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quarta-feira, novembro 30, 2005

Contas Em Dia (5 de 5)*

5. Estou inclinado para abordagens do género das que foram sugeridas pelo TAF: a criação de uma plataforma cívica, bem estruturada, ligeira e ágil, que actuasse sobre situações concretas fazendo recurso aos tribunais e ao esclarecimento da opinião pública. Mais, também acredito que não há nada que possa substituir o esforço, a iniciativa e a criatividade individuais. Foi isso que tornou o Porto grande, foi a ausência disso que reduziu o Porto ao que vemos. E esta ideia deve ser revisitada, parece-me que tem pernas para andar. Eu, pessoalmente, conheço alguns técnicos que estão com muita vontade de intervir e ajudar.
Também não via com maus olhos que, a um outro nível, uma nova geração de políticos, com noções de cidadania mais liberais e inteligentes, passasse a assumir responsabilidades autárquicas e que o fizesse por fora dos partidos, através de um movimento de independentes. Precisamos de alguém que afaste a má moeda da Câmara do Porto (não me refiro apenas a Rui Rio, mas também a todo o inacreditável PS-Porto). E mais do que um nome importa encontrar uma coligação de vontades.
Da mesma maneira, precisávamos de alguém que desse um rumo à Universidade do Porto, que tão entretida anda a brincar aos promotores imobiliários. Alguém que acorde o gigante, s.f.f.! A propósito desta coisa da ligação a alta velocidade Porto-Vigo existem estudos? Sabe-se quais seriam os benefícios para a região? Qual seria o seu impacto a curto, médio e longo prazo no comércio, na indústria e até na cultura de ambos os lados? Se ainda não existem estes estudos, do que está à espera a Universidade do Porto para, em parceria com as universidades galegas, levar a cabo esse estudo. Eu não preciso de ser convencido. Acredito que essa ligação ferroviária poderia vir alterar para melhor as relações entre o norte de Portugal e a Galiza, mas a crença e o voluntarismo não chegam. Há que fazer o trabalho de casa. Não devemos perguntar o que Lisboa pode fazer por nós, mas o que nós podemos fazer pelo Porto.
[*publicado n'A Baixa do Porto]

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