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O que se passa com os cafés do Porto? No outro dia, no jornal, o patrão do Café Aliados regozijava-se com a afluência de turistas à nova esplanada. É que estes consomem e não «empatam» uma mesa com um café como os portugueses. Uma noite destas entrei no Café Guarany às 23:40 mas não consegui ser atendido. Os empregados fardados e de gel impecável na cabeça pareciam em estado cataléptico, apesar do café estar cheio e a minha mesa suja (muito suja). Como ninguém me atendia, resolvi interpelar um deles. Resposta: Não serviam mais pois encerravam às 00:00. Regras da casa e se tivesse alguma reclamação a fazer que me deveria dirigir ao gerente. Embrulha! No dia seguinte fiz uma aterragem de recurso no Brasileira, aliás Caffé di Roma, para tomar um café terapêutico pós-almoço. Consigo ser atendido 20 minutos depois por uma adolescente que, sozinha, tentava dar conta do recado. E o café estava uma boa porcaria. Dizia Steiner que, enquanto existirem cafés, a ideia de Europa terá algum conteúdo. Pois então por cá...
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