Sócrates e os professores (contratados)
«Sócrates diz que fará tudo para melhorar a relação com professores se voltar a ser eleito». Bom, para começar, ajudaria evitar fanfarronices como o anúncio da colocação de cerca de 37 mil professores na segunda fase. É que este número diz respeito sobretudo a contratações, isto é, como na primeira fase muito poucos entraram nos quadros (houve grupos disciplinares com zero vagas...), estes 37 mil vêm preencher as vagas que não foram abertas a devido tempo. Recorde-se que a partir da segunda fase deveriam ser consideradas apenas as necessidades transitórias e contingentes do sistema. Ora, representarão estes milhares de professores apenas uma necessidade pontual das escolas? Claro que não, até porque o ME abriu a possibilidade de estender por quatro anos o contrato até novo concurso. Na prática, trata-se de um estratagema para cortar na despesa com os vencimentos com o corpo docente, prejudicando os professores mais jovens que assim ganham bem menos para garantir os vencimentos dos professores do quadro. A tal "estabilidade" faz-se à custa desta espécie dumping airosamente ignorado tanto pelo ME como pelos sindicatos. |
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