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sexta-feira, dezembro 15, 2006

As editoras "escolares" II

Comments on "As editoras "escolares" II"

 

Anonymous Anónimo said ... (dezembro 18, 2006 3:36 da tarde) : 

Caro Sr. David Afonso

Li com bastante atenção o seu "post" e, enquanto representante da Porto Editora, gostaria de deixar aqui um breve comentário.
Não me debruço sobre as críticas que dirige ao funcionamento do Ministério da Educação nem tão pouco quanto à situação dos programas do ensino secundário - neste aspecto, apenas lhe digo que as editoras escolares da APEL (sem aspas), particularmente, a Porto Editora, alertaram inúmeras vezes as entidades competentes e a opinião pública para várias situações semelhantes, evitando-se assim que a situação fosse hoje ainda pior.
Antes, prefiro usar o "direito ao contraditório", que estou certo me concederá, para lhe dizer que: (i) há manuais bons, há manuais menos bons e há manuais maus. Quem os classifica são precisamente os professores, que com eles terão de trabalhar durante três a quatro anos. Essa avaliação e as opiniões subsequentes que nos chegam ajudam a nossa equipa editorial, constituída por quadros especializados nas respectivas áreas disciplinares, a decidir se renovam ou não os contratos de edição com os autores, com base também na sua própria apreciação. Ou seja, se há manuais maus, esteja certo que eles vão desaparecer do mercado; (ii) a edição do manual que refere não bloqueou “toda e qualquer hipótese de livre concorrência entre editoras”, e essa é uma afirmação sua que não tem sustentabilidade e parece-me, no mínimo, despropositada. Há várias editoras concorrentes que apresentam manuais assinados por autores de programas, e isso nunca nos impediu de encontrar equipas de autores tão ou mais competentes para apresentarmos os melhores manuais escolares; (iii) do “universo fechado e estagnado” a que se refere António Barreto e de que fez eco não faz parte a Porto Editora (nem as editoras escolares da APEL). Pelo contrário: a Porto Editora trabalha desde há muitos anos com inúmeras universidades e outras instituições do Ensino Superior, bem como com sociedades científicas, para a divulgação de trabalhos académicos e de investigação através da sua publicação em livro. Aliás, reconhecendo o contributo que tais entidades podem dar ao trabalho desenvolvido pelos nossos autores e consultores científicos e pedagógicos, temos vindo a celebrar com elas protocolos com vista à revisão e validação científica dos manuais escolares; (iv) não sei se alguma vez trabalhou numa editora escolar, se conhece alguém que o faça nem tão pouco qual o grau de conhecimento que tem sobre este sector. Mas estou certo que, se aceitasse o meu convite para vir conhecer o quotidiano da Porto Editora e a realidade desta empresa que se orgulha do trabalho que faz – embora não seja perfeito, como nada o é – não nos rotularia da forma deselegante como o fez.

Desculpe a extensão deste comentário (que deveria ser breve) e aceite os meus sinceros votos de Festas Felizes!

Paulo Gonçalves
Porto Editora

 

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