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terça-feira, maio 02, 2006

Dificuldades de arranque

Não é uma surpresa, mas a Europa continua a duas ou mais velocidades.
O projecto europeu é uma coisa bonita, mas é tão mais bonita quanto maior for a quantidade de dinheiro no bolso e menores as cedências a uma opinião pública cada vez mais hostil a fenómenos de imigração.
Portugal numa posição coerente, por até já se ter visto numa situação semelhante, permite desde ontem o livre-trânsito de trabalhadores dos países de Leste que aderiram há dois anos à EU. Sejamos honestos, alguns destes trabalhadores até já cá estão e esta liberalização permite um maior enquadramento e permite-nos exigir junto da comissão um maior esforço para com o problema dos portugueses explorados e enganados em países da União.
No entanto, países como a França e a Alemanha mantêm reservas.
Temos de compreender os políticos europeus, é difícil aceitar que um bloco de países com economias de crescimento rápido, muito embora ainda longe de níveis de desenvolvimento da Europa a 15 (mesmo que o PIB já possa ser maior que o nosso) possam pôr em causa o status quo europeu dos países tradicionalmente mais importantes e influentes na Europa, inundando os seus mercados com mão-de-obra que não consegue emprego nos seus países de origem.
Por sua vez a Comissão reforça cada vez mais a sua completa inutilidade nestas questões, e em vez de exigir o levantamento das restrições, “oferecendo” um rigoroso enquadramento do trabalho no espaço comunitário, prefere pedir gentilmente o levantamento das restrições não dando nada em troca o que já sabemos não resulta com a maioria dos países.
Afinal andei enganado sobre o objectivo do projecto Europeu. Estava mesmo convencido que a criação de um espaço político e económico comum trazia vantagens para todos os países que nele se encontravam, mas afinal isso é um princípio negociável de acordo com as conjunturas.

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