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terça-feira, fevereiro 28, 2006
Pavlov Tinha Razão
Sempre que ouço o som de um aspirador sou invadido por sensações de calor e aconchego. Mesmo que esteja a tremer de frio. |
Vantagens Da América
Por estes dias ando completamente alienado da realidade. Mergulhei nas salas do Rivoli e consumo doses maciças de cinema, é o Fantasporto. Ontem, por exemplo, fui ver o documentário do catalão Carlos Benpar – Cineastas & Magnatas – sobre a questão dos direitos morais dos realizadores de cinema e a manipulação dos filmes (dobragem, coloração, amputações, projecção em formato errado, cortes para Pub. e outras aberrações). Mais uma vez aprendi que o mundo está dividido em duas partes no que toca a estas matérias: se algum realizador americano sentir que, algures na Europa, alguém adulterou a sua criação pode, e ainda bem, activar os mecanismos legais para pôr cobro ao abuso; no entanto, se um realizador europeu tiver o azar de ver a sua obra igualmente adulterada, mas desta feita nos EUA, então nada mais pode fazer do que barafustar sem conseguir extrair daí as devidas consequências. Porquê? Porque os EUA não ratificaram os tratados internacionais nesta matéria! |
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
Aniversário Na Blogosfera
Parabéns a um dos melhores blogues nacionais - O Insurgente - pelo seu primeiro ano de vida. |
Choque De Civilizações
De acordo com um estudo científico dirigido pelo professor Paul Mellars, os modernos humanos levaram os Neandertais europeus à extinção milhares de anos antes do previsto. [link] E ainda se pensa que o choque de civilizações está por chegar. |
Um Insulto Aos Portugueses
José Sá Fernandes está a fazer um péssimo serviço ao país. O vereador da CML abriu um precedente que em nada dignifica o exercício de cargos públicos. Anos e anos de combate sério e honesto - um verdadeiro exemplo para as gerações vindouras - de nomes como Avelino Ferreira Torres, Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro que, com sua a abnegação, altruísmo incorruptível e espírito de missão tantos frutos tem oferecido à nação, jogados janela fora. Se alguma esperança havia ao fundo do túnel para o país com o trabalho destes Senhores com letra maiúscula, José Sá Fernandes, com o seu ignominioso modus operandi, tratou de a matar. Peço-lhe que páre em nome de todos os portugueses enquanto é tempo, Sr. Vereador. |
domingo, fevereiro 26, 2006
Conversas Banais
«Está frio.» «O frio é psicológico. Esses tipos que morrem de hipotermia são pessoas com problemas de concentração.» «Ah.» |
Levi Malho
![]() |
O Presidente Do Governo Carnaval Da Madeira
Alberto João Jardim, pelo segundo ano consecutivo, faltou ao cortejo de Carnaval. Alegou que não pretende ser uma «atracção turística». Não faz mal, nós não ficamos tristes. Não é atracção turística quando desfila, mas é atracção turística quando fala. |
sábado, fevereiro 25, 2006
A Inevitabilidade
Por ocasião do Carnaval, estão a ser distribuídos gratuitamente 1,8 milhões de preservativos em S. Salvador, no Brasil. A igreja católica brasileira veio opor-se à distribuição, alegando que a promoção do uso do preservativo estimula os jovens a manter relações sexuais e elimina nas pessoas o receio de contágio de doenças graves. [link] 1] Estimular os jovens a manter relações sexuais saudáveis é a atitude correcta. 2] As relações sexuais entre jovens são inevitáveis. 3] O receio de contágio de doenças graves que as pessoas possam sentir não é um substituto do preservativo. 4] As relações sexuais entre jovens são inevitáveis. 5] Dois jovens que mantenham relações sexuais sem preservativo e com receio de contágio serão contaminados caso um deles seja portador de uma doença sexualmente transmissível. O receio de contágio não vale de nada. 6] O desejo de manter relações sexuais - ainda por cima no Carnaval do Brasil - é, as mais das vezes, maior do que o receio de contaminação. 7] As relações sexuais entre jovens são inevitáveis. 8] A igreja católica está cada vez mais distante da realidade. |
Regionalização: Eppur Si Muove*
Perez Touriño, presidente da Xunta da Galicia, e Carlos Lage, presidente da CCDRN, admitiram que o financiamento da linha de alta velocidade Porto-Vigo pode vir a ser garantido pelo orçamento das duas regiões ibéricas. Mesmo que não fosse a única solução, seria sempre a melhor solução. Se tal vir a acontecer, a Região Norte relançará o dossier da Regionalização. Desta vez sem o chapéu na mão e não a partir de Lisboa. Entretanto, hoje, no JN, o Governo afirma-se disposto a avançar com a ligação Porto-Vigo através de um sistema Alfa Pendular, em vez do TGV. Esta solução também me parece ser preferível. O senão: apenas estará pronta em 2015... |
Dança Do Conservatório*
1. Anexar os Conservatórios de Música ao ensino secundário é uma medida que custa perceber. Se o sistema está a funcionar bem, porquê mudar? Não sou especialista, mas pelo que escutei na Antena 2, a medida tem qualquer coisa de excêntrico. Não faltou, inclusive, quem apontasse, no caso de Lisboa, a possível cedência a interesses imobiliários. 2. A DREN num dia anuncia que vamos ter no Porto um edifício novo, construido de raíz em terrenos anexos à Escola Secundária Rodrigues de Freitas para albergar o Conservatório. Parecia ser uma solução satisfatória porque nem ficaria situado longe da Casa da Música, nem implicaria o encerramento da Escola Secundária Carolina Michaelis. Entretanto, noutro dia, a Ministra da Educação dá o dito pelo não dito e afirma que a questão ainda está a ser estudada. O que é certo aqui é que o Ministério parece não saber o que quer. As decisões contraditórias fazem-nos pensar no pior. Para já, vai dizendo a Ministra que preferia uma solução provisória para ser implantada já no próximo ano lectivo. Mais uma solução «provisória» como tantas outras que se arrastam por gerações? 3. Nada disto seria um problema se se tivesse idealizado a Casa da Música como um complexo dedicado à música que incluisse a resolução do problema do Conservatório. Na altura, achou-se por bem avançar para uma obra sumptuosa, uma obra de regime, descurando os verdadeiros problemas. Uma decisão «desnorteada» (bem... dada a incapacidade genética que nós por cá temos manifestado no que toca a decisões sensatas, talves seja melhor dizer «norteada»...) que foi agravada pela traição da autarquia ao ceder os terrenos prometidos ao Conservatório à Adicais. A Casa da Música agora vai ter a companhia de um banco e não de uma escola de música. O próprio programa do Concurso de concepção da Casa da Música deveria ter previsto instalações para este fim e não se ter limitado a dois auditórios, ou seja, menos aparato cénico e mais funcionalidade. Koolhaas estaria em maus lençóis... |
sexta-feira, fevereiro 24, 2006
Meu Deus!
Não sou muito de ouvir rádio, mas há pouco vinha no carro a fazer zapping. Fui parar, se a memória não me falha, à Rádio Renascença. Não durou dois segundos a minha estada por lá: pessoas que pareciam estar à beira da morte vociferavam rezas numa voz de súplica arrepiante. Credo. Se eu fosse católico benzia-me. |
Indignação Selectiva
A Associação Não Te Prives – Grupo de Defesa dos Direitos Sexuais manifestou a sua indignação «face à notícia de que um travesti havia sido assassinado». Na morte a orientação sexual é irrelevante. Os menores que apredejaram este homem até à morte, fizeram-no apenas porque era a parte mais fraca: marginalizado e gravemente doente. Não podia defender-se. Não é a primeira vez que isto acontece. Por coincidência, era um travesti. A indignação selectiva da dita associação fez de mim, por breves momentos um homofóbico. Agora recomposto, pergunto aos (ir)responsáveis da Não Te Prives se esta selectividade não será ela própria uma forma enviesada de homofobia. Morreu um Homem. Tudo o resto é oportunismo. Haja vergonha! |
O Lapso
No Correio da Manhã: [link] «O sistema de avaliação e classificação foi alargado a mais funcionários públicos. De fora ficam os órgãos de soberania, por não integrarem a administração pública, e o pessoal ao serviço dos gabinetes ministeriais, por serem ‘agentes políticos’.» Depois, prossegue o mesmo jornal: «Médicos, enfermeiros, juízes e professores vão passar a ser avaliados e classificados, no âmbito da revisão do Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública (SIADAP)». Artigo 110º da CRP «1. São órgãos de soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.» Artigo 202º da CRP: «Os tribunais são os órgãos de soberania com competência para administrar a justiça em nome de povo.» Estou seguro de que terá sido um lapso. |
quinta-feira, fevereiro 23, 2006
A Máquina De Café
Este País Está De Rastos
«Reconheço que, às vezes, ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários», disse o deputado Ricardo Almeida, após ter sido apanhado a conduzir a 200 quilómetros por hora. Sinceramente. Isto é manifesta prova do país atrasado em que vivemos. Por que será que o Estado não investe em modernos aviões a jacto para dispensar aos nossos ilustres deputados? Serão eles obrigados a passar pela humilhação de ter de andar de carro a 200 quilómetros por hora (ainda por cima infringindo a lei, o que contraria todos os seus princípios) para que possam chegar em condignas horas ao local de trabalho? |
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Os Vagões
O deputado estadual Jorge Picciani propôs vagões exclusivos para mulheres nos comboios e metros do Rio de Janeiro para evitar o assédio. [link] Mas eu recomendo também ao Sr. Picciani que não se esqueça dos outros cidadãos: os que reclamam um vagão exclusivo de não-suados para serem protegidos dos suados, um vagão só para crianças para serem protegidos dos pedófilos, um vagão só para magros para serem protegidos dos gordos, um vagão para pessoas de direita para evitarem ser contaminados pelos «esquerdalhos», os que reclamam um vagão só para nudistas. Não lhe ficava nada mal atender também a estes legítimos e profundos anseios da população. Agora só para mulheres é nitidamente gozar com a cara das outras pessoas. «Para onde vais?» «Vou para o vagão de latinos, de adultos não-suados, magros vestidos e esquerdalhos. Vagão número... deixa cá ver o bilhete... 67-A/1. E tu?» «Ah, eu vou entrar no de caucasianos adultos suados, vestidos e gordos de centro-direita.» «Vagão?» «144.3-Z/9.» «Então despacha-te que esse fica a 750 metros daqui.» |
Uma Sugestão: Newseum
![]() «The First Amendment — a covenant between the government and the people — assures that no law will suppress the people's right to a free press, to speak freely, to worship, to assemble in public or to petition the government for redress of grievances.» Vale sempre a pena visitar. Principalmente pela serviço de acesso às primeiras páginas dos jornais de toda a América e resto do mundo. Em poucos segundos, uma volta ao mundo. Sugestão: procure a primeira página dos jornais londrinos. Alguma surpresa? |
Prevenção
O Portugal Diário ensina a distinguir a GNR dos assaltantes. Não é difícil: os assaltantes não bebem em serviço. |
terça-feira, fevereiro 21, 2006
Não Beberás
Rui Rio parece estar a piscar o olho ao cargo de Ministro da Promoção da Virtude e Extermínio do Vício, o qual deve ter idealizado para o próximo Governo PSD-PP-PPM-ND. Agora, sob a sua forte liderança, os funcionários municipais vão ter de soprar no balão. Se estiverem com uma taxa de alcoolemia superior ao limite estabelecido, haverá processo disciplinar. [link] Aos poucos, Rio vai resolvendo os problemas da cidade. |
Colecção Berardo No Porto?*
![]() Ora, parece-me que Área Metropolitana do Porto está a deixar escapar uma grande oportunidade. Já imaginaram o que seria ter cá essa colecção? O peso que o Porto ganharia a nível mundial no panorama da arte contemporânea? Se juntássemos a Serralves, uma das já mais prestigiadas instituições museológicas da especialidade, esta magnifíca colecção, nenhum amante de arte poderia prescindir de nos visitar. Creio que na Península, nenhuma outra cidade nos poderia fazer sombra. Falei em área metropolitana porque um projecto desta dimensão parece-me ambicioso demais para ser levado a cabo apenas pelo Porto, por um lado, e, por outro, todos os municípios agregados beneficiariam com a dinâmica entretanto gerada. Poderiamos ter então um Museu Metropolitano de Arte Contemporânea, o qual poderia até ficar localizado em qualquer outro concelho que não o próprio Porto, como por exemplo em Gaia ou Matosinhos. No entanto, a localização excelente seria na Alfândega: em primeiro lugar, porque poderiamos dar um destino digno a um edifício que tem sido subaproveitado; em segundo lugar, a Alfândega tem área mais do que suficiente para receber toda a colecção; em terceiro lugar, porque a sua reconversão não seria muito honorosa; em quarto lugar, porque relançaríamos, em definitivo, a reabilitação da Baixa e do Centro Histórico; em quinto lugar, porque o Museu Metropolitano poderia estabelecer uma simbiose muito interessante com outro projecto pendente para aquela zona, a Marina da Alfândega. Haja vontade e visão por parte dos nossos autarcas e dos nossos empresários e podemos resolver já o problema do Comendador Joe Berardo. PS: Também seria uma boa ocasião para Rui Rio embaraçar mortalmente a ministra da cultura. Para o fim que proponho, captar a Colecção Berardo, até as más motivações podem ser boas motivações. |
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
O Homem Não Foi À Lua
São os seguintes os países que punem a negação do Holocausto: Austria, Bélgica, República Checa, França, Alemanha, Israel, Lituânia, Polónia, Roménia, Eslováquia, Suíça. Tão ridículo quanto a punição da representação de Maomé. Mesmo palermices como esta devem fazer parte da liberdade de expressão. Tenho uma vizinha que jura que o Homem nunca foi à Lua. Para ela, tudo não passou de uma mentira propagandística dos Estados Unidos para se superiorizar à União Soviética durante a Guerra Fria. Só faltava quererem prendê-la também. |
Ordem Da Liberdade
Jorge Sampaio, como Grão-Mestre das Ordens Honoríficas, tem aqui uma excelente oportunidade para proceder a mais uma condecoração (sugiro a Ordem da Liberdade), desta feita a Bin Laden, tão preocupado que ele está com os direitos humanos. |
É Oca A Estátua Da Liberdade
![]() Esta pena ignominiosa é manifestamente desproporcionada. O tipo merecia era a cadeira eléctrica. Uma coisa destas não se faz. |
domingo, fevereiro 19, 2006
As Praças Do Porto
Foi com algum prazer que, no sábado passado, fui passear junto à Casa da Música e reparei que as bolhas projectadas pelo arq. Rem Koolhaas estão a ser um sucesso para os apreciadores do skate e dos patins. Lá vi pessoas de todas as idades, que se apropriaram do espaço público da melhor maneira possível: ora a andar de patins, ora a apanhar sol, a ler um livro, e a andar de skate, etc. Por acaso, reparei através de um artigo sobre este assunto, que o jornalista do Público também foi passear para a Boavista... É verdade que muitos criticam a plataforma de pedra criada à volta da Casa da Música, da plataforma em frente ao Museu de Fotografia, da praça criada no Largo Duque da Ribeira,(esta poucos criticam porque também poucos a conhecem), mas eu mesma já resmunguei contra o projecto... O facto é que o Porto precisa de espaços públicos de qualidade para que as pessoas andem nas cidades e não façam desta apenas o seu percurso casa-trabalho-casa. Mas estes espaços vazios, ou não lugar como quiserem chamar possibilitam esta flexibilidade de funções em que as pessoas de diversas personalidades se cruzam e se conhecem. São espaços importantes mas têm que ser bem desenhados e executados. Lembro-me na altura do Euro como foi engraçado ver as pessoas todas sentadas no jardim da Cordoaria e em frente do Museu de Fotografia para ver Portugal a jogar!!! É claro que não gosto do desenho da praça, mas esta mesma praça também serve de campo de futebol para os mais novos que residem no centro histórico. Também não consigo perceber como foi possível a Cordoaria ficar sem as mesas para os senhores jogarem a suequinha, um hábito tão antigo e que foi esquecido. O problema está que estas praças podiam ser estudadas de maneira a que fossem mesmo um campo de futebol, um parque de skate, não sei qual é o problema de em pleno centro do Porto encontrarmos um campo de futebol com as devidas condições para que os mais novos tenham onde brincar sem estragar o espaço público. Não me lembro de nenhum parque no centro do Porto com areia e escorregas para as crianças. Outra praça que serve de campo de futebol é o Largo Duque da Ribeira, onde passo todos os dias e posso ver as meninas a saltar a corda e a lutar pelo seu espaço enquanto que os meninos querem jogar futebol... Enquanto isso temos problemas porque mesmo ao lado existem vãos de janelas que já se partiram um sem número de vezes,... mas a culpa não é das crianças... é uma questão de planeamento. |
João César Monteiro X Irmã Lúcia
Em jeito de compensação a RTP deu-nos ontem à noite A Bacia de John Wayne, do mais sulfuroso realizador português de sempre: João César Monteiro. No meu mundo perfeito, em vez do directo Vamos enterrar bem longe daqui a irmã Lúcia, um verdadeiro serviço público seria a transmissão integral das obras de João César Monteiro. Neste momento devem estar os dois algures na alegre cavaqueira. |
Confirma-se
Paulo Portas ainda não irrompeu de fato azul escuro e gravata preta pelas multidões para orar pela última vez junto ao caixão da irmã Lúcia. |
sábado, fevereiro 18, 2006
Pedido Público De Desculpas
![]() Pois é, David. Vais-me desculpar, mas já não vai dar para amanhã assistir contigo às 9 horas e meia de transmissão televisiva da transladação do corpo da irmã Lúcia. Com muita pena minha. É uma grande produção da nossa RTP. Mesmo com o tabaco, a cerveja e a empalhada. A verdade é que eu fui convidado pela menina da foto ao lado para assistir com ela à transladação de não-sei-o-quê na casa dela. Não consegui perceber bem. Ela diz que lá me explica melhor. |
As Libertinas
![]() «[...] se é certo que se trata de crimes repugnantes que não têm qualquer justificação, a verdade é que, no caso concreto, as duas ofendidas muito contribuíram para a sua realização. Na verdade, não podemos esquecer que as duas ofendidas, raparigas novas, mas mulheres feitas, não hesitaram em vir para a estrada pedir boleia a quem passava, em plena coutada do chamado «macho ibérico». É impossível que não tenham previsto o risco que corriam; pois aqui, tal como no seu país natal [eram estrangeiras, as meninas], a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la. Assim, ao meterem-se as duas num automóvel justamente com dois rapazes, fizeram-no, a nosso ver, conscientes do perigo que corriam, até mesmo por estarem numa zona de turismo de fama internacional, onde abundam as turistas estrangeiras habitualmente com comportamento sexual muito mais liberal e descontraído do que a maioria das nativas. De resto, as duas ofendidas deviam já ser raparigas de comportamento sexual experiente e desinibido, pois vem provado que a S., perante a perspectiva de ser violada, optou por escolher um dos arguidos para o fazer e logo lhe «passou o braço por cima dos ombros». Por sua vez, a U. rapidamente deixou de oferecer resistência à violação e, no fim, até elogiou a forma e o ardor viril com que o seu violador tinha com ela copulado.» [negrito e itálico meus] E só faltou prenderem as meninas. |
A Baixa Morreu. Viva A Baixa!*
Ruas há que gostamos e nem sabemos lá muito bem porquê. Não são monumentais, não são limpas, não mora lá ninguém que nos seja querido. Gostamos e pronto. A Rua Mártires da Liberdade é uma dessas minhas ruas. Recomendo um passeio por lá e pelos seus arredores para verem o que lá se passa. É um escândalo! Há quem se atreva a estar vivo numa cidade moribunda! 1ª Etapa: vão ao 100+ (Sem Mais Nem Menos): misto de bar, livraria, galeria e afins. Serve vinho a copo (até que enfim!), livros e cds em primeira e segunda mão, sessões de cinema espanhol e poesia. ![]() 2ª Etapa: passem pela Livraria Académica, nunca é tarde para contrair o mal da bibliofilia. Em alternativa, podem voltar um pouco atrás e visitar a Livraria Nuno Canavez. Ninguém no seu perfeito juízo sai destes alfarrabistas de mãos a abanar. ![]() 3ª Etapa: seguindo a linha do prazer vão à novíssima mercearia fina Frutos da Terra já na esquina da Travessa de Cedofeita com a Rua das Oliveiras. Todas aquelas iguarias que nos fazem acreditar na perfeição do universo estão lá: azeite, vinagre, vinho, enchidos, compotas e por aí fora. Vale mesmo a pena. ![]() 4ª Etapa: continue na linha do prazer e vá a Casa Margaridense, na Travessa de Cedofeita, comprar um pote de marmelada caseira e um pão-de-ló que, como é sabido, são a melhor companhia que se pode ter em casa por estes dias de inverno. 5ª Etapa: já que estamos numa maré de compras vamos dar um saltinho à Collectus para dar uma satisfaçãozinha ao demónio do coleccionismo. Se mesmo assim, a pulsão coleccionadora não estiver saciada, sempre temos mesmo ali, na Rua das Oliveiras, um especialista em BD dos tempos que já não voltam. Se se trata de um caso sério de possessão coleccionista, então o melhor é ir mais abaixo, às galerias Lumiére (onde jazem defuntas duas belas salas de cinema transformadas em parque privativo), aí há de tudo: postais, brinquedos, selos, calendários e etc. Com sorte ainda se apanhará a Feira de Velharias e Antiguidades que vai acontecendo todos os meses. 6ª Etapa: seria imperdoável não visitar a Poetria, a tal, a única livraria do país especializada em poesia e teatro. Aquele livro que julgava fora de mercado está lá, à espera. ![]() 7ª Etapa: se ficarmos para jantar temos na Mártires da Liberdade o Gira-Pratos para quem quer escapar à fatalidade dos rojões ou do bacalhau. Cozinha urbana acompanhada de excelente música. 8ª Etapa: vamos ver uma peça ao Teatro Carlos Alberto e depois, se ainda houver energia, que tal tomar um copo ao Café Lusitano (Rua José Falcão), no Pipa Velha (Rua das Oliveiras) ou, para acabar como começámos, no 100+ (Sem Mais Nem Menos)? A Baixa morreu. Viva a Baixa! |
Da Transladação Enquanto Género Televisivo
Pedro, deixa a cerveja comigo e trata tu da empalhada. Vai ser uma maratona de TV neste Domingo! Afinal de contas não é todos os dias que se enterra a irmã Lúcia. Podiam era fazer uma tournée nacional. Já estou a ver o Eládio Climaco: «Bom dia caros telespectadores, estamos em directo a transmitir a XVIIª Transladação da irmã Lúcia, agora na bela cidade de Aveiro, a Veneza de Portugal...» |
Só Para Fumadores
Eu já estou preparado para a transmissão de 9 horas e meia da transladação do cadáver daquela simpática senhora. Para quem precisar de mais tabaco é favor visitar Igor Sergeev e a sua infinita colecção de maços de tabaco de todo o mundo. Todo mesmo. |
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Ah, Bom...
Dar Ideias À Malta
Segundo as estimativas da PSP, duzentas e cinquenta mil pessoas estarão no próximo domingo em Fátima para assistir à transladação do corpo da irmã Lúcia. Duzentas e cinquenta mil! Espero que, no meio da multidão, alguém não se lembre de gritar «Fujam! Bomba!». |
quinta-feira, fevereiro 16, 2006
Cobertura De Interesse Público
No próximo dia 19 de Fevereiro, a RTP vai fazer a cobertura total da transladação do corpo da irmã Lúcia, que será sepultada no santuário de Fátima. A tortura terá início às 8h30m, acabando às 18 horas. Haverá vários comentadores ao longo das 9 horas e meia de emissão. [link] E é esta a televisão paga por todos nós. Só falta instalarem no caixão uma câmara que permita ao telespectador assistir aos diversos estádios da putrefacção do corpo. |
Aveiro, Finais Do Séc. XIX, Início Do Séc. XX
A não perder este conjunto de fotografias antigas de Aveiro no Código da Vivência. |
Momento Light
Lá estou eu a ser mauzinho outra vez. Quando se intenta uma acção em tribunal, deve-se concluir pelo pedido. E assim o fez um colega numa acção que me veio parar às mãos: Termos em que deve a presente acção ser julgada procedente por provada e, em consequência: a) condenar-se os RR a manterem aberto o rego que deita directamente para o seu prédio de modo a permitir o escoamento das águas pluviais que decorrem do prédio dos AA; b) condenar-se os RR a abrirem e a colocarem o rego no estado em que se encontrava antes de o taparem; (...) |
quarta-feira, fevereiro 15, 2006
Ter A Mania
Provavelmente inspirado n'«a melhor anedota de louras de sempre», surge por aí um questionário. O Dolo Eventual foi instado a responder pelo José Raposo e pelo Tiago Alves. Farei as honras da casa. «Cada bloguista participante tem de enumerar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Além disso, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue.» Penso que o interesse marginal deste questionário é decrescente. À medida que mais um bloguista responde, o interesse desce. Porque o tempo passa. E o tempo é um ladrão de entusiasmos. As minhas manias: 1. Antes de dormir, religiosamente, alinho os chinelos. Se me perguntarem porquê, nem eu saberei responder. 2. Quando viajo de comboio, escolho sempre as carruagens de trás. Talvez tente com isso aumentar as minhas hipóteses de sobreviver a um acidente - perseverare in se esse. 3. Depois de vários casos em que pessoas foram hospitalizadas porque ingeriram água que continha ácido, provo primeiro um gole minúsculo. Só depois arrisco beber em segurança. 4. Corrigir o português das pessoas. O que já fez nascer várias antipatias em relação à minha pessoa. 5. Sublinhar. Sublinho todos os livros que leio. Pelo regulamento, terei de convidar cinco bloguistas. Muito bem. Um vez que não pretendo alimentar ainda mais este questionário - como disse, o seu interesse já foi maior [se é que o houve], e tende a diminuir -, vou convidar cinco bloguistas que obviamente não vão responder. São eles: Pacheco Pereira [Abrupto]; Vasco Pulido Valente [O Espectro]; Joana Amaral Dias [Bicho Carpinteiro]; João Miranda [Blasfémias]; Rodrigo Moita de Deus [O Acidental]. E pronto. |
Não Gosto De Ser Mauzinho Nestas Coisas, Mas...
o nome do jornalista do 24 Horas, Jorge Van Krieken, é susceptível de ser alvo de gracinhas maliciosas. |
Apontamentos da Baixa*
![]() 1º) A propósito do quimérico inquérito diz: «Escolhíamos como público alvo jovens da mesma faixa etária dos inquiridos. Dávamos uma ideia maravilhosa da cidade e até os mais maduros acreditavam em nós.» Mas não! Longe de mim propor uma manobra de propaganda deste calibre! Tomo a liberdade de recorrer a uma imagem da Medicina: A cidade do Porto é um organismo urbano doente (em estado de coma dizem os péssimistas e fadistas do costume). Os sintomas são claros: tecido urbano morto, circulação vascular rodoviária entupida, incapacidade de reagir aos estímulos externos e internos, focos de infecção social (por todo o lado, minha senhora, por todo o lado) e, para piorar as coisas, viciada no novo ópio do povo, o futebol. A coisa está tão má que o electroencefalourbanograma já só regista actividade residual (um brilhozinho no fundo do túnel de Ceuta, dizem uns) e que os espasmos populistas não são afinal, como de resto seria de esperar, resultado de actividade consciente do Sistema Nervosinho Central (leia-se CMP). No entanto, descobriu-se a existência de micro-organismos multi-resistentes que têm a inesperada capacidade de regenerar o tecido urbano moribundo. Jovens e quase jovens (como sabe, o conceito de jovem foi pulverizado, de modo a que um quarentão pode hoje em dia afirmar-se com toda a impunidade jovem :) têm estado bastante activos pela Baixa. Uns residem, outros têm gabinetes (existem centenas, senão milhares, de escritórios à espera de quem os ocupe), outros exploram pequenos/grandes negócios. Exemplos? Maus Hábitos, Artes em Partes, Contagiarte, 100+, Gira-Pratos e muitos outros (um dia destes ainda prometo um roteiro da Baixa com futuro). Há que estudar o fenómeno a ver se aí se encontra um antídoto para esta morte anunciada ou não. Era mais ou menos isto que queria dizer a propósito do inquérito à nova fauna urbana. 2.º) Concordo, sem qualquer tipo de reserva, com a necessidade de melhorar a iluminação pública, de renovar as condutas e esgotos, de aperfeiçoar a limpeza urbana (de lixos, entenda-se) e com tudo o resto (com excepção do licenciamento de mais garagens, mas isso é outra questão). E como poderia eu não concordar? Não devem ser essas as preocupações de gestão corrente de qualquer município? Mas para além disto, é urgente pensar estrategicamente a cidade no contexto nacional/ibérico e europeu. É necessário estabelecer objectivos e agir de acordo com os mesmos. Acontece que já investimos muito num determinado trajecto com a Porto2001, Serralves e a Casa da Música. A cultura foi até ao advento de Rui Rio, considerado um sector estratégico. Na minha opinião, este era um bom caminho. Barcelona, Londres, Berlim, Bilbau e outras cidades europeias, demonstraram o poder regenerador que a cultura pode ter sobre os centros urbanos decadentes. Devemos quanto antes retomar este caminho que deixámos a meio, até porque o mais difícil já está feito. Aliás, corrijo: o mais dispendioso já está feito. Agora é só unir as pontas. [mais uma foto gentilmente roubada ao Carlos Romão do Cidade Surpreendente] |
terça-feira, fevereiro 14, 2006
As Contas
O embaixador do Irão em Lisboa, após elogiar a atitude de Freitas do Amaral face à crise das caricaturas - o que não é nada de estranhar as dadas as declarações leucémicas do MNE sobre o caso - afirmou que esteve em Auchwitz e fez «as contas». «Para incinerar seis milhões de pessoas seriam precisos 15 anos, por isso há muito que explicar e contar». [link] Sr. embaixador: como chegou a esse valor? Poderá partilhar as suas contas connosco? |
O Verdadeiro Artista I
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Apontamentos da Baixa*
![]() «Inquiriam-se os portuenses sobre os motivos pelos quais não se passeiam na Baixa do Porto à noite, como faziam na década de 80/90». Cristina, acha mesmo que vale a pena? É que o motivo é bem óbvio: se os portuenses já não se passeiam pela baixa como nos bons velhos tempos é porque... já não há portuenses na Baixa! O fenómeno do sentimento de insegurança resulta da desertificação urbana e não o inverso. Alinhando numa de inquéritos, parece-me que seria muito mais interessante averiguar a motivação daqueles que, apesar de tudo, escolhem a Baixa para viver e trabalhar. É que os transeuntes das ruas da minha cidade, não são apenas elementos da fauna deliquente. Repare bem: há muita gente que tem vindo a se instalar por aqui, atraída por algo que compensa todas as restantes contraiedades. Gente jovem, activa, com ideias. Gente que, em muitos casos, não tinha qualquer relação anterior com o Porto. É a gente que dá o corpo ao manifesto e que faz coisas interessantíssimas. A estes é que valeria a pena perguntar o que pensam da Baixa. De certo que é desse lado que encontramos as soluções para o futuro. Ainda a insegurança: quem olha com olhos de ver para esta cidade, facilmente perceberá que o último dos nossos problemas são os arrumadores. Anunciar como prioridade do município a sua erradicação não passa de uma extravagância eleitoral. A energia e os meios dispendidos no Projecto Porto Feliz seriam muito melhor empregues na intervenção directa sobre os focos de deliquência juvenil. Em muitas cidades europeias, este problema foi assumido como prioritário por um motivo muito simples: é muito mais racional recuperar activos do que prender criminosos. Para estes casos não precisamos de mais polícia, apenas de mais política. 2. Apesar de considerar que o valor destas coisas é quase irrelevante, fiquei surpreendido com o facto de a Loja Ponto Já (espécie de loja do cidadão para jovens...) se tenha instalado recentemente na... Boavista! Não seria mais coerente instalar este serviço na Baixa? Não é isso que a Câmara e a SRU Têm vindo a pedir aos privados? Os serviços públicos não deveriam dar o exemplo? O combate à exclusão social e à desertificação urbana devia também começar por aqui.... 3. Manuel Correia Fernandes alertou para um senão muito importante da instalação do Conservatório de Música do Porto dentro do recinto do Rodrigues de Freitas: o da preservação do património. Não nos podemos esquecer de que não estamos a falar de um edifício qualquer, mas de uma obra do grande Marques da Silva! Esperemos que não seja esta mais uma ocasião para mais uma má solução como as que têm vindo a saturar a paciência dos cidadãos. Esperemos que o processo seja o mais claro possível e que haja lugar para um verdadeiro concurso público de ideias. Não queremos mais soluções impostas. 4. No JN: Teleférico sobre o rio custará 15 milhões. Será esta a nossa sina? Está-se mesmo a ver: o que nos estava mesmo fazer falta era um teleférico! Quando é que os nossos autarcas se deixam de vez de «obras do regime» e passam a resolver os nossos verdadeiros problemas? |
domingo, fevereiro 12, 2006
Danos Colaterais
«O vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, atingiu ontem com um tiro de caçadeira um homem de 78 anos, com quem caçava num rancho do Sul do Texas.» [link] Pronto. O conceito de danos colaterais foi privatizado nos Estados Unidos. |
sábado, fevereiro 11, 2006
A Frase
"Acabei de deixar de ser arguido e passei a ser acusado", disse Valentim Loureiro após ser notificado da acusação do Ministério Público. Então agora já não é arguido, Major? |
Presunção E Água Benta
![]() 1. Silvio não prestou bem atenção às palavras «como líder político». Futebol, media, número de processos em tribunal, abstinência sexual & companhia não são créditos políticos. 2. Mas eu sou mais alto? Nunca vi ao vivo Berlusconi, mas isso é muito estranho. Bonaparte era enorme. |
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
A Minha Pegada Ecológica
Medi o temanho da minha pegada ecológica. Ao que parece até tenho um pé pequenino se comparado com a média nacional. Mesmo assim, a Terra é demasiada pequena para mim. Resultados: ALIMENTAÇÃO 1.4 Hectares MOBILIDADE E TRANSPORTES 0.1 Hectares HABITAÇÃO 0.8 Hectares BENS DE CONSUMO E SERVIÇOS 1 Hectares VALOR TOTAL DA PEGADA 3.3 Heractes COMO TERMO DE COMPARAÇÃO, A PEGADA ECOLÓGICA MÉDIA NO SEU PAÍS É 4.5 Hectares. MUNDIALMENTE, EXISTEM 1.8 HECTARES GLOBAIS DE ÁREA BIOLOGICAMENTE PRODUTIVA POR PESSOA. SE TODOS TIVÉSSEMOS UMA PEGADA ECOLÓGICA SEMELHANTE À SUA, IRÍAMOS PRECISAR DE 1.8 PLANETAS TERRA. FAÇA O SEU TESTE AQUI |
Em Estado De Choque
Qual Presidente do Irão, qual Alberto João Jardim, qual Robert Mugabe, qual George W. Bush: todos aprendizes. Há muito tempo que não me chocava tanto com as declarações de alguém. |
Concordata
Para mim, a liberdade de expressão é sagrada. Ao invés de cruzes nas escolas, proponho uma placa com com os dizeres do artigo 37º. da CRP: «Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações». Proponho uma Concordata com a liberdade de expressão. Proponho, ao invés do instituto do casamento católico, o instituto do casamento-liberdade-de-expressão. Proponho que Manuel de Oliveira acabe a sua carreira em beleza fazendo um filme no qual Jesus e Maomé são gays e têm uma relação. E, se me apetecer, proponho ainda mais. |
100 Imagens Reconfortantes Para Fumadores Em Tempos Difíceis (13ª)
(Sob recomendação de Luís Bonifácio) |
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
Leituras
Se te vejo verde penso-te azul, toda a cor em que vens soprar-me ao ouvido a cor que és, é outra, é sempre outra daquela que te penso. *** [Pedro Nuno - Céu Nublado - Corpos Editora] |