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quinta-feira, junho 15, 2006

Regresso atribulado, mas regresso

Após uma breve ausência forçada cá estou de volta. Doente e sem internet, restou-me o exílio. Mas se é verdade que recuperei da doença, a internet ia-me devolvendo à cama. Telefonei três vezes para os senhores da cabovisão. A primeira, que durou cerca de 20 minutos, foi bruscamente interrompida por um «lamentamos mas de momento não é possível estabelecer a ligação». Fantástico. Na segunda tentativa, fui mais avisado: passei o telefone ao meu irmão e pedi-lhe que aguardasse até surgir alguém em linha [não espero com isto vir a ganhar o céu, eu sei]. Porém, cerca de 40 miunutos depois, aconteceu o mesmo. Agora é uma questão de honra, pensei eu. Terceira vez. Atende-me mais uma vez a mulher que engoliu um gravador, informando-me que os canais M6 e RTL se encontram indisponíveis entre a x e as y horas devido ao mundial. Ainda bem que me avisam. Já não tenho de me dar ao trabalho de ligar os meus canais preferidos àquelas horas. Finalmente algo de bom: as primeiras músicas eram de Beethoven. O pior veio a seguir: Roxette, Must have been love, but it's over now [...] from the moment we touch [...]. É claro que nem as boas músicas deixam de ser interrompidas pela mulher que engoliu um gravador: «a sua chamada está em lista de espera; por favor aguarde». Eu sei que está, pensava eu com os dentes cerrados. Vou jogar Solitário Spider. Ganhei três jogos nível médio (para alguém que não aprecia muito jogos de cartas como eu, trata-se um triunfo de monta), até que ficou adormecida em mim a presença do telefone no ouvido, que estava dormente. Se for verdade que estes aparelhos causam tumores, já tenho três. Meia-hora depois, atendeu-me uma menina que perguntou atenciosa o meu nome. Pedro Cardoso. «Então diga lá, senhor Pedro Coelho, em que posso ajudá-lo?»
Por fim, não ajudou em nada. Disse-lhe que não me era atribuído um endereço IP. A sua ajuda foi zero. Mas eu sobrevivi. Como já vi em muitos filmes, há coisas que temos de ser nós próprios a fazer. Consegui resolver o problema.
[Espero que aquilo dos tumores não seja mesmo verdade.]

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