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sexta-feira, outubro 28, 2005

Pequeno Comentário*

Disse há uns dias que iria comentar o este post, na parte que respeita à questão Monarquia vs República, do Tiago Alves. Cá estou para o fazer muito perfunctoriamente. Mas vamos por partes:
§1. «o Monarca ser tido como alguém longe do círculo político (e isto não é necessariamente verdade; afinal é um cidadão), o que permite pensar que colocará em primeiro lugar a Nação, não tendo necessidade de seguir caminhos populares ou fáceis que lhe podem custar o Poder, pois o Poder é hereditário; ninguém lho tira, em teoria»
Como dizes, e bem, afinal o monarca é um cidadão como qualquer outro - não se pense que é feito de PVC ou de macadame betuminoso. Por isso, muito dificilmente não terá as suas opções políticas (se as não tiver, será manifestamente inapto para ocupar o cargo de Chefe de Estado). Por outro lado, não vejo por que razão o Rei teria um mais forte sentido patriótico do que o Presidente. Em primeiro lugar, um Presidente apenas poderá exercer dois mandatos; em segundo lugar, o Rei também está exposto à possibilidade de seguir caminhos fáceis para conservar o poder - golpes palacianos e deposições nunca faltaram na História.
§2. «[o Rei] assume-se como um ponto de união da população, podendo servir de foco de estabilidade em crises políticas e não só. Podem, assim, contribuir para uma melhor imagem de identidade nacional, de respeito e orgulho no Passado. Tal imagem pode potenciar o empenho da população em resolver os problemas do País. Se o PM disser que "é preciso cortar a direito para salvar a nau" terá greves e agitações; mas se o Rei assim o indicar, decerto essas greves não terão lugar ou serão menos violentas»
Tiago, estaria aqui a noite inteira a escrever nomes de monarcas que apenas serviram a instabilidade, a desunião. É preciso ver que um Rei, como pessoa, agradaria a uns e a outros não. Necessariamente.
[Publicado n'O Eleito]

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