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terça-feira, setembro 20, 2005

O Adeus Às Árvores

Os últimos tempos foram terríveis para as árvores do Porto. Nunca se abateram tantas árvores, nunca foi tão leve o ânimo dos desfiguradores de cidades. Aos poucos fomos aprendendo a dizer adeus às árvores. Quando comprei a minha casa na Ramada Alta, julgava que estava também a comprar o privilégio de partilhar os meus dias com esta Tília:
Pouco menos de um ano depois de me ter mudado, o impensável aconteceu:






Lá plantaram outras duas árvores. Mas já não é a mesma coisa. A Ramada Alta perdeu a alma. Será que esta árvore tinha mesmo de ser abatida? Não existem alternativas de terapêutica e recuperação das árvores? Eu sou suspeito, mas lá vou dizendo que a minha vizinha árvore gozava de excelente saúde. Esta é uma daquelas coisas que não poderei perdoar nunca a Rui Sá e Rui Rio. Nunca.

Comments on "O Adeus Às Árvores"

 

Blogger ManuelaDLRamos said ... (setembro 20, 2005 7:48 da manhã) : 

Sobre esta tília abatida. O que nais me revolta nestes casos (partindo do princípio da necessidade de se abatarem árvores como esta por estarem doentes) é sobretudo não prevenirem, nao avisarem, não respeitarem (os sentimentos) das pessoas.

 

Blogger Teófilo M. said ... (setembro 20, 2005 1:21 da tarde) : 

Não havendo remédio que bastasse, não seria possível o transplante de outra idêntica em porte, em vez dos caniços que levarão anos a crescer, e que para alguns serão sempre demasiados para esperar, pois a lei da vida não se interrompe.

 

Blogger David Afonso said ... (setembro 21, 2005 5:03 da tarde) : 

Cara ermitoa

Espera que não se tenha deixado iludir pela 1ª foto, é que a árvore é de folha caduca e a natureza não perdoa. Para além do mais já se encontra aí severamente amputada. Mas lá está, até concedo que o seu abate fosse inevitável, mas: 1) nada melhor do que a autarquia disponibilizar on-line o relatório dos técnicos da UTAD para que outros especialistas possam confrontar perspectivas (é desejável do ponto de vista da cidadania e da ciência); 2) dada a importância do exemplar, a abate a cru, sem pré-aviso, sem uma cerimónia de despedida... é qualquer coisa de estranho. É também por estas e por outras que com tanta facilidade arde a floresta em Portugal. Afinal de contas são apenas árvores, não é?

 

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