Papadas
Não resisto à força da maré e, por isso, também tenho uma opinião sobre o Papa para quem a apanhar. Bom, na verdade a noite é fecunda e em vez de uma, tenho três: 1. Sou agnóstico metódico (não sei se Deus existe, nem quero saber e esforço-me ao máximo para me manter nesta deleitosa ignorância), mas acredito nos homens. Do ponto de vista humano o Papa foi demasiado humano. Existem atitudes que tolero no taxista que me traz de volta a casa ou no meu barbeiro que com a sabedoria das gerações adia a revelação da minha calvície precoce, mas que me proíbo de tolerar num dirigente mundial. A condenação do uso do preservativo, do aborto, o desprezo pelos homossexuais e mulheres e a perseguição estalinista aos desvios do dogma oficial, é tudo demasiado sórdido para quem tem o poder de fazer beatos e santos; 2. O aproveitamento mediático sabiamente alimentado pela cúpula do Vaticano teve qualquer coisa de hipócrita. O sofrimento de um homem não é um instrumento de evangelização, mas um atentado à dignidade da pessoa humana. As estratégias de vitimização e de mortificação apenas produzem morbidez, que é uma afectação da alma demasiada rasteira para ser confundida com a fé. 3. Morreu um homem. Apenas isso. Etiquetas: Religião |
Comments on "Papadas"
Amén.
Outra coisa que me confunde deve-se ao facto de dizerem que a Irmã Lúcia (com o devido respeito) era uma santa quando na verdade ainda está por descobrir coisa alguma que a dita tenha feito, além de, supostamente, ter feito uma observação um pouco fora do particular com outra duas crianças...
A minha sina é permanecer na dúvida.
Nada mais verdadeiro que as palavras que aqui estão escritas. Parabéns!