Sem luz ao fundo II
É bem verdade que já por aqui abordámos o assunto. Mas a realidade é sempre surpreendente. O túnel do Rossio volta a estar em destaque pelas piores razões. Vai mesmo ter de ser prolongada a obra por mais ano e meio. A Refer acabou mesmo por rescindir com a Teixeira Duarte porque não encontrou fundamento para o pedido de adiamento por mais cinco anos. Assim a Refer fica com uma obra que aparentemente está a meio, vai ter de contratar por ajuste directo uma outra empresa e vai ter custo muito consideráveis para conseguir ver a obra acabada. No entanto pode haver aqui alguns sinais interessantes à navegação. Como todos sabemos as obras públicas são um filão inesgotável para as empresas de construção, ao ponto da Teixeira Duarte se dar ao luxo de não concluir uma obra e exigir, não só mais tempo como mais dinheiro. Será imaginável que a atitude da Refer nesta matéria, embora com graves prejuízos para os utentes da linha de Sintra, possa criar um precedente no relacionamento destas empresas com as entidades públicas? Quem sabe. Até porque aparentemente a Refer pretende ser compensada pelos prejuízos e pode ser que a Teixeira Duarte se veja obrigada a pagar uma avultada soma à Refer. Será este o princípio do fim dos interesses obscuros? Pelo menos o espaço completamente inútil (nos últimos dois anos) da estação do Rossio, começa aos poucos a ser devolvido às pessoas com a exposição dos carros dos presidentes que ai estará presente até 23 de Dezembro. |
Publicado por José Raposo às 22:48
Comments on "Sem luz ao fundo II"
O caso do túnel do Rossio pode ser uma lufada de ar fresco no esbulhamento das finanças de Portugal.
Lembram-se do túnel do Terreiro do Paço, apesar de a responsabilidade pertencer ao empreiteiro, o estado achou que dava muito trabalho mudar o empreiteiro e por isso aceitou todos os custos adicionais.