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domingo, novembro 05, 2006

A justiça dos Homens

Comments on "A justiça dos Homens"

 

Anonymous Anónimo said ... (novembro 05, 2006 4:32 da tarde) : 

Inteiramente de acordo com a lucidez ácida deste texto. Mas então Pedro, pergunto-lhe:
Ainda há condições para pedir clemência? E a quem pedir? A comunidade internacional pode fazer alguma coisa que não seja manifestar discordância?

 

Blogger Pedro Santos Cardoso said ... (novembro 05, 2006 5:14 da tarde) : 

Não será propriamente um pedido de clemência, mas esta condenação será provavelmente alvo de recurso.

Mas o cerne da questão não é a clemência, ou a possibilidade de recurso. O cerne da questão é que a pena de morte deve ser abolida. Mesmo para pessoas como Saddam Hussein.

 

Blogger Mário Almeida said ... (novembro 05, 2006 7:06 da tarde) : 

Muito bem.

O que é que defendes então ?

Prisão perpétua ?

 

Blogger Pedro Santos Cardoso said ... (novembro 05, 2006 7:51 da tarde) : 

Mário,

o texto é contra a pena de morte. Mas, claro, não defendo também a prisão perpétua, uma vez que se encaixa plenamente na argumentação do post - e muito embora a prisão perpétua seja, relativamente à pena de morte, um mal menor.

É, como deves compreender, difícil estabelecer uma barreira. Mas a barreira, a ser estabelecida, terá de ser apta a cumprir fins sociologicamente úteis e não a cumprir uma qualquer sede de vingança, imprópria de um Estado que baseado no respeito pelos direitos humanos.

Considero que o limite português de 25 anos para os crimes mais graves aceitável.

 

Blogger Xor Z said ... (novembro 05, 2006 7:58 da tarde) : 

Isto tudo só vem provar a razão duma sondagem recente que considerava Bush mais perigoso para a paz mundial que o pretenso eixo do mal. Esta gente faz o que quer com fundamentos de legitimidade, até quando? A questão que põe é pertinente, não se pode obviar ao mal com o pelo do mesmo cão. Mas esta é uma questão delicada que levou o Mário a perguntar se defende a prisão perpétua. Ora bem, caro Mário, a sua alternativa não é alternativa, pois a sentença de morte e a prisão perpétua redundam no mesmo. E com os custos e sobrelotação das prisões a 1ª substituirá sempre a outra. O que se tem de defender é penas adequadas ao crime, questão ela também delicada, mas enfim. Qualquer solução que não a pena de morte ou prisão perpétua é, certamente, melhor.

 

Anonymous Anónimo said ... (novembro 05, 2006 10:46 da tarde) : 

CLAP CLAP CLAP CLAP

Magnífico texto, Pedro!!

 

Blogger Pedro Santos Cardoso said ... (novembro 05, 2006 11:28 da tarde) : 

Obrigado, Max :)

 

Blogger Maria do Rosário Sousa Fardilha said ... (novembro 06, 2006 2:44 da manhã) : 

é um pensamento laico: temos o dever de não-matar.

estou completamente de acordo contigo. e parabéns pelo texto.

 

Blogger Mário Almeida said ... (novembro 06, 2006 9:45 da manhã) : 

Xor Z,
Para mim a prisão perpétua até é pior que a pena de morte, e por isso eu fiz a pergunta. Para mim, a vida não é apenas o bater do nosso coração. Mas isso é outra discussão.
Eu não acho que o Bush seja um perigo para a paz do mundo, (ou pelo menos no lugar que ocupa na lista), mas mesmo que seja pode estar descansado que daqui a dois anos ele vai embora.


Sempre que se falava da pena de morte, alguém lembrava sempre o Hitler. Agora não é preciso.
Eu compreendo os teus argumentos, Pedro. E também preferiria uma sociedade que não tirasse a vida a ninguém, nem a prendesse para o resto da sua vida, mas perante este caso concreto, qual a pena que se aplicava ? Esta é que é a questão. Não basta, quanto a mim, criticar a pena de morte. É preciso dizer qual a pena que se aplicaria ao Saddam.

Pedro, a tua opção de 25 anos, (que é muito tempo, é preciso não esquecer), é a que aplicarias neste caso ?

 

Blogger Pedro Santos Cardoso said ... (novembro 06, 2006 8:50 da tarde) : 

Mário,

não conheço o desenrolar concreto do processo, não conheço o que se deu como provado e o que não se deu como provado.

O mais difícil é estabelecer o máximo da moldura penal. Como já disse, aceito perfeitamente o limite máximo de 25 anos da lei portuguesa. Depois, dentro da moldura penal abstracta, jogarão as circunstâncias concretas do caso, que desconheço.

 

Blogger Migas (miguel araújo) said ... (novembro 07, 2006 12:46 da manhã) : 

Qualquer pena de morte é condenável, seja porque razão for e porque meio ocorrerá.
Porque razão Bush também não é condenado pela assinatura, enquanto governador do Texas, de mais de 150 condenações á morte, portanto assassinatos?!
Cumprimentos

 

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