Sim, obrigada
 Contribuir com os meus impostos para financiar os gastos com magistrados do Ministério Público, funcionários dos tribunais e órgãos de polícia na perseguição penal às senhoras que praticaram abortos antes das 10 semanas? Contribuir com os meus impostos para financiar os gastos com magistrados judiciais no julgamento dos crimes? Contribuir com os meus impostos para financiar os gastos com a prisão das referidas senhoras (estima-se que uma pessoa se alimente, em média, todos os dias)? Contribuir com os meus impostos para financiar os custos sociais inquantificáveis da estigmatização? Contribuir com os meus impostos para financiar os custos hospitalares das experiências mal-sucedidas com ervinhas na garagem da vizinha enfermeira com a 4ª classe? Sim, obrigada. |
Comments on "Sim, obrigada"
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TAF said ... (dezembro 14, 2006 2:46 da tarde) :
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Pedro Santos Cardoso said ... (dezembro 14, 2006 6:58 da tarde) :
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Anónimo said ... (dezembro 14, 2006 10:53 da tarde) :
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Pedro Santos Cardoso said ... (dezembro 14, 2006 11:08 da tarde) :
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Anónimo said ... (dezembro 14, 2006 11:25 da tarde) :
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Nelson Peralta said ... (dezembro 14, 2006 11:47 da tarde) :
post a commentAcho muito má ideia, quer do lado do Não quer do do Sim, invocar argumentos de dinheiro num assunto desta delicadeza e gravidade.
- A minha opinião.
Saudações!
Caro TAF,
por minha parte, que sou pelo sim, não pretendi com este post invocar argumentos de dinheiro, de maneira nenhuma. Pelo contrário, pretendi apenas satirizar o cartaz, que considero de muito mau gosto.
Abraço
E se tiver 10 semanas e um segundo, já aceita pagar impostos para financiar o sistema judicial?
Podemos também inverter a questão, akhenaton: se for uma criança que vá nascer deficiente ou fruto de uma violação já aceita pagar impostos para financiar clínicas de aborto?
Bom estou a ver que a argumentação dos partidários do "não", pelo menos no que diz respeito a este cartaz, se reduz a "quem quiser fazer abortos que os pague".
Ao SNS não compete fazer juízos de valor. Compete ao SNS cumprir a lei que será sufragada por referendo a todos os cidadãos. É mais ou menos o que digo amanhã!
Para além disso o que seria da vossa séria de imagens se um fumador chegasse ao SNS com cancro do pulmão e o SNS dissesse: "o menino portou-se mal, não há tratamento à borla no SNS"