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terça-feira, abril 04, 2006

Paridades

Comments on "Paridades"

 

Blogger filipe guerra said ... (abril 04, 2006 4:49 da tarde) : 

"podem ter uma oportunidade de expressarem os direitos que o PCP não ajudou a conquistar".
O quê secalhar foram os outros que ajudaram. Por muito que lhe custe admitir, a verdade é que o PCP ainda antes de você ter nascido ou mesmo antes do 25 de Abril já muitas lutas tinha travado pelos direitos das mulheres. Bastará dizer que a tese de douturamento de Alvaro Cunhal nos anos 40 foi precisamente sobre o direito á IVG. Muitas outras lutas foram sendo feitas ao longo do séc.20 pelo PCP junto das mulhers quer operárias quer intelectuais.
Que você não goste do PCP tudo bem, agora inventar História é que não.

 

Blogger Pedro Santos Cardoso said ... (abril 04, 2006 6:49 da tarde) : 

José, quiseste mesmo dizer "podem ter uma oportunidade de expressarem os direitos que o PCP não ajudou a conquistar", ou a palavra "não" terá sido um lapso?

 

Blogger José Raposo said ... (abril 04, 2006 8:44 da tarde) : 

Não Pedro, não me enganei.

Filpe, não tenho qualquer problema em reconhecer o fundamental papel do PCP nas conquistas das mulheres portuguesas desde sempre, como muito bem diz.

Não pretendo reinventar qualquer História independentemente da minha data de nascimento e a tese de Àlvaro Cunhal sobre a interrupção voluntária da gravidez de que fala é uma excelente forma de comparar se existe coerência entre as duas matérias na aprovação desta lei.

Não me move, antes pelo contrário, qualquer interesse contra o PCP, mas as mulheres comunistas não vivem numa bolha.

Vai perdoar-me mas eu considero esta lei como mais um direito de representação das mulheres e tenho em crer que o Filipe não concorda com a minha opinião.

Vai perdoar-me mas de acordo com a lógica que eu acho que está aqui inerente de mais direitos para as mulheres, o PCP não ajudou a conquistar este direito em concreto.

 

Blogger Pedro Santos Cardoso said ... (abril 04, 2006 10:28 da tarde) : 

Ok, José, referias-te a este direito em concreto e não no geral. Má interpretação minha.

 

Anonymous Anónimo said ... (abril 05, 2006 10:17 da manhã) : 

Este é um dos tais temas IMPORTANTES onde o debate de ideias forma a opinião das pessoas.
Inicialmente também era da opinião que as quotas eram "um desrespeito para as mulheres"...que elas próprias iriam depois sentir-se " a tipa que está lá por causa da quota"...no entanto, mudei de opinião.
Tal como diz o Zé (e só quem não vive o dia-a-dia familiar é que não concordará com ele) a mulher tem um papel na sociedade que a IMPEDE FISICAMENTE de participar activamente sob as mais diversas formas na vida cívica/política/associativa actual.
Por isso e pelo "machismo" que ainda prevalece....apesar da força do incremento cultural e intelectual das mulheres se ir impondo....as quotas a 33% são uma boa medida...moralizadora, enfim NECESSÁRIA.
Também me custa a perceber a posição do PCP...o Partido que normalmente luta por causas....nesta acha que não é necessário porque ele próprio já as cumpre...ou porque é um "insulto"!!!
Mais uma vez, o PCP prova que, normalmente, não está "enquadrado" no presente!...ou vive nos anos 40...ou sustensa-se na sua própria realidade e não naquela que a rodeia, ou seja, a REAL!

(Filipe Guerra, se quiser também podemos discutir a IVG!)

 

Blogger filipe guerra said ... (abril 05, 2006 1:18 da tarde) : 

de facto não concordo com as quotas, compreendo quem com boas intenções as defende. por tal respeito a opinião de José raposo.
Quanto ao restante parece estarmos entendidos.
Esperemos todos,apenas que de facto as mulheres portuguesas(e não só), tenham mais presença e direitos, na A.R. ou nos seus locais de trabalho.
cordiais continuações...

 

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