Armas de Portugal

There are over 500 million fire arms in the worldwide circulation. That is one fire arm for every twelve people on the planet. The only question is: How do we arm the other eleven? Selling guns are like selling vacuum cleaners. It may cause pound of payment, take orders, I was an equal opportunity merchant of death. I supplied every army, but the salvation army. O negócio das armas rivaliza com a droga como um dos maiores negócios do planeta senão o maior. Ao longo da história, e de acordo com as mais variadas opções de politica externa, os diversos países, geo-estrategicamente relevantes no panorama internacional, sempre foram alimentando com armamento guerras fratricidas em nome de valores supostamente superiores aos do equivalente geo-estratégico que fornecia armas ao outro lado. É um negócio de biliões em que não importa quem recebe armas, ainda que por vezes estas possam voltar-se contra os países que anteriormente as forneceram. Nada importa, nem há valores que subsistam nesta lógica de milhões e milhões de dólares que alimenta milhares e milhares de funcionários sombrios, espalhados um pouco pelos governos de todo o mundo. E existe ainda outro lado do negócio aparentemente mais legitimo, mas igualmente sombrio e duvidoso. É o nosso caso. Ao abrigo de protocolos, benefícios e intercâmbios que desconhecemos, compramos armas que não conseguimos manter e de que muito provavelmente não precisamos. Em Portugal as armas também são um negócio, mas na nossa específica situação, aparentemente ruinoso. 12 Aviões F-16 comprados “supostamente” a preço de saldo ao amigo americano, terão estado até agora enfiados em caixotes à espera de oportunidade para serem utilizados. Nem uma parada militar, nem uma qualquer intervenção da Nato num daqueles países maus, nem sequer para sacudir o pó, eles saíram da caixa. E agora vão ser vendidos. Se calhar até é uma boa ideia vender alguma coisa que não serve para nada, a menos de metade do preço que custaram, mas o importante é perceber porque razão Guterres, Barroso e o Atlantista, permitiram que esta situação se mantivesse durante tanto tempo. Importante é percebermos afinal que tipo de política existe na defesa nacional, e se é razoável que se mude a lei de programação militar ao ritmo que se mudam governos? Importa perceber com que tipo de ameaças o país se debate hoje em dia, e armar os diversos ramos das forças armadas com material prático e eficaz e não necessariamente espalhafatoso. Provavelmente o reforço da capacidade, âmbito e meios das forças de segurança interna é bem mais eficaz na manutenção do estado de direito do que a existência de forças armadas desorganizadas, sem rumo definido e a viverem à conta de projectos megalómanos de aviões de combate, submarinos ou fragatas supostamente made in Portugal. Interessante será perceber a quem acabaremos por vender os aviões…