O método sindical
Nesta altura há muito pouca coisa que realmente me consiga surpreender, pela positiva, no movimento sindical. Não que este vosso humilde amigo os considere o inevitável obstáculo à mudança, nem tão pouco considere a sua existência trivial ou desnecessária, no fundo os suspeitos do costume... Antes reconhece a necessidade de também os sindicatos se adaptarem a novos desafios ainda que a sua mensagem possa estar sempre muito actualizada... O problema está na comunicação das ideias, muitas delas válidas, que muitas vezes vêm embaladas de uma série de chavões marxistas-leninistas de adesão imediata inquestionável. Ora já não é assim. Felizmente a educação tem proporcionado que, para o bem e para o mal os portugueses questionem, e daí questionem os seus governos assim como os seus sindicatos. Mas afinal ainda existem boas surpresas. O SNTCT (Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações) sim, o meu sindicato, com quem por diversas vezes já tive de discutir longamente o articulado dos seus princípios e a forma como consideram atingir os seus fins, recorrendo aos seus usuais meios, acabou por me surpreender. Numa correspondência invulgar, resolveram enviar-me, em vez de uma série de chavões daqueles das manifs em que toda a gente decide tudo de braço no ar, um pequeno dossier com fichas de legislação laboral. Estou maravilhado. O Dossier dá pelo nome de "Os Direito e Deveres dos trabalhadores na Lei" e contempla fichas sobre: Duração e Organização do Tempo de trabalho; Faltas; Trabalho Suplementar e Férias, com a promessa de serem enviados mais fascículos no futuro. Isto sim é que é serviço público. |
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