Puto traquina
No meio desta trapalhada toda, a única coisa que Santana Lopes tem para nos dizer é "Não fui eu"? Santana Lopes pede ao Tribunal de Contas que certifique finanças da Câmara de Lisboa "Estou saturado de ouvir tanta ignorância, tanto desconhecimento, tanta falta de respeito pela verdade. Portanto, peço ao Tribunal de Contas que certifique", disse Pedro Santana Lopes, em declarações à TSF. Com a proximidade de eleições intercalares na autarquia lisboeta, Santana Lopes diz que não está disposto a "continuar a ouvir uma série de falsidades, de monstruosidades sobre esse aspecto importante da vida da câmara da capital". A Câmara de Lisboa tem uma dívida de 1.260 milhões de euros, segundo o relatório e contas referente ao ano passado. Segundo o antigo autarca, a responsabilidade sobre a situação financeira da câmara começou a ser-lhe imputada quando assumiu as funções de primeiro-ministro. Santana Lopes diz que para esclarecer a responsabilidade do passivo da autarquia bastaria certificar quais as contas no final do mandato anterior à sua vitória eleitoral, as contas quando abandonou a câmara e "as contas no ano anterior, já da responsabilidade do professor Carmona Rodrigues". O deputado social-democrata quer ver esclarecidos os valores do passivo global, da capacidade de endividamento e das receitas geradas em cada um destes períodos. Numa conferência no Café Nicola, a 30 de Março, Santana Lopes já tinha recusado responsabilidades pela situação financeira actual da autarquia, argumentando que quando iniciou funções a câmara tinha um passivo de 900 milhões de euros. "A câmara não deve mais do que devia quando assumimos funções", disse, na altura, referindo que encomendou uma auditoria financeira à autarquia quando iniciou o seu mandato. Segundo Santana Lopes, "só entre 1998 e 2001 a câmara endividou-se em 487 milhões de euros". "Não estou a dizer que fizeram isto porque são maus", disse, referindo-se aos mandatos de coligação PS/PCP, sublinhando que esses executivos "tiveram que enfrentar desafios como a erradicação das barracas". O social-democrata sublinhou que quando iniciou o seu mandato "a capacidade de endividamento da câmara estava esgotada". "Não posso andar com um cartaz a dizer 'não fui eu'", ironizou. "Goebbels [ministro da Propaganda de Hitler] tem muitos seguidores que pensam que se repetirem muito uma mentira ela se torna verdade", acrescentou na altura. Fonte: PÚBLICO Etiquetas: Lisboa, Política Local |
Publicado por David Afonso às 11:28
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