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quinta-feira, setembro 20, 2007

Pántheion


Não percebo bem o que é o Panteão, para que serve e quem é que afinal já visitou o Panteão Nacional. Acho bem que se homenageiem os nossos mortos até porque o país é geralmente ingrato em relação aos seus que se destacam.
Mas tenho dificuldade em compreender os critérios que levam as urnas para o Panteão. Nada me move contra Aquilino Ribeiro, antes pelo contrário. Mas o escritor é alguém que a maioria dos portugueses se lembraria de homenagear? Creio que não. Lembrar-se-ão os portugueses de alguém que mereça tal homenagem? Talvez não, mas enfim… depende do momento em que é feita a pergunta…
Não é possível que a classe politica, responsável por estas trasladações, continue a cavar este fosso que existe entre dois tipos de Portugal.
Um Portugal letrado e intelectual, que normalmente se destaca individualmente. Cujo reconhecimento surge sempre primeiro no estrangeiro e só depois em Portugal, o que naturalmente decorre de estes se sentirem mais em casa nas grandes metrópoles europeias do que nesta terrinha suja. Aqueles para quem o resto do país olha com certo desdém em vida, porque nutre pela vida desses uma espécie de pequena inveja mesquinha.
E um Portugal da gente simples e trabalhadora, sossegada, com bons e sólidos costumes. Que precisa de orientação politica como quem precisa de pão. Sempre de mãozinha estendida e que não sabe quem é o Aquilino, nem tão pouco o Saramago para além das suas aparições televisivas (sim, este vai lá parar) e que apenas soube forçar a presença da Amália no Panteão.
Seja como for, com ou sem Aquilino, tendo este ou não participado no regicídio, o Panteão vai continuar a ser irrelevante para quase toda a gente, na qual eu me incluo.

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Comments on "Pántheion"

 

Blogger António Conceição said ... (setembro 21, 2007 7:13 da tarde) : 

Concordo com tudo, menos com a ideia de que Aquilino tenha alguma vez escrito alguma coisa que merecesse ser lido.

 

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