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segunda-feira, abril 16, 2007

Uma questão de escolha

Não há uma democracia boa e uma democracia má, só porque perdemos. E é essa escolha que o povo timorense e os seus dirigentes tem de fazer sobre a qualidade da democracia que querem, porque dela depende a viabilidade de Timor-Leste como país.
Não há possibilidade de passar por cima da decisão de um povo soberano, que em eleições decide escolher determinados candidatos em detrimento de outros, só porque devido a questões conjunturais não gostamos dos protagonistas.
Já aqui defendi a ideia que Ramos Horta devia ser o Presidente eleito de Timor-leste, porque considero-o, dentro do actual panorama político, um dos mais moderados. Alguém com quem todas as partes possam trabalhar e fundamentalmente alguém com a ocidental cultura democrática que lhe permita ser um arbitro e não um protagonista.
No entanto não é esse o interesse (para já) do povo timorense, que parece ter dado uma vitória à primeira volta a Francisco Lu-olo da Fretilin.
Não é aceitável num estado democrático que perante a vitória de um candidato, rapidamente se alimentem teorias de conspiração e surjam problemas com as contagens, que não existiriam caso qualquer um dos restantes tivesse ganho. O clima de intimidação e acusações permanentes não favorece em nada a consolidação da democracia.
Aqueles que aparentemente defende a democracia têm de compreender que a Fretilin parece querer jogar o jogo da democracia dentro do normal funcionamento das instituições do estado timorense (sim, ele existe) até porque já foram eleitos para o governo, voluntariamente abdicaram do poder nas condições que conhecemos e voltam agora a candidatar-se em perfeita normalidade.
Por isso, quem perde deve respeitar a vontade soberana do povo timorense e ocupar o seu legitimo lugar na oposição, onde pode prestigiar e consolidar as instituições timorenses.

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