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sexta-feira, abril 06, 2007

A raíz do mal

Neste país, quando alguma coisa cheira mal é porque há pato-bravo metido ao barulho. O betão não é inodoro e borra as mãos de muito respeitável político. É por isso que não fico surpreendido quando leio que o caso da licenciatura socrática e da (In)dependente tem raízes na construção civil. Segundo o PÚBLICO:


«O principal professor de Sócrates na Independente esteve ligado à adjudicação de numerosos concursos públicos a um grupo empresarial, com origem na Covilhã, com o qual tinha relações profissionais. António Morais, que era director do Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações (GEPI) do Ministério da Administração Interna, fez diversos estudos, como consultor, para empreendimentos daquele grupo. E esteve envolvido na preparação de, pelo menos, um concurso ganho por ele na área dos resíduos sólidos».


E mais:


«Apostando também na construção civil através da empresa Conegil, o grupo ganhou numerosos concursos do GEPI para quartéis da GNR e da PSP, quatro dos quais estavam inacabados em 2002, quando a empresa faliu e António Morais se demitiu das suas funções: três dias depois da homologação ministerial (já com o PSD no Governo) dos resultados de uma auditoria que detectou numerosas irregularidades em concursos públicos do GEPI.No seu consulado no GEPI, porém, António Morais - que em 2005 José Sócrates e Alberto Costa vieram a nomear presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça - tinha estreitado os seus laços com a HLC. Entre 1997 e 2002 fez quatro estudos relativos a projectos de Horácio Luís Cardoso na área dos resíduos sólidos em Inglaterra e na Polónia».


A raíz do mal é a máfia do betão. A crise na construção é, por isso, o melhor que nos podia acontecer. Uma desintoxicação forçada da democracia.

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