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quarta-feira, abril 26, 2006

Green-Wash

1. Nos dias 24 e 25 de Março a FAPAS organizou as suas VIIª Jornadas de Conservação da Natureza em Ílhavo. Dada a localização do evento e a sua temática, sugeri que essa seria uma excelente oportunidade para questionar essa autarquia sobre o seu envolvimento e empenho militante no empreendimento imobiliário Marina da Barra que se pretende construir em plena Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro.

2. Consultei as conclusões dessas jornadas, entretanto disponibilizadas online, e deparei-me com isto:

«O desenvolvimento local a partir dos recursos patrimoniais e naturais em Ílhavo faz-se recorrendo a estratégias dedicadas, elaboradas pela autarquia e tendo a participação de outras entidades. Nos planos da autarquia está a preservação e protecção dos ecossistemas naturais, da paisagem, bem como a sustentabilidade do turismo. Foram apresentados casos concretos como trabalhos com escolas a limpar e a cuidar das dunas.»

3. As minhas expectativas não poderiam ter saído mais goradas. Não só não questionaram a autarquia, como também alinharam numa típica operação de «green wash». A autarquia tentou legitimar, com ajuda da FAPAS, um discurso que não tem correspondência com a realidade. A Câmara Municipal de Ílhavo não está, ao contrário do que se afirma, empenhada na protecção dos ecossistemas naturais, da paisagem e na sustentabilidade do turismo. Confronte-se o texto das conclusões com a acção real da autarquia (ex: Marina da Barra) e com o discurso do seu presidente, Ribau Esteves.

4. Valerá a pena aceitar o apoio de autarquias na organização deste tipo de eventos quando se tem de pagar um preço tão elevado? Na minha opinião é óbvio que não.

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