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quinta-feira, abril 20, 2006

A Sinagoga de Tomar




No fim de semana passado (o tal do êxodo pascal dos nossos parlamentares) fui visitar Tomar. Fazia 12 anos desde da última vez que lá tinha estado e fiquei contente por verificar que a cidade não se estragou e que mantém os seus monumentos bem preservados. Revisitei a charola dos Templários (na última vez estava em obras de restauro e inacessível) e a Sinagoga na antiga Rua Nova. Para minha surpresa verifiquei que muito se havia feito desde da minha última visita: foi criado um pequeno museu com doações de todo o mundo, tive direito a uma excelente guia (peço desculpa por não ter fixado o nome...) e o lugar agora parece ser bastante concorrido pelos turistas, recebendo agora toda a atenção que merece.
O templo terá sido fundado no século XV e é o melhor e mais antigo exemplar arquitectónico da cultura judaica que possuimos no nosso território. Possui uma planta regular, centrada em quatro colunas de pedra que simbolizam as matriarcas Sara, Rebeca, Leah e Raquel. As paredes não ostentam qualquer decoração (para além das peças do núcleo museológico) e o tecto é abobadado, também sem decoração. Um aspecto curioso é a instalação sonora: 4 ânforas, uma em cada canto superior da sala, asseguram uma acústica muito eficaz.
Após ter servido para tudo e mais alguma coisa (armazém, estábulo, residência...) no início do século XX o seu estatuto e a sua importância são reconhecidos pelo estado português: desde de 1921 que se encontra classificada como Monumento Nacional, contudo, só nos anos 80 é que se dá a sua abertura regular ao público.
Neste momento, não existe comunidade judaica em Tomar. Existem, pelo que me informaram, apenas 4 famílias, não reunindo o número necessário de homens para a realização do culto.

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