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domingo, outubro 22, 2006

Mulher dos sete instrumentos





A ternura dos quarenta dá nestas coisas. A senhora primava pela polivalência e os seus alvos por alguma falta de firmeza, senso comum e ao que, prima facie, parece indicar, falta de cumprimento das suas obrigações. Até aqui tudo bem. Ter contas em dia, nos dias que correm, é difícil. No entanto, vamos lá ver se nos entendemos, os juízes não telefonam para as partes, não indicam nib´s do Sr. Beltrano ou Cicrano para fazer depósitos de quantias em dívida ao Estado, quanto mais resolverem tudo em minutos como a utopia que aquela anunciava. Os ilustres burlados nem deviam, sequer por momentos, pensar que, por serem ilustres, seriam “avisados” das execuções ou possíveis penhoras. Antes de ganharem consciência da burla, provavelmente não estranharam este procedimento, tendo em conta anteriores fugas dentro do MP e telefonemas de última hora que permitiram a outros ilustres anteciparem-se às garras (que mais parecem mãos de fada por vezes) da justiça, a prisões preventivas e a detenções. Isto só é possível mercê do que transparece do funcionamento da Justiça, é atenta para o povo, cega e conivente com os todo-poderosos, tira-lhes com uma mão e dá com a outra. O certo porém é que a falsa juíza sabia que os burlados eram devedores, ou seja, conhecia bem a expressão “ter telhados de vidro”. Estudou bem a lição e os visados, tinha bons informadores ou em vários sectores, sabia o poder do elemento surpresa. Mas terá ela ligado, além dos nomes sonantes já revelados, para o José do talho ou para a Maria do café, snack-bar?! Estes, para além de normalmente terem os euros contados e receio do fisco, não iriam em cantigas de terem do outro lado da linha a Meritíssima Juíza preocupada com as suas vidinhas.

Comments on "Mulher dos sete instrumentos"

 

Blogger Lis said ... (outubro 25, 2006 5:38 da tarde) : 

:-O

Que artista!

 

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