executiva: Adriana Floret e David Afonso Design gráfico: heldesign Principais apoios: Instituto das Artes, Porto Vivo SRU e A Condição Urbana Local: Rua das Flores, nº 61 Porto Inauguração: 07 de Outubro, a partir das 19 horas. Horário: 08 de Outubro a 04 de Novembro de 3ª a Sexta e Domingos das 13h às 20 horas. Sábados das 10h às 20h. O projecto - Ocupação de um edifício devoluto na cidade do Porto para a realização de uma exposição de seis artistas, em que três artistas estendem convites a outros três. A exposição não se encontra subordinada a um tema especifico, não parte da actividade de um artista a exploração de temas ou assuntos, essa será a actividade de sociólogos, jornalistas ou publicitários entre outros, aos artistas deve ser exigida uma intencionalidade na criação que nasça de uma dupla consciência; do momento e circunstancias nas quais se desenrolam as suas actividades assim como da historia, da humanidade, da totalidade no sentido mais abrangente em que esta palavra pode ser pronunciada por um Homem. Não é novidade o aproveitamento de espaços por artistas cuja função primária não é expositiva ou se enquadram numa lógica de equipamento cultural para realizar actividades e eventos desta natureza. A História esta repleta de exemplos de momentos e locais onde os artistas tomaram em mãos a organização de mostras dos seus trabalhos partindo para uma utilização/recriação da cidade e reinventaram funções e lugares, reorganizaram geografias, revitalizaram espaços em formas mais ou menos contagiadas por uma lógica de ocupação, dando novos rostos a locais aparentemente abandonados libertando-os de características antigas ao fazer incidir sobre eles um foco de luz que os liberta de adjectivos que a própria cidade já ultrapassou reposicionando-os numa urbe em permanente metamorfose. O aproveitamento da vontade e força dos artistas, assim como do seu potencial criador e capacidade de inventar novas soluções é indubitávelmente merecedor de investimento, dele advêm mais-valias óbvias para a cidade, não só pelo natural benefício que deriva do aumento de iniciativas públicas de índole cultural, mas também e acima de tudo pela valorização do espaço arquitectónico e urbanístico que envolvem estes acontecimentos. Ganha assim sentido a reabilitação urbana passar numa primeira fase por proporcionar novos usos (mais ou menos temporários) e trazer novos olhares sobre edifícios e zonas da cidade que se apresentam degradadas, iniciando a ocupação de um vazio de interesses sobre área e zonas específicas , facilitando a viabilização futura de projectos arquitectónicos e urbanísticos de relevo que incidam sobre as mesmas áreas ao despertar novos percursos e criando novas práticas de fruição na cidade pelos seus habitantes. Para mais informações: http://pollen2006.blogspot.com/ |
Publicado por David Afonso às 22:48
Comments on "Pollen"
Obrigado pá!