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terça-feira, fevereiro 21, 2006

Colecção Berardo No Porto?*

Comments on "Colecção Berardo No Porto?*"

 

Blogger TAF said ... (fevereiro 21, 2006 10:21 da manhã) : 

Deixei uma nota minha sobre este assunto na cópia deste post publicada n'A Baixa do Porto.
Saudações!

 

Anonymous Anónimo said ... (fevereiro 21, 2006 1:30 da tarde) : 

"Na Península, nenhuma outra cidade nos poderia fazer sombra"... um pequeno delírio em que a mitomania se confunde com a mania das grandezas.
A coleção Berardo integra obras de muitos nomes-chave da arte moderna, mas sempre com obras de segunda ou terceira linha. Colecção estimável e exclente para se comunicar um panorama global deste período; mas de modo algum um acervo impressionante de obras-primas.
Como é que poderia fazer frente, mesmo juntando-se a meia dúzia de Serralves, ao Thyssen ou ao Guggenheim de Bilbo? Isto para já nem mencionar, claro está, o Prado...

 

Blogger David Afonso said ... (fevereiro 21, 2006 2:46 da tarde) : 

Viva Tiago,
De facto, estamos a falar de uma hipótese remota. Quanto ao post no blasfémias sobre este assunto, a argumentação aí aduzida é irrelevante.

 

Blogger David Afonso said ... (fevereiro 21, 2006 3:01 da tarde) : 

Caro José,
A "mitomania" estará do lado de quem toma o Thyssen e o Prado como museus de arte contemporânea. Resta-nos Bilbao. Sabia que, para além do aparato cénico, Serralves não fica a dever a nada ao Guggenheim espanhol?
Quanto à Colecção Berardo: é verdade que é desiquilibrada, coexistindo obras de valor desigual. Sendo assim, não nos interessa. E se Berardo fizesse a mesma proposta a qualquer cidade espanhola? Aposto que nenhuma diria que não. Mas afinal que sabem eles disto?

 

Blogger TAF said ... (fevereiro 21, 2006 3:16 da tarde) : 

Caro David, o post do Blasfémias explicita algumas das razões pelas quais será muito difícil alcançar um acordo com Joe Berardo. Tanto me faz que ele saia ou não beneficiado, o que me interessa é que o Estado (Central ou Local) não saia prejudicado.

 

Blogger David Afonso said ... (fevereiro 21, 2006 3:29 da tarde) : 

Tiago,
Reproduzo aqui o meu comentário ao post do blasfémias:

«Meu caro,
Ninguém no seu perfeito juízo tomará alguma vez o Comendador Berardo por "homem da cultura". É, como se sabe, um homem de negócios. O que ele faz está previsto na legislação que regulamenta o Mecenato Cultural (ao contrário do que se pensa, ser mecenas implica contrapartidas): Dec. Lei nº74/99 de 16 de Março e Lei nº 160/99 de 14 de Setembro. Se não gosta do que vê, não ataque o homem, mas a lei.
Quanto às negociações em si, é natural que sejam complexas. O estado deverá pesar os prós e os contras. As despesas de manutenção e segurança são cobertas pela mais valia que é ter aberta ao público esta colecção? Se sim, que não se hesite.
Berardo deve estar à procura da melhor solução para si mesmo, a qual dependerá muito do estatuto final da colecção. É natural que os estado exija mais garantias e até possíveis contrapartidas. Sugiro uma: que as contrapartidas fiscais obtidas pelo comendador sejam reinvestidas na colecção de modo a mantê-la activa e renovada. Era bom para todos.
Para finalizar, sabe que isto de mercado da arte é muito caprichoso. Não é uma fatalidade que uma colecção se valorize. É um negócio, que apesar de tudo, também implica riscos.

PS: E na minha opinião a Colecção Berardo ficava melhor no Porto»

 

Anonymous Anónimo said ... (fevereiro 22, 2006 11:20 da manhã) : 

E o "Reina Sofia", será museu de arte paleolítica, porventura?
Mas o que estava em causa não era, como agora diz, saber se a colecção interessa ao Porto ou não; era apenas saber se constituiria oferta insuperável na Península. E claro que não.

 

Blogger David Afonso said ... (fevereiro 22, 2006 12:08 da tarde) : 

José,
Agora sim, fez o trabalho de casa. O Reina Sofia não é um museu de arte paleolítica. Contudo, tem objectivos diferentes de Serralves.
Talvez a oferta não fosse insuperável, mas a verdade é que quando começamos a falar em Madrid e Bilbao, isso só quer dizer que o Porto ficaria insrtalado no circuíto da arte contemporãnea ombreando com outras cidades ibéricas. Nada mau.

 

Anonymous Anónimo said ... (fevereiro 22, 2006 4:58 da tarde) : 

E que "circuito" é esse?? Há uma série de outras localidades em Espanha que também se poderiam lá colocar; e mesmo o ICAM não anda longe de tal, com um excelente núceo Pop, por exemplo...

 

Blogger David Afonso said ... (fevereiro 22, 2006 8:34 da tarde) : 

Os espanhois já perceberam a importância da oferta museológica para fins turisticos e culturais. Por esse motivo, enquanto ainda discutimos se Lisboa (ou Porto) devem ou não albergar mais uma colecção, os espanhois já têm uma rede de pequenos museus dedicados à arte contemporânea, rede essa que se pretende presente em todas as cidades de mádia dimensão (ex: Vigo e Santiago de Compostela). Essa rede é complementar aos grandes pólos. Uma descentralização inteligente.

 

Blogger Carlos Guimarães Pinto said ... (fevereiro 22, 2006 8:42 da tarde) : 

A colecção fica bem em todo o lado excepto nas mãos do próprio Joe Berardo. A mesma pessoa que detém uma colecção deste género, disse numa entrevista que um dia tinha visto uma cópia da gioconda e perguntou se podia comprar o original... Lisboa, Porto ou Madrid, pouco importa, tirem-no é das mãos dquele senhor antes que ele a use como base para copos.

 

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