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quarta-feira, junho 22, 2005

Andámos Distraídos...

Mesmer nunca poderia ter imaginado a magnitude da sua descoberta – o poder da distracção.

A distracção propaga-se e paga-se. Alguns nem precisam de ser distraídos para estarem distraídos, há aqueles que têm a distracção no sangue – situam-se no plano do ruído de fundo, ainda há aqueles que se distraem a si próprios porque eu, eu e eu... e eu ensino-te a distraíres-te – é verdade que para isso não é preciso muito. Depois, temos todos aqueles que ainda vão atrás da cenoura, para não falar dos que têm a cenoura dentro da cabeça, estes têm a faculdade de projecção. Outros seguem uma estrela polar (porque não há só uma) por ela saber para onde vai. Também se perdeu a conta daqueles que passaram para lá do pêndulo, olhos fixos no reflexo do relógio que baloiça. Olha-se para um lado e vai-se para outro, pensa-se numa coisa e faz-se outra ou não se pensa. E quantos não sucumbem ou sucumbiram ao canto das sereias ou olhar das medusas e vampiros... Os monstros, os maiores monstros têm grandes poderes de sedução, conhecem a arte da paralisia. Existem também os seres celestiais – os que não estão cá, que têm a cabeça no ar, os que estão nas nuvens ou na lua. Para não falar nos mortos que estão no céu.
O que se passa à nossa volta não é pretexto para distracções, qualquer movimento serve para adormecer e prolongar o sono. Mas atenção! Nem tudo na distracção é maligno, nem todas as distracções são nefastas... Temos uma tensão na atenção, toca a distrair das distracções...

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