Respostas difícieis
«As manifestações recentes em Valença e Chaves por causa do fecho das urgências hospitares, vindas no seguimento do referendo sobre o aborto e numa conjuntura económica desfavorável, pode ser um sinal de uma alteração mais profunda no clima de opinião pública no país. As populações estão a interrogar-se como é possível que exista dinheiro no SNS para pagar abortos a quem deseja fazê-los, e não exista dinheiro para atender pessoas em situações de emergência. Não é fácil responder.» ○○○ As certezas do Pedro Arroja têm grande valor heurístico. Como erros a não repetir na arte de disparar postas de pescada. Pedro Arroja fala em nome das «populações», garantindo que as mesmas estão neste momento a interrogar-se como é possível que exista dinheiro no SNS para pagar abortos e não urgências. Talvez não fosse improfícuo lembrar-se ao Pedro Arroja que os tais abortos apenas serão possiveis porque as mesmas «populações» votaram «sim» no referendo. É com toda a certeza no futuro dinheiro gasto nos abortos que as «populações» estão despejar a culpa e a sua ira. Pois claro que sim, vê-se logo. Pedro Arroja consegue ainda colocar no mesmo prato da balança o incolocável: uma tentativa de racionalização de recursos [no escopo da maior eficiência e eficácia da resposta a ser dada pelas urgências do SNS - com o objectivo, afinal, de melhorar o desempenho do Estado, contribuindo para o seu emagrecimento], de um lado; e o dinheiro que virá a ser gasto em abortos, do outro. Será Pedro Arroja verdadeiro liberal, tal como aparentemente os restantes membros do blogue a que pertence? Não é fácil responder. Etiquetas: Citações, IVG, Política Nacional, Postas de pescada, Saúde |
Comments on "Respostas difícieis"
Pode ler a minha opinião na seguinte ligação:
http://www.haloscan.com/comments/blasfemia/6935230090040638699/
O texto do Pedro Arroja é pura demagogia! Desengane-se se pensa que de ontem para hoje as populações mudaram de opinião e são agora favoráveis ao Não à despenalização da IVG.
Como poder ler aqui, acho que o Governo está a cometer muitos erros nesta matéria do encerramento de serviços de saúde no interior.
Mas, ao contrário do que diz no texto, não se trata de deixar de atender "pessoas em situações de emergência" porque para essas a solução não está nos serviços que vão ser encerrados em Vila Pouca de Aguiar ou Chaves. Essas tinham que ser transferidas para outros hospitais de maior dimensão e assim continuará a suceder.
Olhe que não Pedro Morgado, eram atendidas 1º em Chaves e se o caso justifica-se iriam para Vila Real (que tem as mesmas condições ) e só depois para o Porto.
São Marcos por exemplo é igual, se não mais precario, que Chaves.
As pessoas da região só tem Chaves ou Montalegre, mesmo assim de algumas freguesias distam 100 km em estradas nacionais ou municipais do Hospital . Há poucas ambulancias e as que há pagam-se na hora a 0.345 € / Km.
Muitas das estradas são em terra batida ou paralelo.
Desta vez o governo não esta bem informado.
O Pedro tem ai boas ilustrações, já lhe enviei o numero de rotundas na Zona e o estado das estradas, faça uma pequena ideia.