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quinta-feira, julho 20, 2006

Os maçons do MIT

Para minha surpresa, e do Paulo Portas, os exames nacionais correram mal e a ministra teve de ir ao parlamento explicar-se de forma bastante atrapalhada.
Paulo Portas em entrevista ontem à noite na SIC (naquele tempo de antena que lhe arranjaram para lixar o Ribeiro e Castro) demonstrava o seu gáudio pelo buraco em que se tornaram os exames nacionais até porque parece que o Sócrates na entrevista que deu à mesma SIC terá dito que com ele a colocação de professores correu bem. É justo que Portas, que desenvolveu uma espécie de bloqueio mental que apenas lhe permite pensar em termos de comparação com os governos em que participou (nem o Santana deve continuar a pensar que eles eram mesmo bons...) diga agora que com os socialistas os exames nacionais correm mal. É uma lógica infalível dos nossos políticos “ ora toma lá dá cá…”
Mas o mais importante da tarde de hoje foi a intervenção da deputada do PCP Luísa Mesquita, que perante um parlamento boquiaberto releva a mais vil das conspirações na área da educação.
Segundo a deputada, apenas foram repetidos os exames de Física e química porque existe um lobby por trás destas áreas (certamente por oposição ao lobby dos pais que pretendia repetir todas as provas devido aos resultados dos seus rebentos).
Longe estava o país de saber que por trás das cadeiras de física e de química existia uma sociedade maçónica e secreta que exercia um terrível lobby junto do ministério da educação, com o abjecto objectivo de vilipendiar os estudantes que não querem entrar para o Técnico.
Mas afinal tudo é mais claro do que parecia inicialmente. A deputada comunista descobriu que o governo assinou uma adenda ao protocolo com o MIT que só se pode cumprir se houver pelo menos 50% de aproveitamento dos nossos estudantes nestas áreas, ou caso contrário o MIT não se comprometerá a dar-nos um prémio Nobel da física ou da química num futuro próximo.
Como sempre parecemos todos falar línguas diferentes sempre que o tema é a educação. Parece que todos querem atirar o barro à parede para ver se cola algum erro que se possa apontar nas próximas cinco legislaturas, mas a essência do debate da educação passa ao lado e tudo continua a ser uma bandalheira onde é possível que um sistema de ensino que durante todo o ano esteve supostamente a “educar” milhares de alunos, consiga que apenas 20% deles tenham aproveitamento. A função social da escola parece estar a falhar.

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