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Temos vindo a assistir nos últimos dias a uma inflexão do assunto do aborto na Madeira, com a colaboração da nossa acrítica comunicação social, que não questiona, não analisa, nem expõe, deixando todo esse trabalho para os analistas políticos, conotados que estão com os mais variados partidos. A questão do aborto na Madeira passou subitamente a ser um problema de execução, e não foi nada disso que o Alberto João pôs em causa. Marques Mendes mente, na altura em que diz que a lei é que foi mal pensada e que o PSD-Madeira não põe em causa a legitimidade das leis da República. O que o PSD-Madeira e o seu presidente colocaram em causa, não foi a capacidade de darem resposta às interrupções voluntárias da gravidez que viessem a ocorrer no arquipélago. Como todos recordarão (a nossa memória curta, não pode ser assim tão curta) a objecção do governo regional era a própria constitucionalidade da lei e segundo o próprio Alberto João, a lei não seria aplicada antes de o Tribunal Constitucional se pronunciar.
Ora, numa altura em que se sabe que o pronunciamento do Constitucional não passava de um golpe de teatro de Alberto João, uma vez que nem o seu governo, nem o grupo parlamentar do PSD-Madeira pediram qualquer fiscalização da constitucionalidade, o assunto migra para o problema da execução da lei, com o aval de Marques Mendes.
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