Dolo Eventual

David Afonso
[Porto]
Pedro Santos Cardoso
[Aveiro/Viseu]
José Raposo
[Lisboa]
Graça Bandola Cardoso
[Aveiro]


Se a realização de uma tempestade for por nós representada como consequência possí­vel dos nossos textos,
conformar-nos-emos com aquela realização.


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Para uma leitura facilitada, consulte o blogue Grandes Dramas Judiciários

Visite o nosso blogue metafísico: Sísifo e o trabalho sem esperança

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Para uma leitura facilitada, consulte o blogue As Mais Belas Rotundas de Portugal


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sexta-feira, março 30, 2007

Mestres da blogosfera: o site da CMP

Esta imagem ilustrou a notícia «Câmara vai continuar a apoiar Serralves». Se já clicou no link, deve ter percebido que não a fui buscar a um qualquer blogue ranhoso (como o Dolo, por exemplo) mas ao próprio site oficial da Câmara Municipal do Porto. Rui Rio insiste em personalizar as questões, onde deveria existir apenas uma relação de cordialidade institucional. Já imaginaram o escândalo que seria se no site do Ministério da Cultura fosse publicada uma imagem análoga, mas com a foto do Presidente da CMP (ou de qualquer outra autarquia)? Seria bonito, seria... Como isso nunca acontecerá (e ainda bem para a sanidade mental e política da nossa democracia), publico então eu mesmo a resposta: Rui Rio anda um tudo nada desorientado, ou seja, continua igual a si próprio.

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quinta-feira, março 29, 2007

P-Mate

Para mulheres que sabem o que querem.

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Pensamentos: a ignorância propaga-se mais rapidamente que a inteligência

Voltaire preferia a monarquia à democracia; na primeira basta educar um homem, na segunda há necessidade de educar milhões - e o coveiro leva-os a todos antes que dez por cento concluam o curso. Raro percebemos as partidas que a limitação da natalidade prega aos nossos argumentos. A minoria que consegue educar-se reduz o tamanho da família; a maioria sem tempo para se educar procria com abundância; quase todos os componentes das novas gerações provêm de famílias cujas rendas não permitiram a educação da prole. Daí a perpétua futilidade do liberalismo político; a propagação da inteligência não está em compasso com a propagação dos ignorantes. Daí ainda a decadência do protestantismo; uma religião, do mesmo modo que um povo, não vinga em consequência das guerras que vence, senão que dos filhos que gera.

Will Durant, in 'Filosofia da Vida'

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quarta-feira, março 28, 2007

Casos jurídicos para curiosos não juristas [72º]

Justina e Justo são vizinhos de Rosenita e Pacheco. Durante anos a sua convivência foi pacífica mas quando o casal Justo construiu uma piscina no seu quintal, começaram a ser alvo de voyerismo por parte daqueles seus vizinhos. De tal forma que num destes dias se desencadeou uma discussão entre os quatro, com insultos, injúrias e algumas cenas de pugilismo caseiro. Daqui resultaram queixas recíprocas, ainda que apresentadas em datas diferentes, de ofensas à integridade física e injúrias e a dois processos por estes factos: num deles os arguidos são o casal Justo e no outro são os seus vizinhos. Podem unir-se estes dois processos dando origem a um só julgamento?
1) Sim
2) Não
* proposta de solução em futuro post

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As mais belas rotundas de Portugal [62º]

«Esta rotunda é certamente uma maneira de promover esse desporto que começa a ser praticado no nosso país, depois de ter conquistado a europa - a queda de peças de dominó.»
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Rotunda em Pinhal Novo, concelho de Palmela, distrito de Setúbal.
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[Fotografia e texto: Luís Bonifácio]
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Norte de Portugal e Galiza

Em contraponto à crescente centralização administrativa e política do país, o próximo quadro de apoio poderá ajudar a desenvolver a colaboração transfronteiriça entre a Galiza e o Norte de Portugal. Na Eurorregião Galiza-Norte de Portugal surgirão projectos comuns na área da saúde, educação e cultura, os quais poderão passar até pela criação de infra-estruturas comuns. Enquanto Lisboa redefine as fronteiras da nação à sua maneira, isto é, esquecendo as populações do norte e interior, a Galiza também o faz, mas na exacta medida em que Lisboa recua. O futuro dos galegos está em grande medida no Portugal que Lisboa não quer. E o do Porto também. Resta saber se saberemos aproveitar esta oportunidade. Caso contrário, ficaremos entalados entre dois centros numa situação ambígua de dupla marginalização. Devo dizer, que na minha opinião o Porto não deveria perder o Norte. Uma coisa é ser uma cidade-satélite subsidiária de um centralismo voraz, outra coisa é participar numa rede regional de pequenas e médias cidades onde os recursos, bem como a riqueza gerada, poderão ser redistribuídos de uma forma justa e equitativa.
Outro assunto, embora relacionado: não compreendo como é que os jornais nacionais e até mesmo locais/regionais não acompanham estas notícias. Quando um tema que é do interesse de todos nós só é consultável no Faro de Vigo é porque alguma coisa vai mal. Para quando um projecto jornalístico vocacionado para a Galiza e Norte de Portugal? Um semanário ou até mesmo um diário para alguns milhões de cidadãos não é sequer um negócio a desprezar. O Porto viu nascer alguns dos mais importantes títulos nacionais, agora seria o tempo certo para o primeiro periódico ibérico, quer dizer, luso-galego.

Post Scriptum
1. Joana: Acredite que pensei no mesmo. A aparente popularidade de Salazar andará muito ligada a um certo sentimento de insegurança e de impotência. E o que fazer a esta gente? Se calhar também seria tempo de se começar a pensar numa SRU Social, já que com estes e não outros que teremos de viver.
2. Caro Aroso, devo confessar que também eu me senti incomodado com a falta de lisura e de respeito com que se referiu a Vasco Gonçalves. Uma coisa é discordância política, outra coisa é o homem e a família. Não sou apologista do gonçalvismo e por isso mesmo sinto-me à vontade para assinalar aqui o meu repúdio. O dia em que a falta de educação se tornar prática corrente neste blogue, tratarei, de imediato, de ir pregar para outra freguesia.

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Surpresa!!!

É sempre bom receber notícias relevantes sobre Portugal em segunda mão. Mas não há problema, por vêm dessa terra onde mais de um milhão de portugueses vive e trabalha e logo são quase como nossos irmãos. Hermanos como os espanhóis mas com um sotaque mais enrolado… fréres.
Por lá o “Le Monde”, jornal de referência para os fréres diz: “Jean-Pierre Bemba pourrait se rendre au Portugal
De repente fiquei com a sensação que algo me estava a escapar, pelo menos algo mais do que as dezenas de coisas que todos os dias já me passam ao lado. Ainda que a notícia indicie que ele pode vir apenas para um tratamento a um ferimento no pescoço, não é imaginável que o Governo Português não esteja informado desta possibilidade.
Como é que isto pode acontecer e não haver uma única noticia em Portugal?
Quem é o responsável? O Ministério dos negócios estrangeiros está envolvido num processo de pacificação politica na República Democrática do Congo? A ONU está mesmo envolvida ou estamos a trabalhar sozinhos? Uma vez em solo português Bemba pedirá asilo? Em que situação ficam as relações diplomáticas com o governo eleito da RDC onde vivem várias centenas de portugueses?
Talvez amanhã apareça algo nos jornais…

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terça-feira, março 27, 2007

Que Europa e que protagonistas?

A Europa faz 50 anos e está em crise. Ou melhor, está bloqueada e é natural.
Não consegue encontrar alternativas para resolver uma série de burocracias (eurocracias) para onde se deixou arrastar. Os cidadãos europeus insistem em não se identificar com um ideal europeu e o cepticismo aumenta. Os países que deviam estar na eminência de se tornarem contribuintes líquidos ainda não o são, como é o nosso caso, e tudo isto acontece na altura em que outros países entram para a União e têm sobre ela legitimas expectativas e enquanto outros, como a Polónia, alimentam nacionalismos perigosos e a perseguição legal de determinados grupos, como homossexuais e ex-comunistas.
Tudo isto perante a total passividade da Comissão Europeia liderada pelo português Barroso.
Com mais ou com menos fogo de artificio, em Portugal também se comemora o 50º aniversário do tratado de Roma através de um programa insípido de declarações, exposições e cerimónias, sempre da nossa forma pequenina. Entre estes, parece estar uma espécie de conversa/debate que o Presidente da República pretende organizar.
Para mim faz sentido que sejam os protagonistas da Europa que a discutam, a não ser que o Presidente considere que eles são os verdadeiros responsáveis do estado a que a Europa chegou. Mas se o Presidente pensar dessa forma deve ser claro nas suas opções e dizer que pretende ter um discurso novo e tentar inovar e encontrar soluções para esta nova Europa a 27.
Esse discurso novo não se consegue com protagonistas antigos de segunda classe, comparado com as primeiras figuras que são Soares e Cavaco no processo de integração europeia.
O Presidente estará presente, mas fará sentido falar da história da adesão de Portugal à CEE sem que o seu maior protagonista esteja presente? A meu ver não. Este tipo de comportamento é um bom exemplo da razão pela qual a Europa está bloqueada. Se ela não se fizer com aqueles que por ela se esforçaram, quem o fará?

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segunda-feira, março 26, 2007

Assim é difícil


O vandalismo no Porto começa a assumir proporções titânicas. Durante este fim-de-semana alguns rufias dedicaram-se à destruição no Largo Duque da Ribeira. Já viram bem o tamanho e o peso do bloco de granito?!!É preciso muito esforço e dedicação para se levar a cabo uma obra daquelas. Começo a pensar que o Porto é bom demais para esta gente.

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Morra o Dantas

Morra o Dantas, morra! Pim!
O Dantas é o escárnio da consciência!
Se o Dantas é português eu quero ser espanhol!
O Dantas é a vergonha da intelectualidade portuguesa!
O Dantas é a meta da decadência mental!
E ainda há quem não core quando diz admirar o Dantas!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem lhe lave a roupa!
E quem tenha dó do Dantas!
E ainda há quem duvide que o Dantas não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!

José de Almada Negreiros
Poeta d'Orpheu
Futurista E Tudo

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domingo, março 25, 2007

Representantes de si próprios

O espírito de independência e a capacidade de exercer livremente a escolha não é compatível com o estatuto dos deputados. A disciplina partidária arrebanha as opiniões divergentes para o curral do voto único. Aconteceu mais uma vez com a votação do novo Estatuto da Carreira Docente. O voto contrariado é apenas uma caricatura da democracia. Também não percebo como havendo tantas pontas soltas por pegar, os excelentíssimos deputados socialistas puxaram sobretudo pela ponta que menos pessoas afecta: ao que parece o novo estatuto penaliza os professores que interrompam a carreira docente para exercer funções políticas, assim como as de deputado, estão a ver?

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sábado, março 24, 2007

Marina da Barra: conta corrente


Por mim, em vez da mega-Marina da Barra, seria preferível a solução de várias mini-marinas espalhadas pelas várias freguesias da Ria de Aveiro [como a se vê na imagem, a marina da Gafanha da Encarnação, na "Bruxa"]. Tudo o resto não passará de luxo para alimentar a banca, o betão, um certo poder autárquico e os parasitas do costume. O Pedro teve a simpatia de reunir os links para os posts que eu fiz sobre o assunto. Infelizmente, parece que não serão os últimos...
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/02/irmos-cavaco-sa-j-tem-site-para-marina.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/03/uma-boa-oportunidade.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/04/ria-formosa-ria-de-aveiro.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/04/plano-estratgico-de-desenvolvimento-do.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/04/marina-da-barra-entrevista-de-ribau.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/04/relatrio-coloca-litoral-de-aveiro.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/04/plano-estratgico-de-desenvolvimento-do_21.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/04/green-wash.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/05/da-ria-de-aveiro-port-grimaud.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/07/tempos-difceis.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/07/no-meu-pas-as-marinas-so-obrigatrias.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/07/recados-sem-sentido.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/08/be-e-verdes-atentos.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/08/marina-da-barra.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/09/lio-e-marina.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2006/09/o-cerco.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2007/01/assalto-ria-de-aveiro.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2007/01/poltica-ambiental-da-apa.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2007/02/brincar-brincar.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2007/03/patus-bravus-robustus.html
http://odoloeventual.blogspot.com/2007/03/cassandra-da-ria.html

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sexta-feira, março 23, 2007

A Casa [Reabilitada] do Futuro

Projecto Ecocasa - da responsabilidade da Quercus e tem como parceiros: Mota-Engil, Agência para aEnergia, Agência Municipal de Energia de Sintra, Ao Sol - Energias Renováveis, Bensaude Spratley, Lda, British Council, CEEETA, Direcção Geral de Geologia e Energia, EDP, UK -Trade & Investiment, Enerdinâmica, Eólica da Cabreira SA, Faculdade de Ciência e Tecnologia da Univ. Nova de Lisboa, Fundação Luso-Americana, Galp, IST, Ineti, Instituto do Ambiente, Lisboa e-nova, OAK Foudation, Oeinerge, Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, Tirone Nunes e Ydreams.

«A Quercus lançou no dia 9 de Janeiro de 2004 um projecto inovador com o objectivo de promover a redução do consumo energético nas residências e a utilização de energias renováveis. Trata-se de um projecto que pretende, para além de sensibilizar o público, dar soluções concretas modificar comportamentos, na gestão, renovação ou aquisição de uma casa e/ou do seu recheio.»




Projecto Casa do Futuro - Universidade de Aveiro e Associação Aveiro Domus (associados: UA, Clidecor, EEE, Extrusal, Iberfibran, Oliveira & Irmão, Pavicentro, RedeRia, Revigrés, Sanindusa, Somague, Tupai e Weber) com os seguintes parceiros: IAPMEI, CGD, DestaForma, Diário de Aveiro, Central Casa, Dream Domus, IEETA, Paulo Valente, Senso Comum e Securitas.

«O Projecto UA na Casa do Futuro (UA CdF) tem como objectivo principal configurar e dinamizar a participação da UA na concepção e construção da Casa do Futuro, nos moldes próprios de um projecto pluridisciplinar de I&D.
Além disso, o projecto UA CdF identificará oportunidades de investigação, levando em conta os saberes e os interesses das unidades de investigação da UA, e as necessidades do tecido empresarial; estimulará projectos de investigação temática aplicada e pluridisciplinar; proporcionará um campo de teste e observação dos fenómenos associados à inovação e desenvolvimento de novos produtos e processos.
O projecto UA CdF proporcionará, ainda, oportunidades únicas de aprendizagem dos processos de dinamização e gestão de redes de cooperação empresarial, de importância inestimável para o tecido produtivo nacional, e na fronteira do conhecimento académico relacionado com a gestão empresarial.»
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Estes são três exemplos de projectos a acompanhar nos próximos tempos. O que têm eles comum? O cruzamento de saberes e produtos para a habitação do futuro. A Ecocasa é um projecto admirável e único no país, a Casa do Futuro da Universidade de Aveiro é um projecto realista que funciona como ponto de encontro entre a universidade e as empresas da região e o projecto da Casa do Futuro Integrada deverá também ter o seu valor não obstante a amálgama de parcerias e a presença do arq. Taveira.
Fico por aqui a cismar... Não seria boa ideia se a SRU PortoVivo em colaboração com a Universidade do Porto (que para fazer prova de vida tem de fazer um pouco mais do que um cortejo de doutourados), com a novíssima Agência de Energia e ainda com as grandes e pequenas empresas do Norte, lançasse o projecto da Reabilitação do Futuro? O Porto como laboratório da reabilitação eco-sustentável e de novas tecnologias construtivas. Temos de arranjar maneira de valorizar o trabalho que se vai fazendo por aí de uma forma dispersa...

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Para não parecer tão mal

O Dolo Eventual propõe que o líder do CDS-PP venha a ser eleito com um campeonato de matraquilhos transmitido pela TVI no intervalo do julgamento do major. Se houver empate, o ita-ita-à-quem-está-livre-livre-está deve servir.

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O país tem o direito de saber

Nem tudo vai mal em Portugal. Felizmente, os partidos da oposição vêm fazendo um notável trabalho. É Portugal quem ganha. O PSD, por exemplo, marcando a agenda, pela voz de Pedro Duarte, teve agora a ideia original de exigir esclarecimentos sobre o caso em torno da licenciatura de José Sócrates. É mesmo disto que o país precisa. O futuro da nossa nação está bem entregue. Afinal, Senhor Primeiro Ministro, teve 17 à cadeira de Betão Armado e Pré-Esforçado, como se lê na nota manuscrita, ou teve 18, como consta do certificado?

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quinta-feira, março 22, 2007

A Minha Biblioteca Vermelha 3


WILLARD, Claude - O Socialismo: do Renascimento aos nossos dias (2ª edição). Mem Martins: Publicações Europa-América, 1975. 168 p. (Col. Saber, nº 73)
_______________
Claude Willard para além de grande especialista na história do género, é também presidente da associação Les Amis de la Commune de Paris. Vale bem a pena a consulta. Entretanto fica aqui uma amostra de arqueologia de história das ideias políticas:
«O socialismo, para além de concepção socioeconómica, é também realidade política cujo peso e influência no mundo dos nossos dias não podem ser menosprezados e muito menos ignorados. Mas, se a ascensão das correntes socialistas é fenómeno relativamente recente, as suas preocupações fundamentais alimentam-se de profundas raízes históricas, cujo conhecimento facilita indibitavelmente a compreensão da realidade actual.»

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Exercício policial

As nossas forças policiais estão bem e recomendam-se. Depois de um dia estafante de perseguições, multas e luta em defesa da ordem pública, as horas vagas são bem passadas e divertidas.

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A verdade de hoje é a mentira de amanhã

E nada pode ser mais verdadeiro em África, onde tudo é sempre tão efémero e frágil.
Depois de a comunidade internacional ter sido relativamente condescendente com a intervenção etíope na Somália, ao abrigo do reconhecimento do governo interino pela ONU, e depois dos oportunistas bombardeamentos americanos aos rebeldes em fuga no sul do país, voltaram os confrontos ao centro da capital Somali.
É quase sempre assim. Faz-se uma razia aos rebeldes que se põem em fuga e já está. Mais ninguém precisa de se preocupar com o problema. A população pode continuar a morrer à fome. Voltam todos para casa e para os quartéis. As promessas das organizações internacionais caem em saco roto e acabam por não se cumprir e passadas umas semanas os rebeldes voltam, porque os problemas continuam todos lá.
Nesta altura já se começaram a arrastar corpos de soldados mortos pelas ruas de Mogadíscio (imagem muito comum nestas paragens), os combates são violentos em algumas zonas da cidade e naturalmente os civis são as principais vítimas.
E agora onde está a ONU? E os Americanos? E a União africana que tinha prometido enviar forças de estabilização? Não está e provavelmente não vai estar.

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quarta-feira, março 21, 2007

Frases com rufo



"[...] Tenho visto por aí o Dr. Paulo Portas a dar entrevistas de camisa aberta, com o peito à mostra, parecendo um rebelde dentro do partido [...]"
Jorge Coelho, Quadratura do Círculo

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Tivesse a Catarina Salgado sabido...

Cientistas alemães desenvolveram um super-comprimido para evitar a flatulência do gado. O objectivo é reduzir a emissão de gás metano, contribuindo assim para a redução do aquecimento global. [Link]

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Parvoíces

Existem vários argumentos (cada vez mais argumentos), contra a construção do Aeroporto da OTA.
Destes, existem três grandes tipos de argumentos: Técnicos – Argumentos científicos, criados com base em estudos reais que salientam aspectos positivos e negativos sobre o projecto. São os argumentos a partir dos quais o poder politico deve pesar os prós e os contras e escolher a melhor solução.
Argumentos Políticos – Argumentos de carácter sofista sem qualquer validade. Quase todos os políticos portugueses já se manifestaram contra ou a favor do aeroporto na OTA, ou em qualquer outra qualquer terrinha perdida do país, para depois acabarem por defender a posição contrária, quando fora dos cargos públicos. Ou em alternativa os que não disseram nada estão á espera que alguém se enterre primeiro que eles. São argumentos a não ter em conta.
Argumentos Parvos – São todos os argumentos que pretendem estabelecer relações de causalidade idiota entre a existência de um aeroporto na OTA, ou até de qualquer aeroporto, e o interesse em ter rebanhos de filhos.
É o caso da opinião da APFN, que ao abrigo de uma degradação do perfil demográfico do país lá para 2017, questionam a insistência do governo na construção do novo aeroporto.
Estes senhores pretendem explicar-nos que nessa altura a população será mais idosa e como toda a gente sabe os velhos não gostam de voar, mesmo que esse velhos em particular tenham passado a juventude a saltitar entre Salvador e Cabo verde.
Para estes senhores os portugueses devem ter filhos, muitos filhos, aeroportos é que não, porque ele se transformaria “um moderno e caríssimo lar de terceira idade.”
No final de contas ainda serão capazes de afirmar que o aeroporto não se justifica por causa do aborto.

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Os porquês dele

Levanta-se uma pessoa de madrugada, ramelosa e de mau humor pra começar e lá se prepara muito a custo para sair de casa. Entro no carro e penso "ah, agora vou escutar na telefonia uns minutos de música inspiradora até estacionar o dito para apanhar o comboio rumo à Invicta". A coisa até que estava a correr bem quando sou assolapada por um mais um rasgo de insónia do markl. Hoje a questão era: "porque choramos quando cortamos cebolas?!" ao que prontamente respondeu, ou não tivesse ele resposta para todos os porquês ridiculos da vida, " porque temos pena delas". Não sei o que me caiu pior, a pergunta, a resposta ou o próprio ácido da cebola. Lá fez ele mais um rebuscado enredo em volta da cebola, trazendo à colação os primatas e seus hábitos de caça com as cebolas, então usadas como bicho de estimação. Ora, por fazer enredos rebuscados em volta de temas que não interessam a ninguém, por só ele se dar ao trabalho de escrever sobre isso e ter crónicas diárias na rádio, alguém me diz porque é suposto isso ter piada ou contribuir para o bom desenrolar do meu dia? Pois que podia ter mudado de estação e não tinha aqueles porquês a entrarem-me pelos ouvidos, pois que podia. Mas eu acredito ainda no Homem e suas capacidades, estou sempre à espera de ser surpreendida, contudo, em relação a este porquê, o próprio markl, ainda não foi desta.

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As mais belas rotundas de Portugal [61º]


As rotundas também são notícia. A Rádio Voz da Planície anuncia: «A rotunda Norte de acesso a Beja (na foto), na intercepção das estradas que liga a cidade à Base Aérea, a Lisboa e a Serpa, vai receber uma peça de arte de homenagem ao ramo aeronáutico, iniciativa englobada nas comemorações do 55º aniversário da Força Aérea, que tem Beja e a BA 11, como os principais pólos das celebrações.»
«A notícia do levantamento de uma peça de arte naquele local, foi confirmada por fonte ligada à Câmara Municipal de Beja, que acrescentou desconhecer o que irá “nascer” na rotunda, justificando que o mesmo visa perpetuar a ligação de Beja, à Base Aérea N.º 11 e à Força Aérea Portuguesa, cimentada numa ligação que nasceu em 21 de Outubro de 1964, data em que a unidade foi criada pela Portaria N.º 20.856.»
Veja mais.
O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais que por bem forem entendidos enviar para
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terça-feira, março 20, 2007

Dia Mundial da Poesia

Porque hoje é o Dia Mundial da Poesia:

Wakaishu ya
shinu ga iya nara
ima shiniyare
hito-tabi shineba
mõ shinanu zo ya

Como quem diz:

Ó jovem amigo
se temes a morte,
morre agora!
Uma vez morto,
não morrerás outra vez.

[Hakuin 1685-1768]

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A saída é perder

Gorados que estão os projectos de Paulo Portas para o seu regresso ao CDS-PP, resta-lhe uma única saída. Perder o congresso e perder as directas.
É a única forma dele manter a ideia que quer o melhor para o partido, que na realidade lhe pertence, mas cujos filhos ingratos lhe negaram o merecido regresso a casa.
Apenas dessa forma Ribeiro e Castro poderá continuar a ser acossado pelos que apoiam Portas no conselho nacional e no Parlamento.
Apenas assim a actual direcção poderá sofrer todos os ataques e acabar por atingir um miserável e escandaloso resultado nas legislativas de 2009, abrindo então as portas ao regresso do pai, com um partido purgado de todos os que acabarão por sair com o resultado.

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segunda-feira, março 19, 2007

O ministro Manuel não está bom da Pinha

Allgarve. Faz-me lembrar o emigrante parolo que nem fala português nem fala nada. «Abre-me aí a fenetre para fazer corrente d'ar e põe isto no freeza que eu vou levar a poubella ao lixo.»

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Este é que é o provérbio do dia:

A falar é que a gente se entende.

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Mas este é que é o provérbio do dia:

Em boca fechada não entram moscas.

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Já diziam os nossos avós

Casa onde não há pão, toda a gente ralha e ninguém tem razão.

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Cara de pauismo

"[Referindo-se à direcção do CDS-PP] [...] perdeu uma, perdeu duas, perdeu três vezes e bate com a porta. Eu não abandono o partido. Eu fico."
Paulo Portas, há pouco
«Estaria Paulo Portas a ironizar consigo próprio, já que perdeu as eleições, bateu com a porta, abandonou o partido e foi-se?»
«Não!, que ideia, parece que estava a falar da Maria José Nogueira Pinto e do Ribeiro e Castro.»
«Ah, sim, deves ter razão. O Paulo Portas só perdeu uma vez.»

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Tempestades de areia e Gaf da Naz




Nestas fotos, o local aqui retratado dista da minha casa uns 100 metros, não mais. É esta também a bela vista que também testemunho. Tirada por um blogger conterrâneo, mostra bem o caricato e o absurdo. Curiosamente, enquanto procurava por algo que pudesse ilustrar o que aqui na terrinha se passa, dei com estas fotografias do Pedro Ribau, que as postou há já um ano. Dizia assim no fotografias soltas: "A propósito do alargamento do Porto de Aveiro, estão a ser feitas dragagens e a areia dai resultante já forma esta enorme montanha a escassos metros da povoação. Não se trata de uma imagem manipulada, a areia já ultrapassa a altura das casas.
Embora seja uma situação transitória, já é alvo de alguma discussão politica, pois em dias de vento a areia e as poeiras fazem-se notar."

Pois, entretando este ano a tempestade repete-se e fazer-se notar é um aligeirar do que realmente acontece em dias de vento como hoje. Um manto de areia escura caía como água das dunas e cobria a Gafanha da Nazaré, as casas, as ruas e os carros. Foi um belo dia para andar de turbante e tirar areia (literalmente) à pazada dos pátios e varandas. Viver aqui é estar no meio de um autêntico triângulo das bermudas: já cá temos a Bresfor - indústria de formol, o terminal quimico conhecido como Sacor e agora estas dunas importadas.

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Free hugs, fazem falta a muitos

Depois de mais uma semana dos tradicionais "jogos dentro de fronteiras" entre PS e PSD, os típicos arrufos futeboleiros, culminando com um CDS que agora vende o seu peixe como as vendedoras do Bolhão (insultos incluídos e de borla), esta campanha parece-me aqui adequada, embora a priori isto possa parecer misturar alhos com bugalhos. Aqui, a motivação foi puramente altruista, nobre, sem fins lucrativos, apenas fins humanitários, simples e arrojada nos dias que correm. Não, não estou de partida para uma missão a bordo do navio da Green Peace, sem destino ainda confirmado, para salvar...qualquer coisa, mas de facto o que me apraz dizer é: mais abraços e menos politiquices! Se não se fala em política, fala-se em futebol e em muitos dos casos, o mesmo interveniente opina para as duas frentes (sempre se poupa algum dinheirito em comentadores especializados).

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domingo, março 18, 2007

Propostas de pescada

Quando Manuel Monteiro não está entretido a visitar embarcações de pesca, está entretido a dizer disparates. Agora vem propor que se faça um referendo à OTA. Estranho que não queira também um referendo aos impostos.

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Casos jurídicos para curiosos não juristas [71º]

Intel Celeron tem dois filhos gémeos: o Fujitsu e o Siemens. Sucede que Intel Celeron vendeu em Dezembro de 2006 o seu BMW a Fujitsu, sem dar conhecimento disso a Siemens. Ontem, Siemens veio a saber da venda, com a qual não concorda, dado sentir-se prejudicado pelo facto de a mesma ter sido realizada por um preço muito reduzido. Poderá Siemens anular a venda do BMW?
1) Pode;
2) Não pode.
* Proposta de solução em futuro post.

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Voluntariado literário


Uma sugestão: voluntariado literário. Não custa nada e basta rever uma página por dia para se dar um contributo inestimável para a divulgação da literatura e cultura nacionais. Eu já aderi e estou ainda a tomar-lhe o jeito. De início é um pouco complicadito porque existem muitas regras a ter em consideração, mas com a prática vai-se lá.


«O Distributed Proofreaders foi fundado em 2000 por Charles Franks para apoiar a digitalização de livros no Domínio Público. Originalmente concebido para ajudar o Projecto Gutenberg (PG), o Distributed Proofreaders (DP) é, actualmente, a maior fonte de e-books do PG.O DP facilita o trabalho de revisão associado à digitalização de livros, comparando imagens com o texto de OCR (reconhecimento automático de caracteres) correspondente. Ao dividir cada livro em páginas individuais muitos revisores podem trabalhar no mesmo livro ao mesmo tempo.»


Para mais informações sobre como participar na revisão de obras em português consultar o blog Página a Página. Bom trabalho!

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sábado, março 17, 2007

A/c todos os bloggers - pedido de ajuda

O meu pedido de ajuda ainda se mantém.

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Não se esqueçam do tenente!


Uma cidade faz-se de pequenas coisas. Já se sabia que a popularidade zona do “Piolho” tem vindo a subir. Se a noite estiver agradável, é praticamente impossível encontrar uma mesa onde se sentar e a multidão que se acumula em frente dos cafés é deveras impressionante. É claro que também há o reverso: carros em estacionamento selvagem, charro-aqui-charro-acolá, toda a espécie de cravas e, meu deus!, até djambés em concorrência com as tunas fanhosas da nossa universidade. Mas agora temos novidade (e das boas): Irene Jardim veio para ajudar a subir um pouco o nível. A esplanada é muito agradável (o “Piolho” devia era livrar-se daquela gaiola à la bidonville) e o serviço atencioso e eficiente. Excelente sítio para passar uma tarde a pôr os jornais em dia e a afiar a língua com os camaradas. O restaurante ainda não tive o prazer de o experimentar, mas é apenas uma questão de tempo e, se valer a pena, depois eu digo qualquer coisa :).

Aproveito para contar uma pequena história, enfim, em jeito de moral. No final da década de 20, o então Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal do Porto, tenente Raul Andrade Peres (entretanto promovido a coronel) defendeu a demolição total deste mesmo quarteirão. Estragava as vistas do Stº António, argumentava. A ideia era criar uma praça em frente do hospital de modo a melhor honrar a dignidade do monumental edifício. O edificado do quarteirão era então qualificado de “escombros vulgares”. O que nos safou foi a falta de verbas (e de quantas asneiras se terá livrado o Porto por causa da providencial falta de dinheiro para as concretizar?) que ditou logo ali a morte de tão peregrina ideia. Não vale a pena levar a mal o Tenente porque aquilo era fruta da época. Aliás, devemos alguns serviços muito relevantes a este “Presidente” de Câmara, como foi o caso do desentalanço das obras da nova Avenida dos Aliados e o redesenho da Praça Carlos Alberto com a substituição do miserável guerreiro celta “Portorrão” pelo actual monumento ao soldado desconhecido da autoria de Henrique Moreira. Bom, o caso é que a demolição não avançou e hoje podemos usufruir daquele quarteirão, o qual me parece até ser uma das peças-chave na reabilitação da Baixa. Tem esta historieta um alvo bem preciso: todos aqueles que ditam com ligeireza a demolição de quarteirões como solução para se fazer cidade. Não se esqueçam do tenente!

PS: Cristina, de facto é muita massa, ou seja, já há dinheiro (isto se Lisboa não ficar com a parte de leão) para se fazer qualquer coisa pela cidade. Só espero que não haja o suficiente para financiar ideias de tenente. Mas não era isso que eu queria dizer. Só queria chamar à atenção para o facto de desde 2004 se falar na fusão dos programas RECRIA, REHABITA, RECRIPH e SOLARH num único programa: o REABILITA. Estará para breve? Mistério…

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sexta-feira, março 16, 2007

Roer & Morder


Parece que o La Féria pensa em roer a corda. E, como afirmou em tempos um senador do norte, o dr. Rui Rio não gosta que lhe mordam a mão (a tal mão que dá de comer). Será que vamos ver ainda a Câmara Municipal do Porto a processar o sr. La Féria? A comédia ainda vai no primeiro acto...

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O verdadeiro elefante branco

O verdadeiro elefante branco deste país, não é um estádio, não é um centro cultural, não é uma exposição mundial, não são as pontes nem os túneis, não são os condomínios fechados nem os bairros sociais, não são os hotéis nem os campos de golfe. O verdadeiro elefante branco é uma mentalidade. Infelizmente, a nossa.
Uma mentalidade que empurra uma sociedade para uma total apatia ao longo de décadas, que resulta numa total incapacidade de agir, seja qual for o caminho.
Este documento que aqui destaco (NAER), é a prova disso.
Não é imaginável e deve envergonhar-nos a todos, que o novo aeroporto esteja a ser analisado e discutido desde 1969 e não se tenha mexido uma pá de terra para o construir.

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2 petições

1. Uma petição conjunta da SPF (Sociedade Portuguesa de Filosofia) e da APF (Associação de Professores de Filosofia) pela reintrodução do exame de Filosofia e pela extensão da oferta da disciplina de Filosofia A a todos os cursos Científico-Humanísticos do Ensino Secundário. Acha possível estudar humanidades sem se estudar Filosofia? E acha racional que um candidato ao Curso de Filosofia no Ensino Superior não faça exame nacional à disciplina? Se não, assine aqui.

2. Uma petição da ABIC (Associação de Bolseiros de Investigação Científica) pela celebração de contratos de trabalho (com descontos para a Segurança Social e IRS) para evitar esquemas pouco claros. Assinar aqui.

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quinta-feira, março 15, 2007

As mais belas rotundas de Portugal [60º]

Ana Costa enviou-nos esta fotografia tirada no Peso, concelho da Covilhã. Ana Costa está convencidíssima de que se trata de uma rotunda com um super-candeeiro. Todavia, investigações mais profundas levadas a cabo pelo Dolo Eventual levam a concluir que talvez não se trate apenas de um mero super-candeeiro.


Como se pode observar, é durante a noite que a verdade se revela: o que durante o dia parece um simples super-candeeiro, durante a noite surge à colação como uma nave alienígena de três faróis, emitindo um feixe de luz vertical até precisamente ao centro da rotunda. A luz é tão intensa que, segundo Ana Costa, esta intersecção giratória de ordenamento do tráfego envergonha muitos campos de futebol das redondezas. Que planos malévolos extra-terrestres jazem por debaixo daquela normal rotunda portuguesa?
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[Fotografia: Ana Costa]
Veja mais.
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O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais que por bem forem entendidos enviar para rotundas@gmail.com.

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Sísifo e o trabalho sem esperança [39 de 100]


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Governo virtual

Amanhã quero ser destaque, mas desta vez no novo blogue do MAI.
Nada a dizer da utilidade de um blogue para comunicar com os cidadãos. Infelizmente as novas tecnologias só chegaram agora e grande parte dos políticos ainda não pertence a este mundo das novas tecnologias. Mas ainda bem que elas passaram a existir, porque como todos sabemos a política é um trabalho essencialmente solitário onde existia (até agora) um impedimento físico de comunicar, por evidente falta de meio.
É esse meio que a blogoesfera permite, mesmo que sem comentários. Afinal também não dá para colocar comentários nas colunas do jornal, a não ser que para nosso consumo interno. Mas é justo. Não faz sentido que havendo esta tecnologia ela não seja utilizada pelos políticos.
E devem os políticos fazê-lo da mesma forma que os restantes bloggers? Sim, não há nenhuma razão objectiva que os impeça. Com ou sem comentários, com mais ou menos postas de pescada, com mais ou menos interesse, os políticos e os wannabees já o fazem um pouco por todo o lado na blogoesfera.
Mas e os detentores de cargos públicos? Devem fazê-lo da mesma forma que os restantes bloggers? Não. Isto porque a linha que divide o esclarecimento de politicas ministeriais ou outras, não contempla a necessidade de as discutir em praça pública fora dos locais legitimamente adequados como a Assembleia da República. Não que não interesse aos portugueses discutir essas politicas, mas porque subitamente temos um governo que nem sequer gosta particularmente de falar, a querer veicular as suas ideias no reflexo das ideias de outros na Internet, deixando de lado a oposição.
Este tipo de blogues não é feito com o objectivo de esclarecer mas antes de contrapor argumentos a uma meia dúzia de iluminados que já diz o que multo bem entende sobre as politicas do governo. Este tipo de blogues é em si mesmo uma arma de discussão politica e não um local de esclarecimento, até porque a sua existência não se move por qualquer desejo altruísta de explicar, mas antes alinhar pela peixarada.
No blogue do MAI, que suponho teria muito interesse em explicar algumas medidas que podem vir a afectar a vida dos portugueses, José Magalhães (o decano na politica portuguesa para as novas tecnologias) já aproveitou para criticar o estilo de Joana Amaral Dias no DN, e é nestas questões que acabará por se diluir o valor dos argumentos que na realidade também lá está.

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quarta-feira, março 14, 2007

Portas & Noddy

Mandei um aluno escrever um diálogo entre um empirista e um racionalista, dando-lhe a liberdade total para escolher interlocutores. Pois bem, este escolheu Paulo Portas para representar o ponto de vista do racionalismo e o Noddy para o empirismo. O diálogo em si não tem nada digno de nota, a exposição dos argumentos é linear e previsível. Na verdade, os personagens poderiam ser outros quaisquer que nada alterava ao texto. O único ponto de interesse é a convocatória de um político e de um boneco para desempenharem tão árida tarefa como a de discutir a questão da origem do conhecimento. Fiquei por ali a cismar naquilo: será que para esta geração de adolescentes as fronteiras entre as coisas estarão assim tão difusas? Afinal de contas são ambos produtos da televisão e, diria até, de entretimento. Sabem lá eles diferenciar um Portas de um boneco animado! Bom, mas admito que possa ter sido um pouco injusto. Talvez, quem sabe?, o meu aluno seja senhor de uma fina capacidade de análise política e o que ele queria dizer subliminarmente é que há muita boa gente no CDS a cantarolar: «Abram alas pró Portas! PORTAAASS!! Trálálálá…»

PS: Atribui 12 valores ao trabalho.

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Leituras

Andou o David Afonso há dias a queixar-se do novo Público, mas o que é certo é que ainda se lê por lá umas coisas sensatas.

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Homenagem a Paulo Bento

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terça-feira, março 13, 2007

A Cassandra da Ria

Carlos Borrego arrisca-se a desempenhar o papel da eterna Cassandra: bem que alerta, em nome da segurança pública, para as consequências das alterações climatéricas na Ria de Aveiro e para a necessidade de repensar as motas e outros mecanismo de controlo das marés, mas os municípios da ria andam mais preocupados com outras coisas, como a Marina da Barra, por exemplo. Quando Tróia estiver a arder, que é como quem diz: quando Aveiro e Ílhavo (incluindo a magnifíca Marina) estiverem debaixo de água, a quem irão os nossos autarcas imputar as responsabilidades?

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Jobs for the family

Por cá fala-se em jobs for the boys, pelos Estados Unidos fala-se em jobs for the family. O Governador do Estado de West Virginia, Gayle Manchin, nomeou a mulher para a West Virginia Board of Education, nomeou o filho para a West Virginia Tourism Commission e nomeou o primo como executive director of the West Virginia School Building Authority. Este pelo menos não disfarça. Uma família cheia de qualidades. [Link]

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segunda-feira, março 12, 2007

Piscina do Siza ganha Prémio Secil


Sabiam que o Siza ganhou mais um Prémio Secil? A contabilidade já vai em três. Confesso que me assustei quando ouvi falar numa piscina não sei onde... mas não, não foi a piscina dos Aliados que ganhou o prémio. É pena, porque, à sua maneira, também é um «gesto artístico absolutamente inultrapassável», não é? :)

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Mãe é quem cria

Amanhã será presente a Tribunal a mulher que levou, há cerca de um ano, um recém-nascido do Hospital Padre Américo, em Penafiel. Ficamos a aguardar as vozes da populaça «mãe é quem cria, mãe é quem cria, mãe é quem cria». E programas de televisão.
O quê?, não vamos ouvir as vozes da populaça «mãe é quem cria, mãe é quem cria, mãe é quem cria», tal como no caso Esmeralda, já que a criança só tem um ano? Muito bem. E se a criança tivesse três? E se tivesse cinco? E se tivesse sete? E se tivesse doze?

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A importância do estilo em política

"O povo da direita tem empatia com Cavaco, enquanto pai autoritário. E ninguém quer o Portas para pai. Além disso, ele veste-se como nenhum português se veste. Não se pode ganhar eleições com aquele lencinho no bolso."

José Miguel Júdice na revista Única, do Expresso

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domingo, março 11, 2007

LINKS


Na Rua Mártires da Liberdade - a tal que tem quase tudo para vir a ser uma das ruas de referência de um novo Porto - existe a pequena mas esclarecida Galeria lab.65 e nessa galeria existe LINKS, uma exposição do meu amigo Hugo Olim. Vão dar uma volta e passem por lá que vale a pena. Só até ao dia 24 de Março.

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Balanços

Ao fim de um ano, Cavaco é definitivamente um mito do qual a direita não consegue livrar-se e por isso mesmo pagará o preço de se manter fora do Governo.
Ouvir o Marcelo é já começar a ouvir que, se e quando, as reformas do Governo tiverem sucesso tudo se deve ao grande arquitecto Cavaco.
A fórmula é simples. Se resultar é porque houve um Cavaco conselheiro com as ideias certas, a colocar nos carris os ímpetos emocionais de Sócrates.
Se não resultar, Cavaco sairá incólume porque a culpa de não ter ouvido os seus sábios conselhos é exclusivamente de Sócrates.

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Reeducation or burst


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Proposta de solução dos casos jurídicos 66 a 70 para curiosos não-juristas

Caso sem número [Pedro Santos Cardoso]
Tito e Tobias terá de encontrar outro passatempo, com muita pena nossa. A frase do Mário Almeida é ilustrativa «Era como se qualquer um de nós participasse num concurso de somar e subtrair juntamente com crianças do 4ª classe». Não é fácil encontrar evento tão empolgante como os nossos casos jurídicos, bem sabemos. Todavia, pensamos que, após incessante procura, Tito e Tobias poderá eventualmente - quem sabe? - vir um dia a encontrar algo de pelo menos quase tão emocionante quanto este passatempo. É pouco provável, mas é possível. Vamos todos torcer pelo Tito.
Caso número 66 [Cláudia Gonçalves]
Os julgados de paz foram criados pela Lei 78/2001 de 13 de Julho como um meio alternativo à via dos tribunais judiciais, para resolver pequenos diferendos da vida quotidiana e com vista a aliviar a sobrecarga dos tribunais judiciais e não para os substituir, sendo a sua competência optativa.
O artigo 9º daquela mesma Lei, enumera, nas suas várias alíneas, quais os temas que são da competência daqueles órgãos, sendo assim competentes para apreciar e decidir: “a) As acções destinadas a efectivar o cumprimento de obrigações (…) i) acções que respeitem a incumprimento contratual (…)” desde que o valor não exceda a alçada da 1ª instância, ou seja, € 3 750,00.
Proposta de solução: 2) Nã0. Acertaram Alaíde Costa, Carlos Guimarães Pinto, Luís Bonifácio, Xor Z.
Caso número 67 [Pedro Santos Cardoso]
Este caso prova que nem sempre as respostas mais óbvias são respostas correctas. Qualquer curioso não jurista que dispensasse um lapso de tempo à análise deste caso, chegaria facilmente à conclusão de que a única resposta plausível seria a 4) «Chesterfield tem de assinar na mão de Dunhill com uma caneta Uniball preta fina». Mas não. Por incrível que possa parecer, o nosso estranho Código Civil diz-nos que o contrato de mútuo (aquele pelo qual uma das partes empresta à outra dinheiro ou outra coisa fungível, ficando a segunda obrigada a restituir outro tanto do mesmo género ou qualidade), o qual poderá ser gratuito ou oneroso (neste último caso, com pagamento de juros), sendo de valor superior a €20.000,00, terá de ser celebrado mediante escritura pública. Por outro lado, se o mútuo for de valor superior a €2.000,00, bastará documento particular assinado pelo mutuário.
Proposta de solução: 2) Chesterfield tem de celebrar o contrato de mútuo num documento particular. Acertaram Alfredo Caiano Silvestre, David Afonso, Carlos Guimarães Pinto, Pedro Morgado, Mário Almeida, C. Alexandra, Xor Z.
Caso número 68 [Cláudia Gonçalves]
Artigo 442º do Código Civil “2. Se quem constitui o sinal deixar de cumprir a obrigação por causa que lhe seja imputável, tem o outro contraente a faculdade de fazer sua a coisa entregue; se o não cumprimento do contrato for devido a este último, tem aquele a faculdade de exigir o dobro do que prestou (…)”
O cheque foi colocado na disponibilidade da outra parte. Se o depositou e não levantou, não interfere com a ratio do sinal - os promitentes compradores entregaram aquela quantia, que por isso passou para a esfera do promitente vendedor.
Proposta de solução: 1) Ao valor do sinal em dobro. Acertaram Susana, Alaíde Costa, Carlos Guimarães Pinto, Pedro Morgado, Mário Almeida, Xor Z.
Caso número 69 [Cláudia Gonçalves]
Os saldos bancários são parcialmente penhoráveis. Assim refere o artigo 824º do Código de Processo Civil quando diz que na penhora de dinheiro ou de saldo bancário de conta à ordem, é impenhorável o valor global correspondente a um salário mínimo nacional. Isto não significa contudo que os tribunais não penhorem depois na prática a totalidade das contas (para ver se a coisa cola e ninguém se opõe), claro está que depois lá vamos nós refrescar a memória dos ilustres magistrados, acto desnecessário e pura perda de erário público porque este conceito é cristalino.
Proposta de solução: 1) Não. Acertaram David Afonso, Carlos Guimarães Pinto, Xor Z.
Caso número 70 [Cláudia Gonçalves]
Os menores de 18 anos carecem de capacidade para o exercício de direitos, não podendo assim em regra celebrar negócios jurídicos. Há pois excepções, sendo uma delas precisamente a que sucede no caso exposto aqui. O rendimento que aufere é fruto do seu trabalho, da sua arte, logo, com esse dinheiro, o menor pode adquirir bens, administrá-los e deles dispor livremente. Estes actos são excepcionalmente considerados válidos pela lei civil, artigo 127º.
Proposta de solução: 1) Pode Bruno adquirir bens, com esse rendimento, administrá-los e deles dispor livremente. Acertaram Alaíde Costa, Maria do Rosário Fardilha, C. Alexandra, David Afonso, Carlos Guimarães Pinto, Xor Z.
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Classificação:
Xor Z - 19 pontos
2.º Carlos Guimarães Pinto - 18 pontos
3.º Alaíde Costa - 12 pontos
4.º David Afonso - 9 pontos
5.º C. Alexandra - 8 pontos
6.º Mário Almeida - 7 pontos
7.º Nuno Maranhão - 6 pontos
11.º Luís Bonifácio - 4 pontos
12.º Tiago Alves e João Luís Pinto ex aequo - 3 pontos
14.º Pedro Morgado - 2 pontos
15.º Conde da Buraca, theMage, Marcos, HMAG, João e Susana ex aequo - 1 ponto
[1 ponto por cada resposta correcta; bónus de 4 pontos para totalista de uma série de 5; houve dois totalistas: Carlos Guimarães Pinto e Xor Z]
[Cada campeonato tem 25 casos; faltam 5 casos para o presente campeonato acabar]

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sábado, março 10, 2007

As mais belas rotundas de Portugal [59º]


Paredes de Coura, entre as Ruas Tenente Coronel Cunha Brandão e Dr. Albano Barreiros. Com extensão em granito absolutamente necessária.
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[Fotografia: Eduardo Cerqueira]

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O Dolo Eventual convida todos os seus leitores ao envio de fotografias de rotundas de todos os pontos do país, com referência, se possível, à sua localização (freguesia, concelho, distrito), autoria da foto e quaisquer dados adicionais que por bem forem entendidos enviar para
rotundas@gmail.com.

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Patus Bravus Robustus

Como já tinha dito neste post, os patos-bravos têm uma certa inclinação pela água. Não resistem a uma falésia, a um bom pedaço de costa, a uma albufeira… enfim, o importante é montar ninho junto da água. Nos casos mais graves, o pato-bravo vai ainda mais longe e constrói dentro da água. Entre nós esta espécie exótica e infestante ainda não vingou, mas já existem alguns sinais claros de que, não tarda nada, estarão entre nós. Para já, na costa portuguesa nidificam apenas exemplares do Patus Bravus Vulgaris que se saciam com um simples bloco de apartamentos ou quanto muito com um hotel ou um campo de golfe. Esta espécie, na verdade, teme a água apesar de por ela se sentir atraída. O caso muda de figura com o Patus Bravus Robustus cujo canto parece ter, tal como o do Patus Bravus Vulgaris, um enorme poder de sedução sobre os autarcas, só que, neste caso, tem igual poder sobre os governantes de Lisboa. O canto deste predador consegue induzir as suas vítimas a um estado de inconsciência em que estas deixam de ter vontade própria, transformando-se em zombies veneradores do betão. Os autarcas são as suas principais presas, mas mesmos as espécies mais insuspeitas não estão livres deste temível predador: já foram registados casos de ecologistas-zombies. Trata-se, portanto, de um predador temível pela sua manha e capacidade de camuflagem. Toda a cautela é pouca. Deixamos de seguida algumas imagens que ilustram o que esta perigosa espécie de pato-bravo podia fazer caso invadisse o nosso ecossistema.




Marina da Barra em Ílhavo. É o caso mais problemático. Neste momento assiste-se a uma ofensiva junto poder político para que este dê o dito por não dito aprovando (após 2 chumbos) este projecto em plena Ria de Aveiro. Aqui vemos o Secretário de Estado do Turismo, o presidente da C.M.Ílhavo e administradores do Porto de Aveiro debruçados sobre o bolo, perdão, sobre a maquete do projecto.





Nautilus Island ao largo do Vale do Lobo, no Algarve. Chumbado sem contemplações. Nem que fosse pelo mau gosto na escolha do nome do projecto (que nem sequer é original).











Mouchões do Tejo. Para lá estiverem previstas 3000 palafitas, 210 habitações, campo de golfe e, claro, SPA. Chumbado por enquanto e ainda bem.

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sexta-feira, março 09, 2007

A/c todos os bloggers - pedido de ajuda


Por Toutatis, caros bloggers. Por Toutatis. Fiquei parado no tempo dos menires. Não sei colocar a redução de posts longos. O célebre «continue a ler» ou «veja mais». Há tempos, indicaram-mes esta página. Nada. Qualquer coisa está sempre mal. Menires, menires. Já perguntei. Disseram-me que iam ver. Promessas.
Por isso apelo aqui à solidariedade blogger, e ao seu espírito corporativo, para a acreditação de uma ajudazinha. Sendo certo que só não sei como se faz a coisa porque não tenho tempo, devido essencialmente à minha colecção de cromos de jogadores de futebol dos anos 80.

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Vai uma beijoca?

Como já repararam tenho um gosto particular pelos movimentos espontâneos, marcados por sms, normalmente em locais históricos dos centros das cidades e que ocasionalmente funcionam como contraponto ao habitual stress do dia a dia e nos fazem sorrir.

Hoje em Lisboa vai haver beijos. E como toda a gente sabe, beijos é bom.

Mas tendo em conta que as anteriores iniciativas deste género se ficaram pela distribuição gratuita de abraços, onde vão parar estes encontros depois dos beijos?

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