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domingo, maio 15, 2005

Sic Transit Gloria Mundi

Fui levar a Ana (embora o nome seja fictício, os factos realmente aconteceram) à rodoviária de Coimbra. Após um acontecimento que qualifico de absurdo (que para o objecto do artigo é irrelevante ser narrado), Ana pediu expressamente o livro de reclamções. Ao que lhe deram muito prestativamente uma "folha de reclamação", não o livro de reclamações. Essa folha tinha a epígrafe «Reclamação», um espaço para o nome e umas quantas linhas para o conteúdo da reclamação.
É claro que Ana foi reclamar. Ao que disseram que "já podia ter dito que queria o livro de reclamações, esse está no escritório". Mas fora isso exactamente que Ana pedira. Para além do mais, essa "folha de reclamação" poderia perfeitamente ser atirada para o lixo - que ninguém iria saber - (ao contrário do que sucede com o livro de reclamações). Eu próprio disse isto ao empregado. Ao que ele retorquiu [pasme-se!] "a folha vai para o chefe, que lhe dá o destino que entender". Não pude deixar de dizer que esse destino era o caixote do lixo. "Normalmente não", afirmou ele. E mesmo que o destino não fosse o caixote do lixo, a rodoviária é obrigada a dispensar o livro de raclamações quando solicitado.
Pergunto-me a quantos passageiros queixosos dos serviços daquela rodoviária já foi atirada, subrepticiamente, areia para os olhos.

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