As mais belas rotundas de Portugal [5º]
Este exemplar é sem dúvida a prova viva da arte e engenho dos portugueses em bem rotundar. Deus quer, o autarca sonha, o empreiteiro esfrega as mãos, a obra nasce. Após repetição até à exaustão do verbo rotundar - eu rotundo / tu rotundas / ele rotunda / nós rotundamos / vós rotundais / eles rotundam -, eis que foi concebida esta rotunda. E não se trata apenas de mais uma. Trata-se da Rotunda do Rato, junto à Universidade da Beira Interior, na Covilhã. Construída no âmbito do Programa Pólis, terá tido um orçamento inicial de 1,3 milhões de euros (um milhão e trezentos mil euros) [!]. Não temos, no entanto, a informação de quanto terá custado realmente a rotunda. Segundo a descrição da minha amiga Carla Bagão, autora da fotografia, o caudal da ribeira é elevado através de um longo braço metálico. A água flui assim para o centro da rotunda, com o leito da ribeira da Goldra a céu aberto. Um engenho de betão suporta o braço metálico que capta o caudal a montante, junto à antiga fábrica Alçada. Ainda segundo Carla Bagão, a profundidade da rotunda ronda os 6 metros, o que faz dela um verdadeiro poço e óptimo local para passeio de suicidas. Crianças, não se aproximem da rotunda. Mais uma séria candidata a vencer um prémio qualquer nesta rubrica. [Fotografia: Carla Bagão] Etiquetas: Rotundas |
Publicado por Pedro Santos Cardoso às 11:39
Comments on "As mais belas rotundas de Portugal [5º]"
Estória
O Presidente da Junta, (PdJ) quis orçamento para a feitura da obra.
Consultou uma empresa espanhola, uma empresa francesa e uma empresa portuguesa.
Recebeu o orçamento espanhol que era de 3000 euros. 1000 para os materiais, 1000 para a mão de obra e 1000 de projecto.
O projecto francês era de 6000 euros. 2000 de materiais, 2000 de mão de obra e 2000 de projecto.
O orçamento português era de 9000 euros. 3000 para o PdJ, 3000 para a empresa portuguesa e 3000 para a empresa espanhola fazer a obra.
Conclusão:
O Presidente da Junta adjuducou à empresa espanhola. A meio da Obra devido a um erro do projecto (Não se fizeram prospecções no terreno) e a um pedido adicional do Presidente da Junta, o custo da obra disparou para 10 000 euros, todos suportados pelos municípes. O presidente da junta alegou que emborao erro do projecto fosse da responsabilidade da empresa espanhola, a meio da obra não se devia mudar de empreiteiro e mais valia continuar com o mesmo, asumindo a Junto os custos adicionais.
NOTA: A história é veridica, embora não se tenha passado ao nível da Junta de Freguesia.
Mas o buraco de seis metros está ligado a algum ribeiro ou é simplesmente um buraco? para onde vai a àgua toda?
José,
passa por lá a Ribeira da Goldra, segundo me informaram. Mas já está escrito no post ;-)
Pois, caros Caiano e Luís, infelizmente esta é a estória da nossa administração...
Antes demais, parabéns pela ideia!
No nosso país, modelos de rotunda - já executados - é o que não falta, e muitas não têm como principal objectivo, como já se viu até nestas fotos, a sua função de ordenamento de tráfego.
Mas esta, a da ponte do rato, pelo que consta, na adjudicação houve uma baixa de praça. Que nos sirva de consolo, ao menos isso.
Aqui em Viseu, é coisa que não falta! Mal possa, enviarei um desses exemplares únicos dignos de registo, para a lista do blog.
Cumprimentos, de um assíduo leitor
Victor
Obrigado, Vítor.
Por cá ficamos à espera então desses exemplares das terras de Viriato. Amanhã, por acaso, devo passar lá o dia. Duvido, no entanto, que tenha oportunidade de tirar algumas fotografias.
Um abraço
DESCRICAO
Ola, o que veem ´e a parte de cima da rotunda. Por baixo tem uma passagem de peoes de onde se pode observar de baixo para cima a agua a cair. Ou seja, aquilo n ´e um buraco apenas, ´e uma passagem. A agua que cai volta a seguir o seu percurso pois aquilo ´e um riacho