Ségolène ainda pode ganhar?
As sondagens são sempre aquelas informações que apenas complicam a apreciação que o eleitorado faz das campanhas politicas e muitas vezes baralham os números mobilizando ou desmobilizando eleitores de irem votar. Estou a ser injusto. As sondagens são um instrumento como outro qualquer. Existe e pode ser utilizado. Mas convenhamos que informa mais os partidos que acertam estratégicas de acordo com as diferentes sondagens, do que o eleitorado em geral. Em França vai haver uma segunda volta. Isso ninguém questiona. O problema é decidir quem vai à segunda volta. Ségolène e Sarkozy? Ou Sarkozy e Bayrou? Partindo do principio que Ségolène e Bayrou já não conseguirão na recta final ultrapassar Sarkozy, pelo que nunca poderia existir a combinação Ségolène e Bayrou na segunda volta. Depois temos o velho e quase acabado Le Pen que quase de certeza passará, depois destas eleições, o testemunho da extrema-direita francesa, para a sua filha. No entanto os institutos de sondagens ainda não estão seguros quanto aos votos de Le Pen, que nas ultimas eleições surpreenderam e muito. Eles acham que os eleitores de Le Pen ainda não demonstram a sua intenção de voto a terceiros por vergonha. Segundo eles, nem todos estão disponíveis para dar a cara. No entanto seria interessante saber se existem diferenças significativas na votação de Le Pen em sondagem por entrevista telefónica e sondagem em urna fechada. Actualmente, a um dia de terminar a campanha, está tudo por decidir. O Le Fígaro publica uma sondagem dando 28,5% a Sarkozy, 25% a Ségolène, 19% a Bayrou e 14% a Le Pen. Todos os restantes candidatos têm intenções de voto menos expressivas. Ora estes valores reflectem uma segunda volta Sarkozy – Ségolène, mas deixam dados preocupantes. Apenas 54% dos franceses já decidiu em quem votar, e 23% conta decidir até domingo. No entanto imaginemos estes dados aplicados à segunda volta numa condição ceteris paribus. Se avançarem, como se prevê, Ségolène Royal e Nikolas Sarkozy, e se porventura os restantes candidatos distribuírem as suas intenções de voto na respectiva proporção de os 19% de Bayrou para Ségolène e os 14% de Le Pen para Sarkozy, então Ségolène Royal será a nova presidente da França com 44% dos votos. Fazendo a extrapolação para fora desta condição, ganhará as eleições quem conseguir disputar os votos que os candidatos mais pequenos obterem nesta primeira volta. Etiquetas: França, Política Internacional |
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