Dolo Eventual

David Afonso
[Porto]
Pedro Santos Cardoso
[Aveiro/Viseu]
José Raposo
[Lisboa]
Graça Bandola Cardoso
[Aveiro]


Se a realização de uma tempestade for por nós representada como consequência possí­vel dos nossos textos,
conformar-nos-emos com aquela realização.


odoloeventual@gmail.com


Para uma leitura facilitada, consulte o blogue Grandes Dramas Judiciários

Visite o nosso blogue metafísico: Sísifo e o trabalho sem esperança

O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais para rotundas@gmail.com


Para uma leitura facilitada, consulte o blogue As Mais Belas Rotundas de Portugal


Powered by Blogger


Acompanhe diariamente o Dolo Eventual

quinta-feira, maio 12, 2005

Política, Jornalismo e Meteorologia

O modernismo apresenta-se segundo Adornos, Benjamins e companhia enquanto consciência da diferença entre a fantasia e a realidade. Ora, esta arte de governar e dirigir o estado que é a política não faz a diferença. Continuando a alimentar as suas fantasias, não só se fecha cada vez mais no seu próprio mundo, como acaba por ferir tudo que toca na sua passagem. Claramente, a realidade está fora da política. Contudo, este tornado feliz no seu rodopio, teima em afirmar a sua realidade, inconsciente do boletim meteorológico.
O que nos leva ao Boletim propriamente dito. Quem relata os factos do dia a dia pensa certamente ter uma profissão próspera e divertida. Viaja a qualquer parte patagónica do mundo e não só aparece ao povo todos dias via satélite e papel, como também os dias são intermináveis. Os jornalistas são o olho do mundo, têm o poder de dar a ver e ouvir pelas pessoas e na casa das pessoas, assim as pessoas bebem poder e fantasia. Não há dúvida, somos informados, os factos são científicos, aquela equipa marcou tal golo, tal pessoa é acusada por abuso de poder e tráfico de influencias, aquela mulher está grávida... Talvez a actividade esteja escassa de novidades, talvez uma falta de inteligência permite-lhes fazerem as perguntas mais inverosímeis nos lugares mais inoportunos, ou talvez a concorrência lhes tenha subido à cabeça e tenham sido pegados num remoínho político. São autênticas sanguessugas do fruto da paciência e do fruto da polémica que arrastaram as próprias árvores numa espiral em que se destaca o espírito telenovelístico, tão querido à população, e em que as estrelas mediáticas giram e mesmerizam.
Visto termos problemas climáticos não previstos nem detectados pelo actual boletim meteorológico precisamos também de uma nova meteorologia.

Comments on "Política, Jornalismo e Meteorologia"

 

Blogger David Afonso said ... (maio 13, 2005 12:06 da manhã) : 

E se mudássemos antes o clima? A não ser que o meteorolista seja o próprio clima...

 

post a comment