Regime de excepção principesca
Não se entende, nem ninguém jamais compreenderia, que se mantivesse um regime de excepção na cobrança de impostos para jogadores profissionais. Venha a greve porque ela é tão legítima para outras classes como para o Futebol. Se é de trabalhadores profissionais que falamos, e não de atletas de alta competição em regime semi-profissional, então eles têm de ser equiparados à generalidade dos trabalhadores por conta de outrém. Ainda que o sindicato dos jogadores possa ter razão ao invocar salários em atraso ao invés de dirigentes com grandes carros e grandes projectos imobiliários em que toda a gente se enche. Mas essa não é a regra do futebol profissional. Falar de uma média de salários de 10000 euros mensais na primeira liga é um argumento no mínimo escandaloso para se justificar o regime de excepção. Aliás o valor artificial destes salários, não compatíveis com as fontes de receita do futebol, fazem que este sector, que aparentemente adormece milhares de portugueses, necessite injecções de capital frequentes de diversas origens, sejam elas públicas ou privadas e que muitas vezes dão lugar a negócios obscuros. Trabalhem no sentido de tornar normais os salários e os valores que o futebol envolve e depois tratem dos regimes de excepção. |
Publicado por José Raposo às 20:50
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