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segunda-feira, junho 05, 2006

Mérito

Muitas vezes o trabalho político dos deputados reside à volta de verdades absolutas. O espaço essencial de discussão que deveria ser a assembleia da República perde o seu sentido perante aquilo que por lá se discute, especialmente se a bancada do governo possuir maioria absoluta.
É uma espécie de divisão entre fiéis e infiéis, crentes e não-crentes e quando uma determinada iniciativa legislativa chega ao parlamento parece não haver qualquer necessidade de discussão. Ou se aprova ou não, de acordo com o peso que tem cada grupo parlamentar e de acordo com amizades de ocasião que se geram de vez em quando e nada de substancial é alterado em relação às posições iniciais.
É o caso da Lei da Paridade. Já aqui tive a oportunidade de defender a necessidade de uma lei como esta, que para o bem ou para o mal, poderá corrigir um erro que ao longo dos anos se têm vindo a manter, dificultando o acesso das mulheres à politica e refrescando o pessoal politico que tão necessitado está de renovação.
Agora com a lei vetada vai ser mais ou menos como a situação do aborto.
O assunto é relegado para as calendas gregas e nunca mais ninguém se vai lembrar de lhe pegar apesar da fundamental necessidade que a motivou.
Perdem as mulheres e perde o PS porque teve a arrogância de não querer discutir com os restantes grupos parlamentares uma lei que servisse a toda a gente, ainda que tivesse de ceder nalgum ponto.
Cá para mim é tudo uma grande hipocrisia. Como dizia recentemente Ivan Nunes (no Choque Ideológico na RTP) "sempre houve quotas do secretário-geral, quotas das distritais, quotas das regiões e nunca ninguém pareceu particularmente preocupado com o mérito associado a esses elementos".

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