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quinta-feira, outubro 12, 2006

O valor da informação

Somos todos memória e consciência colectiva, e apesar de cedermos com frequência à hipocrisia de ficarmos chocados com aquilo que nos chega pela televisão e ignoramos aquilo que não nos entra pelos olhos adentro, há acontecimentos que nos marcam, que ficam para sempre registados nas nossas mentes, e por mais que pretendamos esquecê-los acabamos por os passar às gerações seguintes, num misto de recomendação e medo do passado.
Por isso mesmo, acontecimentos como o ensaio nuclear da Coreia do Norte, ou o simples acidente de ontem em Nova Iorque, são responsáveis por altíssimos níveis de ansiedade em partes da população mundial.
Só os coreanos poderão perceber o que significa ter um vizinho que insiste em rebentar e rebentar-se junto com toda a península coreana. Para os mais velhos que viveram a guerra e ainda hoje não conseguiram juntar-se a alguns dos seus familiares do norte, esta ameaça permanente deve ocupar grande parte do seu tempo, impedindo-os de ter uma vida normal. Tal como os coreanos só os nova-iorquinos que viveram o 11 de Setembro poderão ter noção da angústia que um acidente de aviação pode causar ao subconsciente de uma cidade inteira.
A informação é vital em qualquer uma das situações. Sem uma informação rápida e transparente, ainda que por vezes sensacionalista, não seria possível em curto espaço de tempo esclarecer acontecimentos com impacto mundial. Não seria possível minutos depois de determinado evento acontecer nalguma recôndita parte do mundo, estar a ser visto e analisado nos antípodas.
É esse o valor acrescido da informação que nos permite ao mesmo tempo formularmos opiniões e evitarmos a histeria colectiva inconsequente.

Comments on "O valor da informação"

 

Anonymous Anónimo said ... (outubro 12, 2006 10:27 da tarde) : 

No caso dos nova-iorquinos e até mesmo de todos o norte americanos, o 11 de Setembro será uma data e um acontecimento que perdurará durante muito tempo na sua memória colectiva.
Em tantas guerras que a América já se envolveu e em tantos anos que as mesmas duraram, foi a primeira vez que a população deste pais viu um bombardeamento de outra perspectiva.
A de quem está em baixo.

 

Blogger Antonio Almeida Felizes said ... (outubro 12, 2006 10:43 da tarde) : 

Informação?

"Vejo as fotos de "desastre" de ontem, em Nova York, e pergunto:
- onde é que está o avião?
Não se vê o aparelho em nenhuma das fotografias! Não há imagens, filmes, vídeo amadores, nada, isto na cidade mais filmada e fotografada do mundo...
Depois de todas as precauções pós-11 de Setembro não é verosímil que um bimotor andasse a passear a seu bel-prazer na mesma zona onde se deram os acontecimentos de 2001.
Será possível que um bimotor com vários metros de amplitude de asas se tenha volatilizado ao embater com um prédio de habitação?
Ou querem fazer-nos acreditar que o aparelho entrou pela janela da sala de jantar de alguém e, pura e simplesmente, desapareceu?
E porque é que as primeiras notícias garantiam que se tratava de um helicóptero?
Porque é que depois passou a ser um avião? Muito conveniente, não é?...

A Administração Bush tem muito para explicar também aqui."

(publicado no Blasfémias)

Cumprimentos,

O...Regionalização

 

Blogger Migas (miguel araújo) said ... (outubro 12, 2006 11:55 da tarde) : 

Caro José Raposo
O mundo ficou menos seguro após o 11/09. Seja porque razão for, o terrorismo, a guerra, a morte, a violência tornou-se maior, mais presente e, eventualmente, mais medática também.
Mas é uam realidade.
Após aquela data hoje temos mais medo. Mesmo nas pequenas coisas do dia-a-dia. Não só em relação ao terrorismo mas a tudo. As pessoaos tornaram-se mais desconfiadas, mais reservadas, menos seguras e com muito mais descrédito.
Mesmo sem informação... mesmo sem casos que nos reavivem a memória.
Isto não está nada fácil.
E o mais grave é que anda muita gente a complicar ainda mais.
Cumprimentos

 

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