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quinta-feira, novembro 09, 2006

Museu de Arte Popular

Comments on "Museu de Arte Popular"

 

Blogger Luís Bonifácio said ... (novembro 10, 2006 9:17 da manhã) : 

O problema é outro.
Isabel Pires de Lima faz parte da verdadeira Geração Rasca de Portugal, a do Maio de 68, não aquela que o também rasca Vicente Jorge Silva quis dar o epiteto. Esta geração, que não acredita em Portugal, que odeia tudo o que é Português, que acha que tudo o que é estrangeiro é melhor (reflexo da sua própria inferioridade), tem um particular ódio à arquitectura do Estado Novo, talvez por esta ser muito Portuguesa e pouco estrangeira.
Não é só o Museu de Arte Popular que está em risco, o Clube Naval de Lisboa já foi despejado das instalações (também construídas para a exposição de 1940) e provavelmente serão demolidas, resta saber se o Padrão dos Descobrimentos também será riscado do mapa.

 

Blogger David Afonso said ... (novembro 10, 2006 10:17 da manhã) : 

Luis, completamente de acordo. Com excepção para essa de que a arquitectura do Estado Novo é muito portuguesa. Não, nem por isso...

 

Blogger AM said ... (novembro 10, 2006 2:32 da tarde) : 

Caro David Afonso
A "transladação" da colecção para uma cidade "menor" não é solução, embora possa vir a ser o menor dos males.
A colecção e o museu constituem um todo, por assim dizer, "indivisível".
(Concordo que a arquitectura do Estado Novo tem muito pouco de português...)

 

Blogger Luís Bonifácio said ... (novembro 11, 2006 10:18 da tarde) : 

Madre de Deus, Encarnação, Alvito. Alvalade - Bairros de Arquitectura estrangeira ?????

Se calhar Chelas é que é portuguesissíma? Pelo menos provoca orgasmos ao graça dias.

 

Blogger David Afonso said ... (novembro 13, 2006 3:54 da tarde) : 

Ó Luis, caramba! Essa de Chelas põe-me numa posição delicada. É que isso é um exemplo de uma argumentação falaciosa, ou seja, a falácia do falso dilema. Por isso, essa passa sem resposta.

Mas o resto não. Acho muito discutível falar em arquitecturas nacionais (tal como é discutível falar em filosofias nacionais)por dois motivos: 1) raros são os casos em que há uma uniformidade tipológica, variando a arquitectura de região para região. Foi esta a grande decepção de salazar quando ordenou um inquérito em busca da «casa portuguesa» e os arquitectos e restantes especialistas descobriram não uma única, mas praí uma dezena. A verdade é que a arquitectura popular é extremamente variada consoante as caracteríticas climatéricas, topológicas e económicas da região em causa; 2)Quando se fala em arquitectura erudita (à falta de melhor designação...) o que acontece é que maior partes das vezes estamos perante movimentos ideológicos de âmbito internacional que se impõem num determinado momento. A arquitectura do Estado Novo de cariz monumentalista (a alta de Coimbra, por exemplo) é importada do fascismo italiano e alemão (está tudo muito bem documentado). Já agora, Chelas, também é um exemplo de um outro modelo importado (e não adaptado à realidade nacional).
Os bairros do Estado Novo (espalhados um pouco por todo o país)são - salvo honrosas excepções - resultado de uma interpretação mitológica do que devia ser a «casa portuguesa» (cujo paradeiro ainda hoje se desconhece). São originais, é verdade, mas não nacionais no sentido de materializarem quintaessencia da portugalidade.

 

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