Casos jurídicos de escola para curiosos não-juristas [15º]
M casou civilmente com F em Agosto de 1980. Passados 5 anos, em 1985, F desapareceu misteriosamente sem deixar rasto. Em 1997, após 12 anos de ausência, M requereu a declaração de morte presumida - que, nos termos da lei, não dissolve o casamento. Em 1999 M contraiu novo matrimónio, desta feita com K. Em 12 de Maio de 2000, M ouve bater à porta logo pela manhã. Era F, ressurgido inopinadamente, que a abraçou dizendo que fora sequestrado durante todos estes anos e tinha conseguido regressar para ela (M). Como deverá ser resolvido o imbróglio? 1) O 2º matrimónio é declarado inexistente e M continua casada para todos os efeitos com F; 2) O 1º matrimónio é considerado dissolvido por divórcio desde a data da declaração de morte presumida; 3) Ambos os casamentos são declarados inexistentes; 4) M fica, perante a lei, numa situação de bigamia, pelo que deverá optar por um dos cônjuges. *Proposta de solução num futuro post. |
Comments on "Casos jurídicos de escola para curiosos não-juristas [15º]"
A alínea 4) deverá ter a seguinte transcrição:
4) M fica, perante a lei, numa situação de bigamia e vive muito feliz...
Óbviamente é esta a minha opção.
A alínea 4) deverá ter a seguinte transcrição:
4) M fica, perante a lei, numa situação de bigamia e vive muito feliz...
Óbviamente é esta a minha opção.
O 1º matrimónio é considerado dissolvido por divórcio desde a data da declaração de morte presumida;
PS: li o Frei Luís de Sousa este ano. ;-)
Pois era bom, cara liberada, era bom...
Nuno, as leis mudam constantemente. Por isso poderás estar certo, como também errado.
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Sempre pensei que a morte presumida produzia os efeitos jurídicos da morte normal, pelo que se consideraria dissolvido o primeiro casamento.
Se, afinal, não é o caso, confesso a minha impotência para resolver o caso prático. Não faço a mínima ideia da resposta certa.
Como o "non liquet" não é permitido, vou para a resposta 1).:)
Se bem me lembro, em caso de desaparecimento ou por outra circunstância qualquer, um certo espaço de tempo teria de ter lugar antes de se considerar como nulo o primeiro casamento. Penso que dois anos, mas não tenho a certeza.
Lembras-te de onde nuno?
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- a lei autorizou o segundo, pelo que não pode declará-lo nulo
- ambos nulos não me parece que faça qualquer sentido
- ambos válidos, também não pode ser porque então teria sido cometido uma ilegalidade com a ajuda da lei.
1...
Após a declaração da morte presumida tem que haver um prazo razoável que faça com que o primeiro casamento se dissolva, acho eu. O meu problema é que nenhuma das hipóteses se enquadra neste raciocínio, a não ser que o prazo da morte presumida possa ser contado antes da efectivação da declaração, neste último caso aquela que será a mais plausível é a 2.
não faço ideia...só conhecendo a lei..mas se ...conseguiu mesmo contraír o 2º casamento..obviamente:
4) tem de optar!