A repristinação II
Eis que se deu a repristinação: a cara de Paulo Portas, só na página inicial do site do CDS-PP, encontra-se estampada 17 vezes. Etiquetas: D. Sebastião, Paulo Portas, Política Nacional |
David Afonso
[Porto]
Pedro Santos Cardoso
[Aveiro/Viseu]
José Raposo
[Lisboa]
Graça Bandola Cardoso
[Aveiro]
Se a realização de uma tempestade for por nós representada como consequência possível dos nossos textos,
conformar-nos-emos com aquela realização.
odoloeventual@gmail.com
Para uma leitura facilitada, consulte o blogue Grandes Dramas Judiciários
Visite o nosso blogue metafísico: Sísifo e o trabalho sem esperança
O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais para rotundas@gmail.com
Para uma leitura facilitada, consulte o blogue As Mais Belas Rotundas de Portugal
Eis que se deu a repristinação: a cara de Paulo Portas, só na página inicial do site do CDS-PP, encontra-se estampada 17 vezes. Etiquetas: D. Sebastião, Paulo Portas, Política Nacional |
![]() O Velhinho fez um ano. Parabéns atrasados, Nuno. Ainda bem que O Velhinho se chama O Velhinho e não O Idosinho. Primeiro, porque idoso sugere-me alguém que é portador de uma doença. Depois, porque o diminutivo de idoso é obtuso e fica mal. O Velhinho fica bem. Fica o aviso às gerações vindouras: quem um dia se dirigir à minha pessoa tratando-me por idoso, leva com uma bengalada nas costas. Etiquetas: Blogosfera |
Não é uma exposição que justifique uma deslocação ao Porto, mas é uma exposição que vale a pena visitar caso visite o Porto. Depósito: anotações sobre densidade e conhecimento é comissariada por Paulo Cunha e Silva e mistura elementos provenientes do acervo museológico da Universidade do Porto com obras de artistas plásticos (André Cepeda, Eduardo Matos, João Leonardo, Mafalda Santos, Manuel Santos Maia, Marta de Menezes, Miguel Flor, Miguel Palma + António Caramelo, Nuno Ramalho, Pedro Tudela, Renato Ferrão, Rita Castro Neves e Tiago Guedes ). Não é nada de outro mundo, mas também não se perde nada em lá dar uma saltada que não é tempo perdido, garanto. Só até 30 de Junho na Reitoria da Universidade do Porto. Etiquetas: Artes Plásticas, Cultura, Porto, Universidade |
«Projectos de interesse nacional vão ser aprovados em 120 dias José Sócrates reconheceu que os PIN "já produziram bons resultados" em termos de investimentos, mas "é preciso ir mais longe", em particular no tempo e no processo de análise dos projectos. De acordo com o primeiro-ministro, impõe-se que, em relação aos PIN, "ouvidas as câmaras municipais", passe a existir "um interlocutor único, uma apreciação simultânea por todas as entidades administrativas envolvidas, uma decisão única e final por parte de uma conferência decisória e um prazo de decisão entre 60 e 120 dias, a fixar no despacho de reconhecimento".» [Fonte: PÚBLICO] Hummnnn... isto tanto pode ser uma boa notícia como uma má notícia. Para já, estão garantidas horas extraordinárias para associações ambientalistas. Isto depois de ter lido PÚBLICO IMOBILIÁRIO que estão previstos 61 projectos de investimento em resorts só no Algarve e Oeste, dá para temer o pior. |
Nas minhas deambulações pelos jornais do século XIX encontrei esta peça deliciosa n'O Comércio do Porto de 17 de Março de 1877 (um século depois estariamos a atravessar a primeira grande crise do petróleo): «Petróleo - Por um processo descoberto casualmente, o petróleo adquire a consistência da stearina, perdendo as suas propriedades explosivas, ao mesmo tempo que conserva as combustíveis, podendo-se por este modo empregar com vantagem na fabricação de véllas. Também se descobriu um meio para o converter em sabão, tão excellente para tirar nodoas como a benzina.» |
Parece que o Governo chutou para canto um projecto de investigação de combate a incêndios desenvolvido pela Universidade do Minho. Parece que a embrulhada é total entre o Governo e a Agência da Inovação. Parece que o Simplex e o Plano Tecnológico não são para serem levados a sério. Parece que os israelitas é que ficaram a ganhar. Parece que não foram os únicos... Etiquetas: Ciência, Política Nacional |
![]() K. Marx, F. Engels, Lenine, J. Staline e Politzer - A Sociedade Comunista. Lisboa: J. Bragança, 1975. 318 p. (Cadernos Maria da Fonte, n.º23) --------------- Em tempos, isto fez sentido para alguém (está sublinhado): «Não é preciso ter uma grande perspicácia para se aperceber do necessário parentesco que têm com o socialismo e o comunismo as doutrinas materialistas sobre a bondade original e a capacidade intelectual dos homens, sobre a força toda poderosa da experiência, o hábito, a educação, a influência, a legitimidade do gozo, etc. Se o homem forma todos os seus conhecimentos, suas sensações, etc., à base do mundo dos sentidos e da experiência deste mundo, do que se trata, por conseguinte, é de organisar o mundo empírico de tal modo que o homem a conheça e assimule nele o verdadeiramente humano, que se conheça a si mesmo enquanto homem. Se o interesse bem entendido é o princípio de toda a moral, o que importa é que o interesse privado do homem coincida com o interesse humano. Se o homem não goza da liberdade no sentido materialista, quer dizer, se é livre não pela força negativa de poder evitar isto ou aquilo, senão pelo poder positivo de fazer valer a sua verdadeira individualidade, não deverão castigar-se os crimes no indivíduo, mas destruir as raízes anti-sociais do crime e dar a cada qual a margem social necessária para exteriorizar de um modo essencial a sua vida. Se o homem é formado pelas circunstâncias, será necessário formar as circunstâncias humanamente. Se o homem é social por interesse, desenvolverá a sua verdadeira natureza no seio da sociedade e somente aí, razão pela qual devemos medir o poder da sua natureza não pelo poder do indivíduo concreto, mas pelo poder da sociedade.» (Marx e Engels) [Apresentação] [1] [2] [3] [4] [5] Etiquetas: Biblioteca Vermelha, Livros, Política |
Todos os grandes homens ficam na memória da história pelo valor dos seus actos e pela gravidade das suas palavras. Depois existem os outros como Alberto João, Major Valentim e Fernando Ruas que ninguém liga ao que dizem. Este último, em particular, vai ficar para a posterioridade pelo brilhante discurso «Arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada», uma peça de oratória de referência sobre as complexas relações entre o poder local e os fiscais do Ministério do Ambiente. O que é certo é que vai ter de responder perante os tribunais por este excesso de linguagem (é um daqueles casos clássicos em que a língua bate mais depressa do que as sinapses). Aqui é que as coisas começam a ficar estranhas: o Ministério Público propôs ao Fernando Ruas que este pagasse à Quercus «uma determinada quantia»?!! Das duas uma: ou o Senhor de Viseu não sabe o que diz (hipótese mais provável) ou o MP não sabe o que faz. Para quê chamar ao barulho a Quercus? E porquê a Quercus? Ruas da amargura, é o que é... |
É oficial. Pela primeira vez um aluno assinou-me um exame com o nickname do Messenger em vez do seu nome do baptismo. Começo a ficar velho para estas andanças... Etiquetas: Educação |
0 dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo [Sofia Mello Breyner, 25 de Abril] Etiquetas: Citações, Política Nacional |
A Baixa do Porto faz três anos e é uma das raras nesgas por onde se pode espreitar para a cidade tal como ela é e, sobretudo, como gostaríamos que ela fosse. Obrigado Tiago por estes três anos a construir espaço público. As boas ideias crescem! Etiquetas: Blogosfera, Porto |
O governo editou um pequeno guia sobre a corrupção: «Prevenir a corrupção - Um guia explicativo sobre a corrupção e crimes conexos» (em pdf). Infelizmente, ainda não foi desta que se socorreram dos verdadeiros especialistas na matéria e está mal organizado... os serviços deviam estar classificados por estrelas (tipo michelin). Assim, a malta não se organiza! |
Vamos ser claros. Para mim, se ficar demonstrado que Sócrates usou cargos políticos para benefício pessoal (mesmo se tratando de uma espécie de licenciatura na Independente), então deve-se abrir o debate sobre a sua demissão. No mínimo, deverá pedir ao grupo parlamentar do PS que faça aprovar uma moção de confiança na Assembleia da República e exigir um apoio inequívoco do Presidente da República. Até lá, há que acalmar os cavalinhos. Marques Mendes não deve andar por aí como uma beata à porta da igreja a falar em "falhas de carácter". O mesmo é válido para o junior Pedro Rodrigues que reverencialmente repete a acusação do líder do PSD ao dizer que "Sócrates não tem carácter para governar". Ora bem, se estão tão convictos do que dizem, o melhor é avançarem com uma moção de censura ao governo. Dar a cara e aceitar as consequências dos seus actos. Agora andarem por aí a rosnar sem morder é que não vale a pena. Talvez seja uma outra questão de carácter? Etiquetas: Política Nacional |
São os do costume. Toda a gente sabe quem são e de vez em quando são renovados por novos velhos do Restelo que a pouco e pouco vão destilando o seu ódio não se sabe bem a quê. Claro que os jardineiros, as costureiras e as jornaleiras têm profissões dignas. Aliás toda a gente que tenha um trabalho conforme com a lei poderá arrogar-se ao direito de achar o seu trabalho digno. E os outros se calhar também. A questão está mal colocada. Não é a dignidade dos empregos que está em causa mas sim saber se em total igualdade de oportunidades estas pessoas teriam escolhido estes empregos, ou pelo contrário teriam escolhido outras profissões. Aliás, podemos em consciência dizer que estas pessoas escolheram estes empregos? Creio que não. E não compreendo que a campanha publicitária de um programa que visa fazer regressar à escola um país tão carenciado de educação, possa ser vista como atentatória de algum tipo de direito à dignidade dos jardineiros, costureiras ou jornaleiras deste país. Há pessoas que têm vocações. Vocação para polícia, bombeiro ou enfermeiro. Vocação para canalizador, pedreiro ou metalúrgico. Vocação para professor, politico ou velho do Restelo. Mas seja qual for a vocação, só a livre escolha que a educação permite será capaz de garantir aquilo que realmente se pretende para o futuro. Este programa tem outro aspecto essencial. Este programa não visa exclusivamente dar oportunidade às pessoas que o frequentarem de mudar de emprego. Aliás muitas das qualificações que possam vir a obter apenas os ajudarão a progredir nos empregos que já têm. Ou nem isso. Muitas até irão preferir manter os actuais empregos. Agora não por não terem a educação necessária, mas porque os seus actuais empregos, desde que técnicos, como canalizadores ou electricistas, pagam muitas vezes melhor que essa utopia do escritório como qualidade de vida em que muitos portugueses vivem e desejam para os seus filhos. Este programa também permite que um maior número de portugueses possa ter uma melhor e maior educação o que apenas pode melhorar a nossa capacidade de decisão e informação o que só pode fazer bem a esta democracia. Etiquetas: Educação, Política Nacional, Sociedade |
![]() Aqui está um link apropriado para este dia: www.bibliofeira.com, um site nacional para compra e venda para livros em segunda mão. Ainda não o testei, mas a coisa parece ter potencial para andar. Vamos a ver. Etiquetas: Livros |
É o que diz, ao momento, o site do CDS-PP [via 31 da Armada; não é meu costume vaguear pelo site do CDS-PP]. ○○○ À seguinte dinâmica dá-se o nome de repristinação: a lei X vigora na ordem jurídica Y; a lei X é revogada na ordem jurídica Y; a lei X entra novamente em vigor na ordem jurídica Y. ○○○ Isto é: a cara de Paulo Portas está estampada num determinado site da internet; a cara de Paulo Portas é retirada de determinado site da internet; a cara de Paulo Portas é estampada novamente em determinado site da internet. Etiquetas: D. Sebastião, Paulo Portas, Política Nacional |
![]() É de se tirar o chapéu a João Bénard da Costa pela crónica desta semana no PÚBLICO: Era o Fumo. Vejam lá que até há quem se proponha a reeditar as nossas 100 Imagens Reconfortantes Para Fumadores em Tempos Difíceis! Etiquetas: Blogosfera, Imagens reconfortantes |
The Economist sugeriu e...![]() ...Sarkozy, como não podia deixar de ser, levou a ideia a sério: ![]() Etiquetas: França, Política Internacional |
Paulo Portas diz que a sua vitória nas directas do PP foi uma espécie de primavera. Estranha primavera esta em que se dá uma nova oportunidade a quem já usufruiu do benefício da dúvida e que o esbanjou. A partir daqui tudo vai ser muito previsível. O artista já é bem conhecido do público. A sua maneira de fazer "política" - o populismo pauloportista - há muito que entrou na sua fase académica. É uma espécie de outono da direita portuguesa. Etiquetas: Política Nacional |
![]() A Baixa do Porto está de novo em obras. Não tardará muito para o eléctrico voltar a circular na zona comercial do centro histórico (para irritação dos comerciantes, por mais estranho que pareça). É uma boa notícia, sem dúvida. Agora, não se pode aceitar que estas obras decorram desrespeitando as regras mais elementares de higiene e segurança! Nesta foto, tirada na Rua Passos Manuel, é evidente que a segurança do transeunte não é devidamente assegurada. Onde acaba o estaleiro e começa a zona de circulação? E aquela máquina, meus senhores, está mesmo a operar por cima das cabeças de quem passa!... [Foto cedida por Carlos Dias. Aproveito ainda para sugerir este link sobre a arquitectura no Porto] Etiquetas: Porto |
![]() «Eu não desgosto deste emprego de primeiro-ministro. É giro e dá para conhecer montanhas de pessoas! Mas, quando olho para os engenheiros, fico a pensar que também poderia ser assim: desenhar casa como os arquitectos, assinar alvarás de empresas que nunca vi, fazer jantaradas de negócios com patos-bravos, ter um cartão de crédito Gold com "Engenheiro"... Ah, se ao menos eu tivesse estudado! Agora tenho tomar conta desta piolheira...» Etiquetas: Política Nacional |
![]() |
As sondagens são sempre aquelas informações que apenas complicam a apreciação que o eleitorado faz das campanhas politicas e muitas vezes baralham os números mobilizando ou desmobilizando eleitores de irem votar. Estou a ser injusto. As sondagens são um instrumento como outro qualquer. Existe e pode ser utilizado. Mas convenhamos que informa mais os partidos que acertam estratégicas de acordo com as diferentes sondagens, do que o eleitorado em geral. Em França vai haver uma segunda volta. Isso ninguém questiona. O problema é decidir quem vai à segunda volta. Ségolène e Sarkozy? Ou Sarkozy e Bayrou? Partindo do principio que Ségolène e Bayrou já não conseguirão na recta final ultrapassar Sarkozy, pelo que nunca poderia existir a combinação Ségolène e Bayrou na segunda volta. Depois temos o velho e quase acabado Le Pen que quase de certeza passará, depois destas eleições, o testemunho da extrema-direita francesa, para a sua filha. No entanto os institutos de sondagens ainda não estão seguros quanto aos votos de Le Pen, que nas ultimas eleições surpreenderam e muito. Eles acham que os eleitores de Le Pen ainda não demonstram a sua intenção de voto a terceiros por vergonha. Segundo eles, nem todos estão disponíveis para dar a cara. No entanto seria interessante saber se existem diferenças significativas na votação de Le Pen em sondagem por entrevista telefónica e sondagem em urna fechada. Actualmente, a um dia de terminar a campanha, está tudo por decidir. O Le Fígaro publica uma sondagem dando 28,5% a Sarkozy, 25% a Ségolène, 19% a Bayrou e 14% a Le Pen. Todos os restantes candidatos têm intenções de voto menos expressivas. Ora estes valores reflectem uma segunda volta Sarkozy – Ségolène, mas deixam dados preocupantes. Apenas 54% dos franceses já decidiu em quem votar, e 23% conta decidir até domingo. No entanto imaginemos estes dados aplicados à segunda volta numa condição ceteris paribus. Se avançarem, como se prevê, Ségolène Royal e Nikolas Sarkozy, e se porventura os restantes candidatos distribuírem as suas intenções de voto na respectiva proporção de os 19% de Bayrou para Ségolène e os 14% de Le Pen para Sarkozy, então Ségolène Royal será a nova presidente da França com 44% dos votos. Fazendo a extrapolação para fora desta condição, ganhará as eleições quem conseguir disputar os votos que os candidatos mais pequenos obterem nesta primeira volta. Etiquetas: França, Política Internacional |
Estou aborrecido. Tanta ideia política é demais para mim. Política, visão, ideia. Ideia, visão, política. Em catadupa. Houvesse uns ataquezitos pessoais para animar a coisa, mas não. Nada. Só conteúdo. Tédio. Vou dormir mais inteligente, mas com o sono mais pesado. *** Sugestão: para a próxima coloque-se música clássica de fundo. Etiquetas: Flatulências, Paulo Portas, Política, Política Nacional |
Este país, seja qual for a ideia que temos sobre ele, continua a ter regras e a democracia rege-se por princípios de legalidade aos quais aqueles que pretendem nela intervir devem aderir incondicionalmente. Dirão que existe perseguição. Diria eu, com relativa facilidade, que perseguição com perseguição se paga. No entanto a única questão válida é saber se há indícios de crimes praticados e nessa medida exige-se que o estado de direito funcione sem contemplações, independentemente das opções politicas dos suspeitos. Etiquetas: Extrema-direita, Media, Sociedade |
No próximo Sábado, na Junta de Freguesia da Vitória (Praça Carlos Alberto, Porto), das 15h às 18h vão ter lugar as 2ªs JRU organizadas pelo blogue A Baixa do Porto: JORNADAS DA REABILITAÇÃO URBANA D’A BAIXA DO PORTO As normas urbanísticas e a reabilitação. _15h00: O interesse público d’as normas urbanísticas. Paula Morais, arquitecta pós-graduada em direito do urbanismo_15h30: debate #1participantes interessados _16h00: Os interesses privados d’as pretensões urbanísticas. Alexandre Burmester, arquitecto_16h30: debate #2participantes interessados _17h00: A concertação de interesses d’a contratualização urbanística. Paulo Duarte, advogado_17h30: debate #3participantes interessados A entrada é livre e não há necessidade de pré-inscrição. |
![]() Porém, fazem muito mais pela democracia que mil discursos pelo 25 de Abril. A sua presença mantém despertos os instintos de sobrevivência da democracia, relembrando sempre que ela não é eterna. A extrema-direita desempenha a nobre missão de manter desperto o estado democrático, não o deixando esquecer a verdade, a de que é um simples mortal. Enfim, desempenham o exacto papel que o bobo desempenhava junto do monarca, com a diferença de que não têm tanta piada e de que agora cada um de nós é soberano de si próprio. Obrigado PNR. Etiquetas: Política Nacional, Portugal |
Tonturas. Quem contorna esta rotunda, em Vila Nova de Famalicão, sabe do que falo. ○○○ ○○○ O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais que por bem forem entendidos enviar para rotundas@gmail.com. Etiquetas: Rotundas |
Na Universidade Politécnica da Virgínia levam a sério o nível de sofisticação e tecnologia que permite aos estudantes enfrentar o desafio da globalização. Só estudantes bem preparados conseguirão sobreviver no selvagem mercado de emprego. Por isso é que esta universidade está organizada de acordo com estritos processos (certamente certificados por alguma entidade externa) de comunicação interna, recorrendo à melhor tecnologia, que permitirá obter os mais altos níveis de aderência por parte dos estudantes. Tudo a bem de um qualquer relatório que certifica anual ou trimestralmente como o processo está oleado e como a poupança em relação a outras formas de comunicação, ou actuação, é fenomenal. Depois dos primeiros tiros por volta das 07:15 (hora local) num dormitório do Campus da Virgínia Tech. Após este incidente, foram enviados 28.000 mensagens escritas e e-mails para toda a comunidade estudantil que às 09:15 se encontrava nas aulas. Pelo menos para 32 jovens estudantes a pouco mais de 1km de distância, a tecnologia foi demasiado lenta, ou simplesmente alguém depositou nela demasiada esperança. |
![]() O Estado Central nunca fez uma boa gestão do território. O Estado Novo só veio piorar uma velha tradição e a democracia não tem sido capaz de endireitar o que torto nasceu. O Primeiro de Janeiro apresentou uma peça sobre um verdadeiro símbolo do desastre centralista: a Colónia Agrícola da Gafanha. Durante o Estado Novo criou-se um organismo intitulado Junta de Colonização Interior que teria como função povoar os campos. O absurdo é que este organismo chegou a ir buscar população da Beira Interior para a Beira Litoral segundo uma lógica de plano quinquenal típica de devaneios totalitaristas. Aquilo só poderia correr mal e hoje é um território perdido entre a administração central e local. Um limbo administrativo e um fóssil do Estado Novo. É claro que o vazio de responsabilidades é terreno fértil para abusos. Usando o google earth é fácil constatar que pululam as casas ilegais e que o território ameaça entrar em entropia. A geração que ainda ía tratando da terra já passou à história e a geração actual não parece ser particularmente vocacionada para a gestão da floresta, a câmara não pode e nem deve mexer no que está fora da sua alçada e no ministério da agricultura já ninguém se deve lembrar do caso. Entretanto, prevejo que nos próximos anos a Srª dos Campos (actual denominação da Colónia Agrícola) irá sofrer uma pressão enorme do betão e do turismo. Por ironia, a gaveta do arquivo morto do ministério tem sido a única defesa contra os predadores de território. O dia em que a Câmara Municipal de Ílhavo assumir a total gestão daquela mata instalada entre dois braços da Ria de Aveiro, então outros amanhãs cantarão para os patos-bravos. Etiquetas: Ambiente, Aveiro, História, Política Nacional, Urbanismo |
Não há uma democracia boa e uma democracia má, só porque perdemos. E é essa escolha que o povo timorense e os seus dirigentes tem de fazer sobre a qualidade da democracia que querem, porque dela depende a viabilidade de Timor-Leste como país. Não há possibilidade de passar por cima da decisão de um povo soberano, que em eleições decide escolher determinados candidatos em detrimento de outros, só porque devido a questões conjunturais não gostamos dos protagonistas. Já aqui defendi a ideia que Ramos Horta devia ser o Presidente eleito de Timor-leste, porque considero-o, dentro do actual panorama político, um dos mais moderados. Alguém com quem todas as partes possam trabalhar e fundamentalmente alguém com a ocidental cultura democrática que lhe permita ser um arbitro e não um protagonista. No entanto não é esse o interesse (para já) do povo timorense, que parece ter dado uma vitória à primeira volta a Francisco Lu-olo da Fretilin. Não é aceitável num estado democrático que perante a vitória de um candidato, rapidamente se alimentem teorias de conspiração e surjam problemas com as contagens, que não existiriam caso qualquer um dos restantes tivesse ganho. O clima de intimidação e acusações permanentes não favorece em nada a consolidação da democracia. Aqueles que aparentemente defende a democracia têm de compreender que a Fretilin parece querer jogar o jogo da democracia dentro do normal funcionamento das instituições do estado timorense (sim, ele existe) até porque já foram eleitos para o governo, voluntariamente abdicaram do poder nas condições que conhecemos e voltam agora a candidatar-se em perfeita normalidade. Por isso, quem perde deve respeitar a vontade soberana do povo timorense e ocupar o seu legitimo lugar na oposição, onde pode prestigiar e consolidar as instituições timorenses. Etiquetas: Timor |
O pseudo-ecologismo perde-se no pormenor, no acessório. Quanto mais excêntrico e quanto mais sacrifício (quase sempre meramente simbólico) exigir, mais popular será entre as novas tribos. Um exemplo extremo: «Actualmente, uma mulher utiliza em média 10.000 a 15.000 tampões ou pensos durante a sua vida. Estima-se que, em cada ano, 45.000 milhões de pensos (e assuas embalagens) vão para o lixo, indo parar às lixeiras e aos esgotos, demorando anos a desaparecerem (...)» Alternativas para este grave problema ambiental? Pensos higiénicos ecológicos, pensos de flanela reutilizáveis (do género do it yourself), copos de menstruação laváveis ou usar dois pares de cuecas. Leia, se tiver pachorra: http://www.centrovegetariano.org/index.php?article_id=426 Etiquetas: Ambiente |
Ecologia?. Quem me conhece sabe que eu posso ser um chato do caraças com estas coisas. Para mim, a percepção ecologista da realidade deverá tender para uma nova forma de senso comum. Quero dizer com isto que tenho a convicção segura de que estamos todos condenados a ser ecologistas porque a nossa sobrevivência enquanto espécie depende disso mesmo. Uma questão de bom senso, portanto. Bom senso, no entanto, é o que parece faltar a uma certa tendência new age. Recebi, um dia destes, um convite para o Encontro Vida Verde e ao ler o pograma a única coisa que me vinha à cabeça era: Tuning Ambientalista. Apreciem: ![]() - Comida Vida – Crudivismo - Workshop de pão biológico - Como fazer Sabão natural - Fitoterapia - Agricultura Biológica e Biodinâmica - Camas de cultivo - Vermicultura - Dinâmica de grupo - Permacultura – A arte de colaborar com a Natureza - Latas recicladas - Feltro - Vassouras de giesta - Papel reciclado - Introdução ao didjeridoo (música) - Instrumentos reciclados - Reciclagem para crianças - Como montar uma Yurt (tenda típica Mongólia) - Sessões de Reiki- Debate sobre eco-comunidades como a Eco-aldeia de Tamera (Alentejo) - Danças para crianças - Terapia do riso - Workshop de manifestação de abundância - Astronomia - Como fazer Viveiros / Reflorestação - Eco-consumo – Como consumir de forma ética - Cozinha Vegetariana- Filme e Debate sobre Vegetarianismo (AVP) - Como fazer Bio-diesel caseiro - Osteopatia - Dança dos 5 elementos - Massagem ayurvedica - Introdução ao Calendário Maia - Sessão de eco-construção - Eco-construção: Parede em lama e madeira - Eco-construção: Como fazer blocos de Adobe - Rocket Stove (fogão alternativo) - Actividades para crianças Portanto, vamos lá ver se percebi: o nosso futuro depende da nossa capacidade de tocar didjeridoo, depois de termos varrido o chão da Yurt com uma vassoura de giesta. É claro que em vez de Yurts, nada práticas diga-se de passagem, sempre podemos optar por uma casa em parede de lama, onde poderemos receber pacificamente massagens ayurvedicas enquanto discutimos vermicultura com um camarada, grande especialista no Calendário Maia. Ora, vão é lamber sabão (natural)! Da mesma maneira que o maior inimigo da ciência é a pseudo-ciência, o maior inimigo do ecologismo é o pseudo-ecologismo, isto é, o Tuning Ambientalista. Etiquetas: Ambiente |
Para acabar de vez com os vexames tipo "caso Sócrates" proponho que a partir de agora os progenitores nacionais possam baptizar os filhos com os nomes de Engenheiro da Silva, Doutor da Fonseca, Arquitecto da Cunha e até, porque não?, Mário Phd Reis ou António Master Santos. Poupava-se nas propinas e algumas "universidades" podiam ser reconvertidas em condomínios de luxo (Varandas da Independente ou Jardins da Lusíada, estão a ver?), centros de triagem de resíduos urbanos, matadouros municipais/casas da cultura (riscar o que não interessa), discotecas da moda para lavar dinheiro mal parado ou até mesmo clubes de futebol que também dão dinheiro com igual honestidade e empenho intelectual. A vantagem é por demais óbvia para se reduzir apriori (perdoem-me o latim que eu andei na faculdade como gente grande) esta proposta a um mero chasco: uma coisa é ter um título académico dependurado no trato da praxe social ou no cartão multibanco (é sempre giro!), outra coisa é ser engenheiro de BI ou Passaporte passado com selo branco da República Portuguesa. Pensem bem no assunto, por favor. O país prossegue dentro de momentos. Etiquetas: Portugal |
Tenho a sensação que o país se está a "embebedar" com esta história da licenciatura de Sócrates, os "prefixos" de Dr e Eng Cicrano, como se isso pudesse, nos termos que correm, significar logo que se trata de um bom e competente Sr Cicrano. Como se a licenciatura de Sócrates nos desse garantia de prósperos anos sob o seu governo. Há tantos Dr´s neste país, deu-se um verdadeiro big bang claro com as privadas, abrindo cursos para loiros, morenos, esforçados e também estudantes mesmo. Se antigamente só estudava quem podia, hoje não estuda quem não quer. No entanto o(a) Sr(a) Dr(a) não desgrudam dos nomes dos Cicranos. O preconceito é ainda tão grande que muitas vezes reparo que as pessoas, na dúvida, tratam os outros à partida por Dr´s com medo que possam levar um tiro ou serem esfaqueados por tamanha ofensa à sodona licenciatura. A propósito disto tudo e porque revela bem isto de se ser Dr e dos assim assim, deixo aqui um trecho do artigo do JN de hoje, Doutores e Engenheiros por Mário Contumélias, professor universitário, que ilustra bem que somos um país de Dr´s. «O sr. João está bem na vida. Merece-o porque é um exemplo de empreendedor bem sucedido. Vindo dos arredores rurais da Grande Lisboa, tomou de trespasse uma pequena frutaria no bairro onde moro. E foi vê-lo crescer. Em poucos anos, diversificou o negócio e tem já uma boa meia dúzia de lojas e vasta clientela. Visão, capacidade de trabalho e de organização, criteriosa selecção do pessoal, qualidade de serviço e produtos explicam o sucesso. Mas não só. Tenho para mim que um pormenor ajudou o êxito dos primeiros anos. Sabedor que cá no bairro moram muitos licenciados e gestores, o sr. João decidiu, desde a primeira hora, que todos os seus clientes seriam tratados por "doutor" e "doutora", consoante o género. Neste país que, por muito que já tenha de cosmopolita, ainda guarda significativos restos de provincianismo, nenhum cliente se queixou. E o tratamento mantém-se até hoje. Em Portugal, ostentar o "dr." confere estatuto e não parece haver quem se dispense de o juntar ao nome, mal atinge uma posição relevante no plano profissional ou económico. Somos um país de "doutores" e "engenheiros", para o bem e para o mal.» (Clique aqui para ver o artigo na integra) |
![]() ![]() ![]() ![]() ![]() ![]() «É a mais feia, horrenda e infeliz decoração de rotunda que conheço. É, na minha opinião de quem pouco conhece, um monumento grandioso ao mau-gosto. Não lhe fazem jus as fotos. É a rotunda do Leclerc no Entroncamento. Fenómenos!» Caro Alfredo Caiano Silvestre, ainda não viu nada... ○○○ [Cortesia Alfredo Caiano Silvestre] ○○○ O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais que por bem forem entendidos enviar para rotundas@gmail.com. Etiquetas: Rotundas |
«Alunos da UnI consideram que instabilidade resulta da decisão do Governo». [Fonte: PÚBLICO] Regra nº 1: a culpa é sempre do governo. Regra nº 2: se culpa não é do governo é como se fosse. Regra nº 3: se a culpa não é deste governo, então é do governo anterior ou até mesmo do governo que há-de vir. No entanto, têm razão: o governo nem deveria ter permitido a abertura da tasca. Etiquetas: Educação, Universidade Independente |
Informar bem é preciso e quando dúvidas existem, os profissionais do Direito também servem para esclarecer sobre as Leis e não só para estar na barra dos tribunais. Por isso aqui vai em forma de súmula: 1- O DL 272/2001 veio alterar os tramites e requisitos do divórcio por mútuo consentimento. 2- O divórcio por mútuo consentimento pode agora ser requerido em qualquer Conservatória do Registo Civil (em anexo deverão estar os acordos respectivos, a relação de bens do casal e certidões), pelos próprios interessados e não é obrigatória a constituição de mandatário. 3- No caso de haverem filhos menores nascidos na constância do matrimónio, o acordo de regulação de poder paternal terá de ser dado a conhecer ao tribunal e por ele examinado. Uma vez homologado, o Conservador marcará a data para a realização da conferência, no final da qual, mantendo-se o propósito do casal se separar, será decretado o divórcio. 4- Não existe periodo de reflexão, renovação do pedido, 2ª conferência ou indicação de motivo para o divórcio. Simplificou-se e imprimiu-se maior rapidez ao processo, já que as duas partes acordam na separação. 5- O artigo peca por desfasamento temporal (se tivesse sido publicado em 2000, estava conforme) e pela falta de cuidado do seu autor. Em todo o caso só vem mostrar que além da máxima que muitos usam quando se referem ao Direito " em Direito, está tudo na Lei, é só ler" ser uma máxima preguiçosa e falsa, mostra também e ainda que fosse verdade que pelo menos devia ter-se cuidado em ler-se uma Lei actual e não pegar em qualquer código civil por aí espalhado.Foi um espaço jurídico-lúdico do Diário de Aveiro e que merece pois o esclarecimento feito. Uma pesquisa no google antes de fazer este artigo, tinha facilmente revelado o calcanhar de Aquiles desta peça. |
É uma questão de critério pessoal minimamente coerente ou totalmente absurdo, questionar a opção do Primeiro-ministro em recorrer a uma entrevista na televisão pública, para esclarecer o (não) assunto da sua licenciatura, embrulhado num pacote de balanço dos últimos dois anos. E há critérios para todos os gostos e todos podem, de acordo com o que disseram no passado, considerar-se absurdos ou coerentes. Este assunto nasceu, cresceu e alimentou-se na comunicação social, que alguns ainda têm a coragem de dizer que é benevolente, contemplativa e pressionável (em abstracto, porque continuam a não se saber objectivamente quais são estas pressões, mas aparentemente os acusadores não se sente na obrigação de as esclarecer/provar) pelos socialistas, em oposição aos sociais-democratas, mas no final parece que todos concordam que ainda que nenhum partido tenha manifestado qualquer opinião válida sobre este assunto, nem questionado directamente o governo no parlamento, e a reunião do Presidente com os colaboradores nunca ter existido, o Primeiro-ministro deveria ir ao Parlamento explicar aquilo que por lá nunca se falou. A promiscuidade das declarações às 20h, com direito, ou não, a perguntas dos jornalistas é mato na política portuguesa. Os restantes políticos fazem o que bem entendem e gerem as suas palavras como querem num regime de total subserviência dos jornalistas aos timings dos políticos, prisioneiros que estão de um suposto interesse dos portugueses (que na prática não se verifica) em cada palavra que sai da boca dos políticos. O Primeiro-ministro não é excepção, mas tinha, por alguma razão não totalmente clara, que esclarecer a situação das 5 cadeiras que terá feito, quando os jornalistas e a oposição queriam, no sítio onde queriam e nos moldes em que queriam. Era o que mais faltava. As tribunas que estão disponíveis para cada um gritar os disparates que muito bem entende, são as mesmas que o Primeiro-ministro utiliza como bem entender porque não lhe estão vedados os meios que para os outros parecem florescer a cada dia. Não consigo vislumbrar de que forma o prestígio da instituição parlamentar pode sair beliscado, quando na realidade não é de politica que falamos. Etiquetas: Media, Política Nacional |
![]() --------------------------- Este também não é um exemplar perfeito da minha Biblioteca Vermelha. Já me tinha esquecido dele. Bem, na verdade, nem me lembro de o ter comprado (por 70$00, segundo uma anotação a lápis feita pelo livreiro), mas foi uma grande compra e já foi promovido à minha Biblioteca da História do Livro e da Imprensa. César Oliveira, representante de uma historiografia marcadamente ideológica (e qual não o é?) foi responsável por títulos como A Comuna de Paris e os Socialistas Portugueses, O Congresso Sindicalista de 1911, O Socialismo em Portugal, 1850-1900 e um já esquecido A Crise da Revolução com Eduardo Lourenço e Eduardo Prado Coelho em 1976, entre outros títulos. Esta obra em particular é constituída por três artigos, o artigo que dá o título ao livro mais estes dois: Imprensa operária no Portugal oiticentista: de 1825 a 1905 e Os limites e a ambiguidade: o Movimento Operário Português durante a guerra de 1914-18. Datado? Talvez, mas sempre valioso. Etiquetas: Biblioteca Vermelha, Livros, Política |
Mariano Gago fecha a Universidade Independente por «manifesta degradação pedagógica». Ora aí está uma atitude razoável. Resta, contudo uma questão: os alunos. O Ministério da Ciência tem a obrigação de preparar um plano de emergência para todos os alunos matriculados na Independente, não podendo lavar daí as mãos até porque que essa privada operava no sector era por consentimento do Ministério. Ainda outra questão: não seria esta uma boa ocasião para uma operação mãos limpas no ensino superior privado? Já são demasiados casos virem a público, para além daqueles que se fala por aí à boca pequena (por exemplo, consta que na Portucalense um curso de Pós-Graduação em Património não passou dos primeiros meses por desistência dos alunos, não porque o grau de dificuldade fosse muito elevado, mas porque a qualidade do curso era péssima). A Independente é apenas a árvore na floresta. Etiquetas: Educação, Universidade Independente |
![]() Etiquetas: Educação, Universidade Independente |
1. O Instituto das Artes insiste. Desta a vez as datas são as seguintes: Música e Artes Plásticas incluindo Fotografia: dia 11 de Abril; Arquitectura, Dança e Teatro: dia 12 de Abril; Transdisciplinaridade e Design: dia 13 de Abril. Parece que houve aqui uma inteligência rara a trabalhar porque foi encontrada um solução estilo "ovo de colombo" para corrigir a asneirada. Os candidatos deixaram de ir todos ao monte e vão agora apresentar candidaturas de forma faseada, por especialidade. No entanto, o que andaram a fazer entre o dia 4 e o dia 9? A ponte da Páscoa, claro. O problema arrastou-se mais do que o necessário porque não havia disponível nenhum responsável para tomar a decisão. Choque tecnológico só em dias úteis e com hora marcada. 2. Curioso também o facto de o nº de apoio ao Concurso de Contratação de Professores, que terminava precisamente hoje, ter ficado offline logo a partir das 12:00 do dia 5. Será sensato fechar a tasca quando está a decorrer um processo de candidatura que envolve milhares de opositores e centenas de escolas. Para os técnicos do Ministério da Educação parece que sim. O choque tecnológico é a arma do burocrata preguiçoso. |
E Timor? Ainda alguém se lembra? Depois de termos passado algum tempo a escrever nos blogues e um pouco por todos os jornais quando a violência rebentou, o ânimo acabou por esmorecer com a continuação dessa violência numa espécie de desilusão pela dificuldade em encontrar soluções para o jovem país. Daqui a poucas horas teremos os resultados das eleições presidenciais que afastarão Xanana Gusmão da presidência. E apesar das persistentes esperanças que temos no fim da agitação social, ela parece estar longe do fim quando o presidente de um país com apenas cinco anos, que lutou por essa realidade durante quase 30 anos, se mostra desiludido com o país que fez nascer. Começo a perceber a ideia que o aparecimento do petróleo em nações em vias de desenvolvimento é o pior que pode acontecer a um povo. O petróleo tem sido a razão escondida de todos os problemas e toda a agitação dos últimos meses, seja porque entre uma determinada elite se pretende dividir os lucros esquecendo os restantes timorenses ou porque a Austrália se mexe na sombra para aproveitar mais desse petróleo, criando conflitos políticos sobre a determinação que os eleitos líderes timorenses têm para resistir a esses intentos. Seja de que forma for, estas eleições e as legislativas que se seguirão em breve, têm de resolver duas questões essenciais. Planear de que forma o petróleo vai ajudar a economia timorense a dinamizar-se e como é que este petróleo vai, talvez não resolver, mas atenuar a situação de pobreza extrema em que vivem os timorenses, situação potenciadora de grandes conflitos sociais. Ainda assim, temos de reconhecer que a generalidade do povo timorense que de forma estóica mas serena, resistiu aos indonésios, não colaborando e não deixando esmorecer o objectivo da independência, continua a ter o mesmo objectivo de ver Timor crescer sem estes conflitos e não se revê nestes novos protagonistas que apareceram, como o Major Reinado. No fundo tenho esperança que a presença da ONU acabe por transmitir alguma cultura democrática que ainda faz muita falta aos líderes timorenses. Uma esperança que aquilo que ocorre por aquelas bandas seja uma espécie de PREC, natural nestas circunstâncias em que um país procura encontrar um caminho depois de 500 anos de colonização, mais 30 de selvagem ocupação. Um caminho que passe por um Ramos Horta presidente e um governo de unidade nacional encabeçado por pessoas competentes tecnicamente e não necessariamente por guerrilheiros. Fora desta disputa politica mantêm-se e bem a GNR, que tal como se previa está a desempenhar um excelente papel na estabilização das ruas de Timor-leste. Fez bem o Governo português em insistir no envio da GNR por oposição a uma força militar tradicional e o tempo acabou por provar a virtude do braço de ferro com a Austrália quanto à autonomia e chefia da força portuguesa. Etiquetas: Política Internacional, Timor |
![]() (Fonte: PÚBLICO) Podem contar desde já com a minha assinatura, mas... o Mendes Bota?!! Ó c'om caraças!... Não se arranja por aí ninguém que se possa levar a sério? Etiquetas: Regionalização |
Hoje quem merece 16 valores é o Daniel Oliveira. O professor deixou claro hoje à noite que é um espectador atento do Eixo do Mal. Na última edição deste programa deu os argumentos utilizados agora por Marcelo, contra a nova lei anti-tabagista. Miúdos de 17 anos podem beber shots mas não podem fumar, e nas prisões podem injectar-se mas não podem fumar. Exactamente as mesmas palavras de Daniel Oliveira. Realmente têm ambos razão. É estúpido. Etiquetas: Política Nacional |
Nestas alturas do ano há sempre bons e esclarecedores programas de televisão. Não só temos de estar sintonizados com a mensagem urbi et orbi, como todos os documentários nos fazem o favor de esclarecer cada passo de Cristo. Mas o melhor destes documentários são os pseudo-científicos. Aqueles que pretendem explicar e encontrar uma solução para todos aqueles magníficos e ao mesmo tempo inverosímeis acontecimentos bíblicos. O Noé, a arca e os animais em circunstâncias diluvianas e a não menos espectacular travessia de Moisés e dos judeus em fuga pelo mar vermelho são dos episódios mais investigados. Mas ainda assim ainda há quem se preocupe em saber se Sodoma e Gomorra realmente existiram. Os voluntariosos cientistas procuram saber se o mar se abriu devido ao recuo natural num tsunami, mesmo a tempo da passagem e se fechou violentamente sobre os egípcios, ou ainda mais improvável, a ideia de um vulcão que existe no mar vermelho ter criado uma crosta temporária para a passagem dos judeus, mas tivesse sucumbido às patas dos cavalos dos egípcios. Existem outras boas teorias sobre os mais diversos eventos, mas o que parecem não explicar, é porque razão a existência de fenómenos cataclismicos apenas apareceriam na bíblia, abordando parte dos seus efeitos e não o fenómeno em si. Como é que um tsunami não é precedido de um terramoto, ou uma extensão de terra temporária não fosse precedida da respectiva erupção vulcânica, sem que deles se fizesse referência na bíblia? Ou melhor, até seria razoável que não mencionasse esses eventos de forma a alimentar a origem divina do povo escolhido. Mas não há qualquer referência deles em nenhum documento de outra origem numa das zonas mais povoadas do mundo naquela altura. Estes cientistas que procuram uma explicação, não explicam a coincidência estrondosa entre os acontecimentos que procuram encontrar e o acaso de haver ali perto um povo oprimido que precisava de escapar. Pretendem fazer valer o primado da ciência mas apenas alimentam a origem divina dos acontecimentos que muito provavelmente nunca ocorreram e são apenas estórias do maior sucesso comercial da história da literatura. Etiquetas: Páscoa |
1. Já lá vai algum tempo, mas só agora é que reparei no slogan da Festa das Flores organizada pela CMP: «A Avenida dos Aliados é o jardim do Porto». Mas que espécie de humor negro é este? 2. Não sei se já conheciam, mas, seja lá como for, fica aqui a recomendação de um site fabuloso onde poderão ver imagens a 360 graus do Porto e de Aveiro (entre muitas outras cidades, incluindo galegas), bem como algumas rotas segway. Um espanto! 3. O ano de 2006 foi o ano de todos os recordes em termos de afluência turística e, em particular, da afluência de turistas espanhóis. Aliás, parece que foi justamente na Páscoa que se atingiu o pico. Segundo o INE (via PÚBLICO), espanhóis em Portugal durante o mês de Abril de 2006 eram “apenas” 363.182. Andei a pesquisar, mas não consegui encontrar os dados refinados por distrito. Alguém será capaz de me fazer chegar às mãos essa informação? Entretanto, alguém viu alguma iniciativa, algum programa, algum plano para responder a essa procura? Passei há pouco pelo posto de “informação” do ICEP na Baixa e verifiquei que estava encerrado. De resto, como quase toda a cidade. Vêm aí os espanhóis! Fujam! Fujam! |
O Jorge Ferreira discute a problemática da construção de um novo aeroporto no Ota Não, o seu novo blogue. «Está na moda considerar que a construção de um aeroporto na Ota é um problema técnico e não um problema político. Será um problema técnico, mas é antes de tudo um problema político. Não é inocente a moda. A intenção é óbvia: se a construção do aeroporto é um problema técnico e não político, então ele deve ser discutido apenas por técnicos, os engenheiros. E se assim é, quem decide a sua construção e escolhe o local não é responsabilizável pela decisão que vier a tomar. A moda, numa palavra, convém ao Governo.» [link] A OTA será um problema político, mas antes de tudo é um problema técnico. E é um problema técnico porque a sua construção ou não construção deve ser defendida, no plano político, após resposta para a seguinte questão: será o actual aeroporto capaz, só por si, de assegurar o tráfego aéreo a médio e a longo prazo em perfeitas condições? E esta é uma questão de ordem técnica. Se a resposta for sim, a decisão política deve ser não. Se a resposta for não, a decisão política deve ser sim ou não. Deve ser sim, caso se considere a afectação de recursos do Estado para um novo aeroporto prioritária, ponderadas as necessidades do país. Deve ser não, caso não se considere a afectação de recursos do Estado para um novo aeroporto prioritária, ponderadas as necessidades do país. A construção de um novo aeroporto só se torna um problema político, assim, após avaliações de ordem técnica aconselharem a sua construção. Sendo a OTA um problema técnico antes de político, quem decide da sua construção é responsabilizável pela decisão que tomar. Isto porque, ainda que necessária, a construção de um novo aeroporto representa sacrifício do investimento noutras áreas. É nesta escolha da melhor afectação de recursos às necessidades do país que o decisor político encontra a sua responsabilidade, a qual é intransferível. ![]() Todos os estudos apontam para a necessidade da construção de um novo aeroporto. A partir daqui, o problema é político. Discute-se se deve ser construído, discute-se se não deve ser construído, discute-se uma nova localização. E há-de sempre discutir-se. O executivo pretende avançar. Tomou a sua opção política, pela qual será responsável. Tem legitimidade. Pois que avance. Aproveite-se a ajuda da UE. Rapidamente. Desde os anos 60 têm sido gastos largos milhões em estudos e discussões. Da autoria de técnicos, políticos e cidadãos. Basta. É hora de decidir. Portugal vive sentado numa sala de espera e é isso que o deprime. Etiquetas: OTA, Política Nacional |
Empresário espanhol ataca no sudoeste: «(...) Arrasados quatro hectares de vegetação perto de falésia no sudoeste alentejano. Estes quatro hectares fazem parte de uma área total de 40 hectares adquirida por um proprietário espanhol na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. "Fomos alertados para a situação por um homem que tinha sido contratado para gradar as dunas. Ele achou estranho, uma vez que tinha ouvido dizer que não se deve andar por cima das dunas, quanto mais lavrar" (...) De momento, retroescavadoras arrasaram toda a vegetação e árvores em quatro hectares, até ao mar. "Esta intervenção destruiu a barreira natural à erosão marítima. Só o tempo dirá se isto vai afectar, ou não, os campos agrícolas a montante", acrescentou Dário Cardador. Depois da visita dos elementos do Parque Natural e da Quercus, os trabalhos estão parados e as máquinas foram retiradas do local. Agora estamos a aguardar a resposta das entidades competentes". Aquilo que a Quercus defende é que "seja reposta a área com vegetação própria daquele ecossistema e que as despesas sejam imputadas ao prevaricador, para além da multa".» (fonte: PÚBLICO)Parece que o pior até pode estar por vir. Em Espanha a bolha da especulação imobiliária está prestes a explodir (ou já começou a explodir, segundo dizem outros) e os patos-bravos espanhóis vão procurar poisos mais apetecíveis para lamberem as feridas e para nidificarem. A invasão já começou. |
![]() «O principal professor de Sócrates na Independente esteve ligado à adjudicação de numerosos concursos públicos a um grupo empresarial, com origem na Covilhã, com o qual tinha relações profissionais. António Morais, que era director do Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações (GEPI) do Ministério da Administração Interna, fez diversos estudos, como consultor, para empreendimentos daquele grupo. E esteve envolvido na preparação de, pelo menos, um concurso ganho por ele na área dos resíduos sólidos». E mais: «Apostando também na construção civil através da empresa Conegil, o grupo ganhou numerosos concursos do GEPI para quartéis da GNR e da PSP, quatro dos quais estavam inacabados em 2002, quando a empresa faliu e António Morais se demitiu das suas funções: três dias depois da homologação ministerial (já com o PSD no Governo) dos resultados de uma auditoria que detectou numerosas irregularidades em concursos públicos do GEPI.No seu consulado no GEPI, porém, António Morais - que em 2005 José Sócrates e Alberto Costa vieram a nomear presidente do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça - tinha estreitado os seus laços com a HLC. Entre 1997 e 2002 fez quatro estudos relativos a projectos de Horácio Luís Cardoso na área dos resíduos sólidos em Inglaterra e na Polónia». A raíz do mal é a máfia do betão. A crise na construção é, por isso, o melhor que nos podia acontecer. Uma desintoxicação forçada da democracia. Etiquetas: Betão, Política Nacional |
![]() Raízes que expandem. Ruas 25 de Abril, Aquilino Ribeiro, Frei António de Jesus e Dr. Bernardino António Gomes, em Paredes de Coura. ○○○ [Cortesia Eduardo Cerqueira] Veja mais. ○○○ O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais que por bem forem entendidos enviar para rotundas@gmail.com. Etiquetas: Rotundas |
Se há quem aumente o seu agregado familiar em 70 virgens por fazer detonar bombas, não nos parece de todo inverosímil que haja quem aumente o seu agregado familiar em 70 virgens por parabenizar o Dolo Eventual. O nosso agradecimento aos blogues que assinalaram o segundo aniversário deste loteamento blogosférico: Franz, Tomar Partido, A Fonte, Aberratio Ictus, Verdade ou Consequência, Hoje há Conquilhas, Amanhã não Sabemos, Avenida Central, Legalices, Frutos da Terra, O Velhinho, Dislexias, Corta-Fitas, Devaneios Desintéricos, Nuno Gurosan, A Arte da Fuga, O Amigo do Povo, 2+2=5. Etiquetas: Blogosfera, Dolo Eventual |