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«E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre.»
Passando pela minha estante notei a ausência de dois livros aos quais volto para recordar que uma boa leitura pode ser simples, despretensiosa mas não menos surpreendente. Estavam apenas fora do sítio habitual o que serviu no entanto para vos deixar estas sugestões de leitura. O livro de Miguel Sousa Tavares, "Não te deixarei morrer David Crockett" é uma reunião de textos e crónicas publicadas no jornal Público e na revista Maxim e o título uma homenagem ao herói de infância do autor: o aventureiro David Crockett, um dos pioneiros do Oeste americano, imortalizado no cinema e na banda-desenhada. Trata-se de recuperar os anos da infância, da pureza e da ingenuidade, o que contrasta com a imagem forte e opiniões firmes que Miguel S. Tavares nos tem habituado. Já em "Noites Brancas", Pedro Rolo Duarte (cujo percurso passa pelo DNA, suplemento de sábado do Diário de Notícias, O Independente, de que foi editor-adjunto, a Capa, onde foi editor-geral, a Visão, que fundou e da qual foi também editor-geral, a televisão, dando a cara em programas como o Falatório ou o Noites Brancas na RTP e também na TVI com o Legítima Defesa) traz um pouco das suas várias facetas para o livro: o profissional que pensa sobre o trabalho da sua classe, o homem comum que conta as histórias comuns dos nossos dias, o "trintão" que não esconde os seus dramas, as alegrias e as nostalgias típicas de uma geração que acordou para o mundo já com a liberdade nas mãos. Como jornalistas já há muito me revejo nas suas opiniões e artigos e na escrita revelam um lado mais profundo e nada alienado.
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