Dolo Eventual

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conformar-nos-emos com aquela realização.


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sábado, setembro 29, 2007

Expectativas

Paulo Querido no seu blog, sobre as expectativas do que fará Menezes e principalmente sobre como a blogosfera passará ser divertida...

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quinta-feira, setembro 27, 2007

Ainda Santana...

Já deixei aqui, ontem à noite, a minha opinião sobre este assunto e considero que Santana esteve bem porque os critérios editorais não justificam tudo e uma não noticia como a chegada de um treinador de futebol, que nem sequer pronunciou (naquele directo) qualquer palavra aos jornalistas da SIC, é totalmente injustificada.

O vídeo pode ser visto aqui.

O que é despropositado e inusitado são as declarações de Ricardo Costa, director da SIC noticias, que voltando a defender a ideia que há critérios editorais que quase sempre resultam na desresponsabilização dos canais, tenta justificar o comportamento de Santana com uma espécie de espalhafato espectacular tantas e tantas vezes associada a esta personagem.

Santana tem culpa que se lhe possa apontar uma certa espectacularidade nas acções, aliás aqui em baixo dizíamos precisamente que Santana gosta deste tipo de jogo e como está à vontade na retórica acaba por querer fazer virar a mesa a seu favor, mas se o director do canal defende a interrupção como eticamente irrepreensível, deve fazê-lo de acordo com os tais princípios ou critérios editorais que tudo abrangem e não aproveitar para ainda por cima acossar o convidado interrompido.

A SIC sempre teve esta tradição de ser dar mal com aqueles que não cumpre com os seus elevados desígnios, e isto só continua a ser assim porque os políticos consideram ser necessário ter exposição pública suficiente e muitas vezes se vergam aos interesses da comunicação social.

Ainda assim, não nos pode passar pela cabeça que a verdadeira noticia que era a crise no PSD e que passou a ser a entrevista do Santana, sirva agora para se poder fazer piadas sobre o dito, como aconteceu passado cerca de 20m na edição da meia-noite, em que o pivot teve a lata de dizer, e passo a citar: "Santana voltou a abandonar a meio algo que tinha iniciado..."

Isto não é para um canal que tem em tão boa conta a sua ética.

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quarta-feira, setembro 26, 2007

Um partido na lama

Menezes acabou por conseguir arrastar a candidatura de Marques Mendes para a lama. Afinal era a única forma que Menezes tinha para conseguir ganhar alguns votos através do já nosso conhecido processo de vitimização.
Estava ontem a ver a conferência de imprensa e não pude deixar de me recordar do saudoso Lopes e dos seus intricados processos de intenções sobre todos os outros, dos quais apenas ele emergia incólume, virgem do pecado da perfídia e maldade das pessoas que lhe queriam mal.
Menezes é um discípulo, tão populista como o PSL e tão irresponsável como ele.
Menezes nem sequer pretende ganhar. O que ele pretende é lixar a vida ao Mendes que aproveitou a noite eleitoral para quinar o mentor do Menezes.
O autarca de Gaia estava atrapalhado com uma previsível segunda derrota e deve ter pensado em desistir, mas precisava de uma desculpa. A candidatura de Mendes e os órgãos do PSD acabam de lhe arranjar uma boa desculpa. Agora pode desistir porque na realidade considera estas eleições injustas e fraudulentas, mas se optar por ficar vai poder passar os próximos dois anos a dizer que foi roubado.
Quem não teve paz até aqui e mesmo com estas directas não vai ter é Marques Mendes, que não consegue que o deixem arrumar a sua própria casa, quanto mais fazer oposição a um governo que ocupa e marca toda a agenda politica do país.

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terça-feira, setembro 25, 2007

Paula Rego em Madrid


Paula Rego, Pietá - 2002

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quinta-feira, setembro 20, 2007

Pántheion


Não percebo bem o que é o Panteão, para que serve e quem é que afinal já visitou o Panteão Nacional. Acho bem que se homenageiem os nossos mortos até porque o país é geralmente ingrato em relação aos seus que se destacam.
Mas tenho dificuldade em compreender os critérios que levam as urnas para o Panteão. Nada me move contra Aquilino Ribeiro, antes pelo contrário. Mas o escritor é alguém que a maioria dos portugueses se lembraria de homenagear? Creio que não. Lembrar-se-ão os portugueses de alguém que mereça tal homenagem? Talvez não, mas enfim… depende do momento em que é feita a pergunta…
Não é possível que a classe politica, responsável por estas trasladações, continue a cavar este fosso que existe entre dois tipos de Portugal.
Um Portugal letrado e intelectual, que normalmente se destaca individualmente. Cujo reconhecimento surge sempre primeiro no estrangeiro e só depois em Portugal, o que naturalmente decorre de estes se sentirem mais em casa nas grandes metrópoles europeias do que nesta terrinha suja. Aqueles para quem o resto do país olha com certo desdém em vida, porque nutre pela vida desses uma espécie de pequena inveja mesquinha.
E um Portugal da gente simples e trabalhadora, sossegada, com bons e sólidos costumes. Que precisa de orientação politica como quem precisa de pão. Sempre de mãozinha estendida e que não sabe quem é o Aquilino, nem tão pouco o Saramago para além das suas aparições televisivas (sim, este vai lá parar) e que apenas soube forçar a presença da Amália no Panteão.
Seja como for, com ou sem Aquilino, tendo este ou não participado no regicídio, o Panteão vai continuar a ser irrelevante para quase toda a gente, na qual eu me incluo.

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quarta-feira, setembro 19, 2007

Mais um exemplo de uma democracia musculada

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terça-feira, setembro 18, 2007

Polémica fora de tempo

Lá continuamos nós nas polémicas estéreis. Aquelas que enchem os noticiários durante três ou quatro dias, mas que à medida que surge outra qualquer polémica os protagonistas da anterior deixam de se fazer ouvir, porque isso já não lhes dá horas e horas de protagonismo televisivo.
A nossa justiça é o que sabemos. Terrível. Intricadamente burocrática, retrógrada e muitíssimo conservadora. E estas características não são exclusivamente imputáveis às leis que nos regem, mas principalmente aos agentes que protagonizam a nossa justiça.
A revisão do Código Penal e do Código de Processo Penal há muito que era necessária. Aliás, quase tudo na justiça carece de mudanças há muito adiadas.
Foi criada uma estrutura de missão para analisar o problema durante mais de um ano, encabeçada pelo actual Ministro da Administração Interna. Foram ouvidos centenas de argumentos dos mais diversos agentes da justiça, a estrutura de missão reuniu-se de especialistas nas mais variadas matérias e até se fez um pacto político para a justiça, sob a pressão de um novo Presidente da República.
Nada disso parece ter sido suficiente para as agentes da justiça. Tudo isso parece ter sido irrelevante em comparação com as habituais infindáveis discussões que tanto apreciamos, porque alguém mal intencionado estabeleceu um prazo para se passar à acção. Prazos, que é algo de que continuamos a fugir como quem foge da cruz.
Não estamos a ser justos com o novo Código de Processo Penal, e é dessa forma que o devemos observar.
É razoável que à justiça se permitam todos os prazos e todos os expedientes burocráticos quando em causa está a legitima liberdade dos cidadãos, ou até o direito ao seu bom nome? Não. A justiça tem de ser rápida e tem de ser pelo menos tão exigente consigo própria, como aparentemente pretende ser com os demais.
Este código não será perfeito. Mas é uma simples hipocrisia dizer-se que não há tempo para investigar de acordo com os novos prazos, quando nos prazos anteriores já havia uma sucessão de processos prescritos nos nossos tribunais.
O que importa é mudar o paradigma da investigação em Portugal. De uma vez por todas temos de acabar com a classificação de arguido a torto e a direito e com a aplicação da prisão preventiva, para depois se fazer uma investigação.
Em Portugal insistimos em fazer as coisas ao contrário. Só se investiga mediante denúncias e a primeira coisa que se opta por fazer é constituir os “acusados” de arguidos e perguntar-lhes se são malfeitores, na expectativa que a confissão acabe por legitimar ou levar à prova. O que no caso da confissão não se verificar, acaba por comprometer toda a investigação.
Este é ainda um estado de direito. E pensem o que entenderem os agentes da justiça, eu não posso compreender que alguém considere legítimo que um novo código ainda estabeleça a possibilidade de 2 anos de prisão preventiva sem que exista uma acusação formal.
Onde é que duirante todo o tempo em que se esteve a discutir este assunto, andaram os agentes da justiça? Será que andaram a comentar casos mediáticos na televisão? Talvez, sempre rende mais uns trocos. E como podemos esperar que se mude alguma coisa no sistema de justiça deste país, e já agora em qualquer outro sistema, se nem o poder político unido através de um pacto consegue forçar uma alteração que é meramente administrativa?

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quarta-feira, setembro 12, 2007

Que saudades...

Aí que saudades... nada melhor que um acontecimento fresquinho para regresso de férias, que na realidade apenas terminam na segunda.
Digam lá que já não estavam cheios de saudades de uma boa cena de pugilato no nosso futebol sénior? Isto, porque em abono da verdade nunca sentimos essa falta nos mais novos, uma vez que esses sempre nos demonstraram terem sangue na guelra, nas derrotas, mas também nas vitórias.
Já é um clássico. Nada que objectivamente não estejamos à espera sempre que Portugal acaba por perder (ou neste caso, empatar), em circunstâncias dramáticas. Mas na realidade é o sal e a pimenta das selecções nacionais.
Os portugueses é que já começavam a pensar que isto era favas contadas e por mais europeus e mundiais que houvesse, íamos estar lá sempre caídos. Grande erro. Mas enfim, valha-nos o contentamento que Portugal caminha a passos largos para ter um início de Verão de 2008, perfeitamente banal...

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