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segunda-feira, setembro 25, 2006

APFN preocupada com a própria sobrevivência


«A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) pediu a demissão do ministro da Saúde, acusando-o de "falta de senso" por defender a despenalização do aborto e querer incentivar os hospitais a aumentar a sua prática. [...] Para a APFN, as declarações do ministro revelam "cegueira e falta de senso", uma vez que o aumento do número de abortos vai reduzir "a dramática taxa de natalidade" em Portugal, "financiando o gigantesco negócio das clínicas abortivas" através de dinheiros públicos. "Enquanto o primeiro-ministro está profundamente preocupado com a baixa natalidade, o ministro da Saúde está preocupado com o baixo número de abortos.» [Fonte]
Pela primeira vez ouço vozes contra a despenalização do aborto sustentadas no grande argumento da quebra da taxa de natalidade. O que a APFN não vê, certamente por cegueira e falta de senso, é que quem está disposto a fazer um aborto, fá-lo-á: com lei, sem lei, com clínica, sem clínica. Por isso, uma política proibicionista, divorciada da realidade, só pode ter como resultado a manutenção da dramática taxa de natalidade e o aumento da taxa de mortalidade das praticantes do aborto, dada a sua execução clandestina. Problemas a dobrar.
Mas é compreensível que a APFN invoque este argumento. A final de contas, trata-se de uma questão de sobrevivência: diminuindo a taxa de natalidade, a APFN corre risco de extinção. Não fosse ela chamar-se Associação Portuguesa de Famílias Numerosas.

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