Eu não diria melhor seguido de uma achega
Helena Roseta (Público: 14 de Julho): «Os concursos concepção-construção são uma das causas das derrapagens nas obras públicas». E depois há os concursos de fachada, os chamados concursos por Prévia Qualificação que só servem para disfarçar adjudicações directas ilegais. Acho que todos os grandes gabinetes de arquitectura em Portugal já usufruiram deste expediente. Se o IGAT, o Tribunal de Contas e a Autoridade da Concorrência olhassem com olhos de ver para esses concursos, muitas autarquias e arquitectos da moda ficariam em maus lençóis. |
Comments on "Eu não diria melhor seguido de uma achega"
De vez em quando esta questão dos concursos vem à baila, envolvida em confusas discussões e muitos argumentos contraditórios, que têm como "virtude" deixar tudo na mesma... na mão de uns tantos, que assim vão adiando a (inevitável?) tomada de poder pelos jovens turcos... da "jovem classe".
Nestes, como em outros assuntos, porque é que não nos limitamos a copiar o que (de melhor) se faz "lá por fora"?
Lá defora vem muita coisa...
Arquitectos da moda e empresas construtoras, que ficam discretamente na sombra...
Caro David
Sobre as experiências dos concursos que vêm "lá defora", veja-se (leia-se), a seguinte passagem:
"Another important factor in getting good buildings was a well-run competition system (...). From this Asplund gained most of his important jobs."
Mas isto é "lá fora", na Suécia... dos anos 30... do século passado.
Sim, sim, tem toda a razão. Só disse aquilo porque tinha em mente um outro aspecto da realidade que são os concursos pra gaveta. Ouvi dizer que a França, por exemplo, é um caso típico de não concretização dos projectos vencedores. Mas lá está, estou a falar de ouvir falar. Não sei bem se é bem assim.